26 de agosto de 2012

Guia do Colecionador: Discografia do Thin Lizzy comentada



A década de 1970, pode ser considerada a década do rock marcada pelo surgimento do Hard Rock, Heavy Metal e também pela explosão do Rock Progressivo, vários ícones surgiram e marcaram época lançando álbuns clássicos, verdadeiras referências dos vários estilos surgidos nessa época. Portanto, nem todas as bandas tiveram o devido reconhecimento na sua época e passaram décadas esquecidas até que fossem reabilitadas pelos revisionistas, que começaram a fazer justiça a elas colocando-as no seu devido lugar. 



E nessa esteira entra o Thin Lizzy banda formada na Irlanda em 1969 por Phil Lynott (baixista, vocalista e compositor), cujo nascimento marcaria época no cenário rock da década de 1970 junto com outras bandas como Budgie, Wishbone Ash com quem dividirá o palco ao longo sua carreira pelos festivais europeus. Dotada de brilhantismo oriundo de seu idealizador e demais membros que participaram dessa entidade cuja sonoridade foi fundada em cima do tradicional folk e blues somando ao hard rock cru e pesado dando a gênese a uma das músicas mais emocionantes. 

Como o lema desse período era sempre inovar, o Thin Lizzy na figura de seu líder elevou a estrutura de sua música a outro nível ao desenvolver o conceito de guitarras gêmeas, melhorando os arranjos aliando-as ao seu baixo pulsante e repleto de grooves, dando origem a melodias (e vocais e a presença de palco carismática de Lynott), que tornaram-se caracteristicas fundamentais do grupo que ajudaram a construir a sua reputação, colocando o Thin Lizzy como um dos grandes nomes da música na década de 1970. Mas como na vida e também na música, ainda mais se tratando de bandas de rock, não é um paraíso e vários problemas costumam acomete-las com freqüência no caso do Thin Lizzy não foi nem um pouco diferente principalmente pelo abuso de Scott Graham e principalmente Phil Lynott de drogas cujo vício que o levou a morte (04 de janeiro de 1986).      

Após a morte do seu líder a banda entrou em um longo período de recesso que durou até o ano de 1996 quando foi reativada com John Sykes que assumiu os vocais e a guitarra tornando-se o novo líder, mas saiu em 2009 e em 2010 a banda foi novamente reformulada e a nova formação agora passa a contar com: Rick Warwick (vocais, The Almighty), Scott Gorham (guitarra), Vivian Campbell (guitarra), Darren Wharton (teclado), Marco Mendonza (baixo) e Brian Downey (bateria) e atualmente encontra-se em processo de gravação do seu álbum de re-estréia.  

A partir de agora, leitor relaxe na sua cadeira e prepare-se para viajar pela discografia deste  influente e importante ícone do rock cujo legado é testemunha de uma época dourada e mágica do rock.     


Álbuns de estúdio: 

Thin Lizzy - Thin Lizzy (1971) 

Este é o primeiro álbum do Thin Lizzy, cuja primeira formação era composta por Phil Lynott no baixo e vocais, Eric Bell Nas guitarras e Brian Downey na bateria. O álbum trás uma sonoridade que é um mix de Blues, Rock e Folk (música celta) e embora não seja um álbum de sucesso, pois passou desapercebido na época de seu lançamento. Com uma sonoridade mais leve, mas emocional já mostrava uma banda que tinha estrela e que o sucesso era apenas uma questão de tempo. 

As faixas de destaque aqui são: a longa Didi Levine (repleta de riffs e solos diretos, bateria cheia de quebradeiras  e mais os bons vocais cheios de melodia), enquanto Ray Gun (outra faixa peso pesada, ou seja, faixa preto mesmo com riffs e solos cortantes e a bateria cheia de viradas e um certo groove vindo do baixo são as sensações desta faixa), na faixa Eire (temos o folk e alguns elementos acústicos entrelaçados com as partes elétricas criando um clima viajante e melancólico, quase uma viagem intergalática). O álbum é fundamental porque - através dele é possível compreender o que a banda faria no decorrer da década embora não seja um clássico (nota: 8)

