9 de dezembro de 2011

Discos que Marcaram a Minha Vida: Parte 3

Depois da liberação promovida pela internet o acesso a música ficou mais fácil devido aos downloads ilegais na primeira década de 2000, aas gravadoras começaram a perder dominio sobre a distribuição de música e do que deveria ou não ser lançado e as bandas de maneira independente começaram a fazer uso das mais variadas redes sociais para divulgar os seus trabalhos.

Muitas bandas boas e ruins que chegam a ofuscar o trabalho das primeiras somado ao recurso mais importante para se promover os trabalhos a mídia fica restrita a uma pequena gama já conhecida e consagrada de bandas que marcaram uma época e outras que vieram ali atrás mas nunca tiveram seus trabalhos devidamente reconhecidas umas acabaram e outras continuaram durante décadas gravando nos álbuns. 

E o meu interesse por música sempre foi além do convencional, pois, nunca me conformei e achava até estranho que na década de 1970 tivessem pouquissimas bandas na linha de frente do rock progressivo, hard rock e heavy metal e sempre procurei buscar bandas de pouca expressão no cenário mas que na verdade por trás de tudo se tornaram referencias de seu tempo nas bocas de um número reduzidos de fãs e que hoje já começam a receber ainda de uma maneira timida o seu reconhecimento.  

E hoje com a internet banda larga permitindo o acesso quase que instantaneo a música, pois, é possível baixar a discografia inteira de um artista em poucas horas ou minutos dependendo da velocidade disponível o acesso a uma vasta gama de músicos e álbuns fora as informações biograficas expostas na enciclopédia virtual conhecida como Wikipédia ajudam a pelo menos o usuário a ter o básico no que tange a informações de seu artista preferido.

Na década de 1980 e 1990 as informações eram basiacamente as revistas que ao longo desse tempo tornaram-se veículos segmentados visando a atender as necessidades mercadológias e fora isso dentro do convencional o consumo de música acontecia com a tradicional compra de lp´s e depois cd´s que acabaram decretando a fim do lp que hoje custam pequenas fortunas dependendo do título entre outros e nessa esteira existiam ainda outros fatores como por exemplo os lojistas salvo excessões deixavam você escutar o disco e isso acarretava no seguinte dissabor era que se o disco fosse ruim você teria que ficar com ele e trocar nem pensar e o cd era a mesma coisa e com a chegado do mp3 isso acabou pois o consumidor pode escutar e avaliar se vale ou não apena consumir esse produto e também por uma questão financeira em termos de Brasil venhamos e convenhamos coleções é para quem é rico ou é jornalista que trabalha no ramo especializado porque para as pessoas de uma condição financeira não estável é impossível ter uma coleção de discos que custam caro num país onde a média de salário é o minimo.



01. Wishbone Ash - Just Testing (1980)

Esse disco nos últimos meses tem sido o mais escutado não sai do toca discos a não ser para descansar e voltar no dia seguinte está uma banda que eu deveria ter conhecido a mais tempo, pois, estou diante de um disco clássico considerando a discografia da banda na década anterior ele não fica devendo nada aos anteriores, pois, o aqui a banda reatualizou o som para a década que entrava rasgando com a NWOBHM que arrebatava os jovens sem piedade nenhuma e um álbum como Just Testing trás toda a tradição de guitarras com belas harmonias e solos como em faixas Lifeline, Hauting Me e Master Of Disguise e para aqueles que ainda não conhecem a banda está aqui um disco certeiro para começar.   



02. Uriah Heep - Demons And Wizards (1972)

Um grande disco e uma das aquisições mais dificies que eu fiz, pois, na época eu só conseguia as bandas convencionais e fica restrito aos mesmos discos e uns anos mais tarde numa bela noite de carnaval antes de ir para o clube com a namorada eu resolvi passar no Carrefour e comprar umas cervejas e derrepente eu me deparo com uma gôndola cheia de cd´s de quem? do Uriah Heep e na época estavam por um preço baixissimo porque a banda não tinha pego aqui então o que eu fiz de uma única vez eu comprei todos que eu pude e o Demons And Wizardds foi um deles e eu como ainda não conhecia banda fiquei pensando será que é bom? vale a pena? curiosidade que eu só matei quando cheguei no carro e botei no cd player e começou com os violões The Wizard eu quase caí do banco, a faixa Traveller In Time, Poets Justice, Rainbow Demon falam por si só a magnitude deste trabalho concebido pelo quinteto inglês.   