Thin Lizzy - Shades of a Orphanage Blue (1972)
           
O segundo álbum embora não seja um clássico, assim como o primeiro também não é, ele é importante para compreender que a banda estava em busca de encontrar a sua identidade e a sonoridade aqui é baseada no folk, pois temos um álbum lento e cadenciado, mas que trá também o rock com as guitarras pesadas e distorcidas ao contrário do anterior que era mais agitado e ligeiramente mais pesado. Estamos falando de um bom álbum, mas que não surpreende e também não chamou a atenção e também passou desapercebido, mas tem os seus encantos e por isso não é de se jogar fora. 

Os destaques desse álbum são: Brought Down (com começo acústico que depois se mescla a parte elétrica com belas melodias de guitarra e excelentes solos de guitarra e os vocais rockers e os coros muito bem encaixados dão o tom da festa), enquanto as mais pesadas temos a faixa Call the Police (bons riffs de guitarra logo no começo, o groove e as viradas da bateria também são destaque e fora a influência do psicodélico uma característica apresentada aqui que os acompanhará ao longo da década), a faixa Shades of a Blue Orphanage (na verdade é uma balada cheia de climas e é embalada por ritmo emocional e um pouco arrastado com uma letra nada feliz), (nota: 8)   

Thin Lizzy - Vagabonds of the Western World (1973)

Este disco já representa alguma mudanças e marca o fim desta primeira fase do grupo irlandês, pois aqui o grupo aposta no lado mais pesado do hard rock e parte rumo ao sucesso, pois daqui em diante a banda já desfrutaria de uma posição mais confortável em relação ao estágio inicial de sua carreira já este álbum é um grande avanço em relação aos dois primeiros marcados por carregar uma sonoridade calcada no folk. As guitarras de Eric Bell se despediam em grande estilo, ou seja, despejando riffs e solos grandiosos. 

Esta pequena grande obra nos presenteia com 8 faixas do mais verdadeiro hard rock e para ser preciso destacaremos as faixas que resumem o que é este álbum importante trás de melhor e por esse motivos começaremos por The Rocker (contém riffs cavalares logo na abertura, refrões grudentos e uma boa rítmica de bateria de longe a mais empolgante do álbum), a faixa Vagabonds of the Western World (começa com belos solos e mais uma série de bons riffs, os vocais melodiosos são outro destaque e o refrão também é de fácil assimilação), enfim um álbum imperdível e que merce ser escutado na íntegra sem medo (nota: 9).     

Thin Lizzy - Nightlife (1974)

Neste álbum temos o início da fase dourada do grupo, pois com a entrada dos guitarristas Scott Gorham e de Brian Robertson os caras dão uma turbinada no som e com as tais guitarras gêmeas, esse algo mais na banda foi possível vislumbrar outros caminhos mais sólidos e caminhar para outro lugares que os levassem ao topo das paradas de sucesso e embora Nightlife não tenha conseguido esse êxito ele pelo menos serviu para mostrar o novo Thin Lizzy para o público. 

A banda seguiu a mesma sonoridade, pois nesta altura já tinha definida a sua identidade e dali em diante restava apenas seguir os seus caminhos para ver onde poderiam chegar e os caras mostraram que a banda realmente tinha potencial e as faixas She Knows, Still In Love With You, Slowdown e She Knows mostravam que o hard rock aliado ao folk, a música celta formavam um amalgama potente cheios de riffs e solos em dupla memoráveis e os vocais de Lynott e seu baixo pulsante eram a parte complementar desse show (Nota: 9.5).
      
Thin Lizzy - Fighting (1975)

O segundo álbum desta formação mostra o som mais cru e portanto visceral do Thin Lizzy, pois os riffs de guitarra e os solos repercutiam como verdadeiras pedradas nos ouvidos alheios e mais uma vez o talento de Phil Lynott e seus companheiros comprovavam porque a banda rumava a passos largos rumo ao topo, um som simples e direto e o principal era cativante demais pelas melodias simples que grudam como chiclete. 

Perto do auge, a banda não economizou e desfilou faixas memoráveis que até hoje permanecem vivas na memória dos fãs e por isso é altamente recomendável para aqueles que pretendem começar a conhecer o grupo, pois faixas como Wild One, Suicide, Fighting On My Back e King's Revenge mostram que o hard rock também era feito de aço e por isso resistente e forte e um excelente condutor de eletricidade pronta para eletrocutar quem estivesse na frente (nota: 10)

Thin Lizzy - Jailbreak (1976)

Finalmente o Thin Lizzy conseguirá estourar e de quebra mostrar as suas garras na terra do Tio Sam e entrar para o clube dos grandes nomes do rock setentista, fato que aconteceu depois de muito suor, ou seja, cinco álbuns lançados cujo início foi marcado pela incessante busca de sua identidade e depois mudanças necessárias que fizeram a diferença e naquele momento Jailbreak era o filho pródigo que dava ao grupo a chance  de brilhar e dar os passos em direção a níveis mais altos e por isso realizar realizar sonhos e mais sonhos de todo o grupo que agora tinha status de grande banda. 

O hard rock continou lá firme e forte unido as raízes da terra natal do grupo no que tange a música que como sempre se manteve poderosa e arrebatadora e agora com Jailbreak nas lojas a banda respirava aliviada, pois hits que antes não haviam como: Jailbreak, Warriors, The Boys Are The Back In Town, Cowboy Song e Emerald estavam ai para abrir as portas e mostrar que o grupo ainda tinha muita, mas lenha a queimar por ai (nota: 10).  

Thin Lizzy - Johnny The Fox (1976)

Gravado e lançado no embalo do álbum anterior visando aproveitar o sucesso o grupo despeja Johnny the Fox, que pode ser considerado uma segunda parte de Jalbreak (1976) e serviu muito bem para afirmar algo que não era mais novidade a banda estava no seu auge e a liderança de Lynott era natural, pois ele era o mentor intelectual do grupo, ou seja. o principal compositor e acompanhado da dupla de guitarrista e de um baterista genial ousaram lançando um disco que misturava o hard rock, o funk e o blues de maneira incrível algo inigualável. 

As músicas eram fortes e ao contrário do que se pensa o álbum infelizmente não é conceitual , pois cada faixa aborda uma temática separada. O álbum do ponto de vista musical não fez concessões ou dialogou com algo mais palatável para ser aceito e nem precisava disso e quando rolam faixas como: Massacre, Don't Believe a Word, Johnny the Fox Meets Jimmy the Weed e a belissíma balada Sweet Marie podemos ter uma certeza logo de imediato que estamos diante de um verdadeiro clássico do rock (nota: 10).

Thin Lizzy - Bad Reputation (1977)
     
Este trabalho é o último trabalho de estúdio com o guitarrista Brian Robertson e também é outro clássico do grupo é puro hard rock, mas bebe em outras fontes assim como o seu predecessor fez, mas a qualidade mantem-se ótima enfim a banda estava no seu auge e as boas idéias não pareciam ter fim e álbuns inspirados iam saindo do forno para ganhar o mundo e cada vez mais aumentar a reputação do grupo, pois estamos diante de outro clássico e isso permite uma pergunta simples quantas banda conseguem manter um ritmo tão intenso como o Thin Lizzy fez?

Com Bad Reputation nada mais poderia parar o grupo, pois o nível só tinha mais é que aumentar mesmo, ainda pelo som pesado e cru que a banda apresentava através de faixas como: Soldier of Fortune, Bad Reputation, Opium Trail e Killer Without a Cause e nas mais tranqüilas como Southbound, Dancing in the Moonslight (It's Caught Me in its Spotlight) e That Woman's Gonna Break Your Heart o Thin Lizzy arrebentou também mesclando peso e melodia na medida certa e o resultado não poderia ser diferente um álbum verdadeiramente matador, portanto obrigatório (nota: 10)          

Thin Lizzy - Black Rose (1979)

Phil Lynott chamou o talentoso guitarrista Gary Moore para substituir Brian Robertson, pois antes dele Moore já havia tocado no grupo segurando as pontas quand o rolou a saída de Eric Bell e o resultado deste álbum se equipara aos anteriores e é considerado um dos pontos altos da carreira do grupo e último dessa fase brilhante, mas que ainda surpreende pela sonoridade tipica da banda e suas marcas registradas afloraram e deixaram-no como uma espécie de manual para quem quiser sabe o que é o rock setentista. 