03. UFO - Obsession (1978)

O UFO sempre foi grande banda mas que nunca teve seu verdadeiro valor reconhecido gravou excelentes álbuns na companhia do guitar hero alemão Michael Schenker que tornaram-se clássicos obrigatórios do hard rock e heavy metal e por sua vez também influenciaram o movimento britânico popularmente conhecido pela sigla NWOBHM que praticamente dominou a música pesada na década de 1980, mas o que falar deste disco que marca a despedida de uma fase brilhante da banda que nunca mais foi a mesma depois da saída do guitarrista que neste álbum criou excelentes bases de guitarra aliadas a solos matadores que denunciavam a urgencia de Obsession que da primeira faixa até a útlima é uma grande aula de como se fazer rock pesado e as faixas Only You Can Rock Me, Hot ´n Ready, Cherry e Born To Lose são a mostra desse furacão que pela última vez comando pelas ferozes guitarras de Schenker caminhavam como gigantes arrebatando platéias. 

04. Status Quo - Piledriver (1972)
O Status Quo é aquele tipica banda de rock n roll pesada e com um som direto cru e simples calacado em guitarras aceleradas e em Piledriver um disco que transcende barreiras com un nível de faixas cativantes que não deixam o ouvinte em momento algum decepcionado e o meu caso a banda agradou em cheio e já faz 10 anos que não saí das minhas listas de discos que levo para viagem no meu mp3 player na época em que li sobre esse foi num quadro da extista Top Rock onde traziam as bandas e seus discos fundamentais e um dia era o Piledriver que estava lá e na época bem que eu tentei procurar em lp mas todas as buscas atrás desse disco na época foram um verdadeiro fracasso até 2001 quando a livraria Saraiva abriu sua primeira filial em shopping center de Ribeirão Preto e ai logo de cara, ou seja, na minha primeira compra pude adquirir este petardo e me deleitar ao som de Don´t Waste My Time, Oh! Baby, Time, Big Fat Mama e também conta com um belo cover para Roadhouse Blues do The Doors e com esse disco na mão eu dava meu ponta pé inicial no aprofundamento sobre as bandas da saudosa década de 1970. 


05. Kansas - Leftoverture (1976)
Depois de só ouvir falar sobre o Kansas e ler o background sobre a banda na revista Roadie Crew eu resolvi conhecer a banda que embalava muitas festinhas ao som de Dust In The Wind e afim de descobrir o que banda tinha além dessa balada cheguei a baixar alguns mp3 coisa rara pois havia sido acometido por uma crise financeira que esvaiu os meus recursos destinados a comprar álbuns e infelizmente tive que me contentar com em ouvir a banda aquele formato e ouvi os três primeiros discos afim de apenas de conhece-los e depois do fim da faculdade eu um dia perambulando pela FNAC recém aberta aqui em Ribeirão Preto resolvi dar umas voltaas lá dentro a fim de ver o que esses caras traziam de bom em termos de rock setentista e em poucos minutos eu me deparo com o Leftoverture e o único jeito foi adquiri-lo por um preço não convecional parra um cd importado e também foi o ínicio de um aprendizado só comprar nessa loja apenas em época de saldo devido aos preços abusivos que eles colocam não apenas nos cd´s e dvd´s mas nos livros e demais produtos que comercializam na loja e em casa foi demais poder conferir o peso e agressividade de Carry On Wayward Son o grande hit desse disco acompanhado de outras faixas com o toque progressivo do grupo e as faixas viajantes não ficam de fora como The Wall, Miracles Out Of Nowhere e Cheyenne Anthem que ajudaram a fazer a fama deste disco que é implacavel para quem é fã de boa música.

06. Blue Öyster Cult - Spectres (1977) 

 Está mais um daqueles grandes discos que são mal compreendidos e são rejeitados em sua época e a aquisição foi muito, mas, muito fácil porque o dono do sebo para se livrar logo dele pelo fato da banda ser desconhecida neste fim de mundo o disco ainda ostentava a fama de ser um álbum fraco, ruim e entre outros então o lojista que provavelmente nunca deve ter escutado o material simplemente preferiu acreditar na mentira e se deixou levar por ela para a minha alegria porque os sebos ribeirão pretanos sempre tiveram uma péssima tradição de explorar os clientes e ainda deslavadamente dizem que são seus amigos falsos e simplemente falsos por isso só recorro a esses exploradores em último caso e no caso desse lp foi a mesma coisa e no dia que eu cheguei lá olhei vi o disco me interessei e paguei primeiro mas pedi para ouvir para conferir ali mesmo se o produto estava com alguma avaria e procedendo a audição o cara se ligou da besteira que fez e tentou voltar a atrás no preço mas já era tarde eu não concordei para o azar dele que ao ouvir Godzila, Death Valley Nights, R.U Ready To Rock e Nosferatu percebeu que algo lhe custara caro e que então passaria a assombra-lo e pela primeira vez naquele território inóspito e sombrio dos gângster que operam inescrupulosamente os sebos eu conseguirá algo inédito levar vantagem. 

08. Budgie - Impeckable (1978)
Depois de muitos anos na minha vida ouvindo sempre o que mídia impôs e os passado também eu através do mp3 pude conhecer "novas" bandas e destarte selecionar melhor o que me interessava ouvir em determinados momentos e assim concentraria os meus gastos em discos que depois de certo tempo não seria relegados ao esquecimento e a década de 1990 dá um ponta pé inicial nesse tipo de música descartável, pois, quando você comprava um disco enfim um lançamento no máximo eram duas faixas boas o resto estava ali fora de contexto com a finalidade de encher o álbum embora o heavy metal seja um estilo a parte que sempre primou pela qualidade também teve lá suas excessões neste quesito e muito material de gosto duvidoso foi lançado e está para quem quiser tirar a prova e quando eu descobri o Budgie e rodei uma pesquisa pela internet afim de conhecer a história da banda e a discografia eu me deparei com uma daquelas bandas que apesar de ter uma discografia consideravel nunca chegou a galgar o sucesso como outras bandas de sua geração mas a banda nunca teve um disco ruim e detalhe foi uma banda influente e inclusive ajudou a formar as bases do heavy metal da década de 1980 e ainda influênciou outra banda do cenário Grunge e ao ouvir os tais discos clássicos eu percebi que tinha um disco injustiçado ali no meio que é justamente este, pois, quando o coloquei no cd player depois de compra-lo em uma loja de usados no centro e pude perceber já na abertura com Melt The Ice Away e nas faixas demais como All At The Sea, Smile Boy Smile e Don1t Go Away que a banda estava seguindo outros caminhos o que é natural para uma banda de rock principalmente na década de 1970 onde tudo era novidade e as bases de muitos subgêneros começaram a ser definidas e os frutos vingaram na década posterior e o disco em questão foi injustiçado sim e para aqueles que pensam que o "verdadeiro" Budgie está registrado em Squawk (1972), Never Turn On (1973), In For The Kill (1974) e Bandolier (1975) está enganado porque em Impackble existe um Budgie que buscando fugir do seu passado no bom sentido que deve ser assimilado por aqueles mais reacionários.   

09. Focus - Mother (1975)
Que surpresa grata vinda da Holanda enfim é mais uma banda do progressivo que na minha opinião é um estilo clássico e revelou grandes nomes do estilo e minha relação com esta banda começa com a leitura da revista Poeira Zine altamente indicada para quem quiser saber informações mais precisas e detalhadas da música produzida na década de 1970, e depois da leitura fui fazer o meu teste para ver se valia a pena adquirir os álbuns ou não então baixei este disco e em menos de 5 minutos eu estava lá com ele pronto para ouvir e finalmente matar minha curiosidade e fazer um pedido na galeria do rock e não me arrependi do que eu ouvi pois até então eu conhecia bandas como Pink Floyd, Yes, Rush e o Jethro Tull e com o Focus foi as portas de entrada para outras bandas que eu desconhecia como o Camel, Genesis, King Crimson e o Van Der Graaf Generator que eu literalmente desconhecia enfim nem supunha a existência e voltando ao álbum Mother embora não seja o maior dos clássicos da banda serviu para pelo menos para me apresentar a banda.

10. Van Der Graff Generator - Pawn Hearts (1971)

Esta banda eu também conheci através da Poeira Zine e como no caso do Focus também procedi uma investigação para saber se valia ou não investimento como no caso de centenas de milhares de bandas que eu já ouvi e ainda ouço e tenho o material original  eu tinha baixado desta banda boa parte da discografia mas como eu tinha que sair peguei logo este que estava na primeira posição da fila e depois de descompactar já adcionei a lista de gravação, pois, iria ouvi-lo no carro e destarte caí na rua para fazer as minhas tarefas e fui ouvindo este disco que pode ser considerado uma obra prima do rock progressivo pois fazia muito tempo que eu não ouvia nada nem parecido e ou se ouvi nunca percebi pois estava mergulhado até o pescoço nos tais medalhões que eu chega a achar inimaginavel a existências de outras bandas e o meu engano e erro foram totais e com Pawn Hearts eu estava entrando numa parte do progressivo que eu nem sabia da existência e legou-nos um material incrivel e este disco e esta banda fazem parte desse espirito classico do progressivo registrado nas suas três longas faixas uma caracteristica do estilo enfim impossível decompor o disco em busca de uma faixa favorita pois todas acabam por se circunscreverem nesta posição.