Os últimos hits de peso começam com Do Anything You Want To, Toughest Stree in Town, S&M, Waiting For An Alibi (destaque para o baixo pulsante de Lynott) e Got To Give It Up e a épica Roisin Dubh (Black Rose) A Rock Legend outro momento memorável e clássico do grupo, pois aqui o hard se funde a música celta e cria um série de climas imperdíveis, mas pena que é o primeiro e último com o guitarrista Gary Moore que pouco tempo depois abandona o grupo, mas pelo lado positivo fecha com chave de ouro a década de 1970 para o Lizzy (nota: 10).

Thin Lizzy - Chinatown (1980)

O começo da década de 1980 não foi nada legal para o Thin Lizzy, pois devido aos problemas com os excessos (drogas e álcool) a banda iniciou o seu declínio e o fim das atividades estava próximo e em poucos anos a banda estaria se despedindo oficialmente dos palcos, mas antes disso acontecer a banda ainda prosseguiu lançando álbuns como Chnatown que apesar de ser um bom álbum não captava mais aquele espírito desbravador inovador que a banda carregava consigo na década passada e as mudanças de formação ajudaram de certa forma para que a banda e nesta empreitada estava o guitarrista Snowy White que também a sua marca na história do grupo. 

A banda descia a ladeira em alta velocidade e o pior de tudo não tinha freios e o último registro que ainda escondia esses detalhes trazia muito pouco, mas pelo menos dava uma aparência de sobriedade ao grupo e para sacar isso é só deixar rolar Killer on the Loose, Genocide e We Will Be Strong que no fundo traziam um pouco do velho Thin Lizzy por isso conseguiram enganar, mas não por muito tempo (nota: 7,5).

Thin Lizzy - Rengade (1981)

Neste álbum além de ser um período de transição mal sucedido devido a produção do álbum ter sido muito mal feita assinala a entrada definitiva para o hall das bandas decadentes corroídas pelos vícios de seus integrantes e no caso de Gorham e Lynott a coisa era feia ainda mais para o lado do líder do grupo que não tinha nenhum limite e viu o seu casamento se esfacelar por isso, mas voltando ao assunto sobre o álbum a sonoridade é o hard rock sem os cacoetes e outras influências que a banda aplicava largamente na década de 1970 agora era um som direto mais pesado que já dava sinais de flerte com o Heavy Metal, mas ainda faltava lapidar esse lado latente. 

E o grande exemplo desse álbum que diz todos os porquês do seu fracasso comercial está contido em Angel of Death, Hollywood e The Pressure Will Blow ainda fazem a ponte com o passado e por isso salvam-no do desastre total, mas independente das críticas que chovem em cima dele depreciando-o ele é um item importante porque mostra a banda tentando se rearticular para poder encarar a década de 1980 sem grandes problemas e colocando uma ressalva é um álbum que antes de ser colocado na lista negra deve ser bem analisado (nota: 7).

Thin Lizzy - Lightning & Thunder (1983)
Além de ser o último trabalho de estúdio do Thin Lizzy, ele também marca pela entrada do guitarrista prodígio John Sykes (ex- Tigers of Pan Tang) em substituição ao guitarrista Snowy White e marca a entrada do grupo para o heavy metal e assinalava que a transição estava completa e desta vez para alívio do grupo tinha dado certo e desd Black Rose foi o mais bem sucedido da nova fase do grupo na década de 1980. 

A entrada do jovem Sykes pode com certeza ter inspirado o grupo a fazer algo mais pesado considerando que o guitarrista veio de uma das bandas mais emblemática da nascente NWOBHM e desta vez com o tecladista Darren Wharton efetivado como membro permanente do grupo solta faixas peso pesado como Cold Sweet, Thunder and Lightning, The Sun Goes Down e a The Holy War e embora elas fossem voltadas ao heavy metal as caracteristicas do grupo estavam presentes e essa mescla é um dos pontos altos e isso faz dele um ótimo álbum de despedida relativamente precoce (nota: 7,5). 
       

Álbuns ao vivo:  

Thin Lizzy - Live and Dangerous (1978)

O primeiro ao vivo a banda nunca esquece principalmente quando ele se torna o maior sucesso comercial do grupo e também por conseguir transmitir a energia e vibração do que o grupo vinha fazendo nos shows, mas devido as condições tecnologias daquele período não consegui repeti-lo nos álbuns de estúdio, mas isso não importa e se olharmos atentamente entenderemos sem sombra de dúvidas o poderio do grupo. Embora existam polêmicas que questionam a autenticidade do "ao vivo" a resposta é curta e grossa "qual álbum ao vivo é 100% ao vivo?", pois se alguém quiser o que é música ao vivo que vá aos shows e somente lá ouvirá a música como ela realmente é.

Este trabalho pode ser considerado um coletânea neste formato, pois é um resumo dos hits do grupo entre os quais estão Jailbreak que abre a bolacha dupla, Emerald, Southbound, Warriors, Are yYou Ready?, Rosalie, Still In Love With You, The Boys Are The Back In Town, The Rocker entre outras que fazem de Live and Dangerous um disco matador e que está muito além de qualquer problema e justamente por isso fez história é um álbum fundamental para o rock e para quem quiser conhecer a banda também começar por ele mesmo (nota: 10). 

Thin Lizzy - Life Live (1983)

Este é outro álbum que eu particularmente considero muito importante, pois ele além de ser a despedida dos palcos do Thin Lizzy e trazer todos os integrantes da banda alguns como convidados especiais ele trás também faixas dos álbuns Renegade (1981) e Thunder and Lightning (1983), e ao vivo essas faixas funcionaram muito bem e a sonoridade das faixas mais antigas adaptadas para essa sonoridade ficaram ainda mais pesadas, mais próximas do heavy metal e por isso eu digo que este álbum realmente transmite toda a energia do Thin Lizzy ao vivo e ainda arrisco-me a dizer que talvez este seria o álbum Live and Dangerous (1978) se a tecnologia permitisse. 

É uma pena que seja um álbum de despedida, pois ele mostra que a banda ainda tinha muita lenha para queimar nos seus fornos elétricos, mas pelo menos imortalizou a banda cujo peso e melodia já começam logo de cara com Thunder & Lightning, Jailbreak também ficou excelente, pois ficou mais pesada e com uma sonoridade ligeiramente diferente da original, mas funcionou e estava de acordo com a proposta do grupo para a década de 1980, Sun Goes Down também mostrou-se excelente ao vivo simplesmente arrebatadora assim como Angel of Death e as mais antigas como Got To Give Up, Boys Are The Back In Town, Emerald e Black Rose também ficaram excelentes ao som da nova sonoridade adotada pelo grupo, mas pena que muitos, mas muitos clássicos do grupo tenham ficado de fora deste último álbum lançado pelo grupo, mas vale a pena (nota: 9,5).

Thin Lizzy - U.K Tour 75 (2008)
    
Este ao vivo trata-se de um lançamento póstumo autorizado pelo grupo e aborda o período do álbum Fighting (1975) e nos dá uma idéia do que era o grupo em cima do palco sem os clássicos posteriores a ele. Esta apresentação conta com 15 faixas e tem apenas uma faixa Cowboy Song (que seria lançada no álbum Jailbreak (1976), mas de resto o set pertence aos primeiros álbuns do grupo e bate uma pulguinha atrás da orelha e a pergunta é clara porque muitas destas faixas foram limadas do Live and Dangerous (1978)?

O mais importante é que podemos conferir-lo e ouvir o que banda fazia naqueles dias que antecediam o alcance do sucesso mundial e as faixas Fighting My Way Back, Wild One,  The Rocker,  Showdown, Rosalie  e Suicide, pois a maioria das faixas é de Fighting (1975) porque a turnê correspondia a promoção dele e aqui está um ótimo trabalho para conferir esta fase dourada do grupo (nota: 9).  

Thin Lizzy - Still Dangerous (2009)

Outro disco póstumo ao vivo, mas trata-se de uma versão reduzida do álbum Live and Dangerous (1978) e também faz parte da mesma turnê, pois os caras estavam na estrada divulgando o álbum Bad Reputation (1977) e a grande diferença no set são as faixas Soldier of Fortune e Opium Trail do álbum em questão, mas é um set curto porém é muito bom também e pode ser uma opção boa demais para quem quiser conferir algo da banda caso não ache os álbuns principais. 

Resumido a 12 faixas , Still Dangerous prova que a banda era mais perigosa do que se imaginava, pois aqui a banda apresenta uma sonoridade mais pesada e embasada nas guitarras daí o extra que o faz valer a pena e conferi as versões de Jailbreak neste formato nunca é demais, Boys Are The Back In Town também anda mesma linha e por isso é uma das mais matadoras da banda (nota: 8,5)      

Thin Lizzy - Live in London (2011)

Este álbum marca o segundo retorno do grupo sem a presença do guitarrista John Sykes (que lançou com a banda o ao vivo One Only Night lançado em 2000), aqui o grupo apresenta o vocalista Warwick cujo o timbre de voz é muito parecido com o de Lynott e chega a confundir, pois eu mesmo pensei que fosse mais um lançamento póstumo referente ao grupo, mas eu estava enganado.

O som deste álbum está mais voltado ao heavy metal, ou seja, mais pesado e não decepciona por não ser mais a formação original e clássica e mesmo que nós quiséssemos seria impossível, pois a ressurreição ainda é impossível pelo que eu me lembre e mesmo que Lynott seja o títular e insubstituível a banda tem o direto de seguir em frente, pois não existe nenhuma desonestidade neste trabalho e as faixas seguiram direitinho script e se mantiveram fiéis as versões originais e é muito bom poder ouvir outra vez Jailbreak, Massacre, Dancing in the Moonlight, Bad Reputation, Emerald, Whiskey in the Jar outra vez, mas pena que o set list deixou de fora uma série de faixas clássicas, mas dá para compreender, pois nem sempre dá para agradar a todos numa tacada só e a experiência apresentada aqui desde já vale a pena e merece uma chance (nota: 7).         
    
Obs: Só foram comentados os discos que eu conheço da discografia oficial da banda (todos figuram na minha prateleira), pode ser que algum ou outro tenha ficado de fora, mas acredito que os principais estão todos aqui.    
     


     

          














4 comentários:

  1. Amo o Thin Lizzy de um jeito! Fiquei com bastante inveja da sua coleção (é que não consigo encontrar cds deles à venda na minha cidade, até na internet não tem muitos sites confiáveis que vendam). O post também foi bem trabalhado, vou aproveitar para fazer um tour pelo seu blog, certeza que vou encontrar bastante coisa boa.
    Seven Moons/

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    1. Procure no Mercado Livre. Eu comprei a maioria deles por lá, mas também tem a Die Hard Records na galeria do rock em São Paulo, procure pelo Fausto ou pelo André.

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  2. Acho Chinatown e Renegade álbuns espetaculares....tão bom quanto os clássicos dos anos 70. E o subestimado Snowy white é um guitarrista fabuloso.

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  3. Ah bicho eu vou ser bem sincero, to com um lance entalado na garganta, tenho que dizer o que muitos não tem coragem, na moral os discos á partir de Chinatown são os melhoreres justamente por fazerem a transição ao heavy Metal da NWOBHM, eles são irados pra cacete, fico muito puto por colocarem eles um degrau a baixo, os dois primeiros são muito fracos comparados com qualquer disco da banda, acho uma tremenda injustiça que sofrem Chinatown e Renegade, são albuns pesados e sombrios e chegaram no ápice d heavy metal com o melhor album dos caras Thunder and lightning.

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