O assunto sobre a Ditadura Militar no Brasil ainda é muito debatido, pois o período é marcado pela sucateamento do Estado e a privatização da saúde (planos de saúde), Educação (escolas particulares modelo americano) e mais uma série de coisas como a supressão da liberdade e as torturas que os presos políticos sofreram, as cassações de funcionários públicos (professores, deputados entre outros), a censura muitas vezes sofrida não pela imprensa (que usa a liberdade de expressão para cometer crimes), pois advogados entre outros profissionais e inclusive vários membros do clero também foram torturados e mortos pelo regime sanguinário, que mergulhou o país nas trevas por 21 anos, depois do golpe de 1964.
Pela primeira vez uma banda brasileira resolve remexer um tema forte e polêmico, que divide a sociedade entre os saudosistas (conservadores, que nunca viveram o período) e o pessoal da esquerda. O Torture Squad desta vez surpreendeu, pois ao contrário e muitas bandas que vão buscar inspiração em vários temas de culturas diferentes foram buscar um tema forte e em fatos reais que marcaram profundamente a história do Brasil e ajudam a explicar alguns porquês sobre a nossa realidade atual.
O baterista Amilcar Cristófaro falou o seguinte sobre o assunto: "Algo me dizia que o nosso próximo álbum tinha que ser sobre um assunto que fosse forte, então eu comecei a pensar a respeito e me veio a mente a ditadura militar no Brasil".
"O que eu sabia sobre o assunto era aquela coisa totalmente por cima, que eu acredito que é o que maioria dos brasileiros também sabem, que foi uma época em que o Brasil foi governado pelos militares e que rolou muita tortura e tal. Comecei a perceber que o assunto está muito atual".
"Uma prova é que a nossa atual presidente que foi uma das pessoas torturadas daquela época, e para provar que o mundo realmente dá voltas, agora ela "só" governa o país assim como a todos aqueles que a torturaram um dia".
"É claro que não vamos conseguir contar 21 anos de história num único álbum, mas a idéia é fazer com que as pessoas que leiam as letras possa entender um pouco o que aconteceu naquela época. Estamos falando desde a influência americana até o golpe de 1964, passando pelos Atos Institucionais, a formação das guerrilhas armadas, formas de tortura, desaparecidos e menção a Marighella, a guerrilha do Araguaia e etc..
Da gente, o André era quem manjava mais sobre o assunto, era o André e por isso todos nós começamos a pesquisar (ler livros, internet)e a estudar o assunto e também a conversar com pessoas como o historiador Alexandre Rossi Carneiro e com o jornalista e escritor Roni Walter Jatobá que já escreveu vários livros sobre o assunto e vivenciou o período de perto".
"Nunca fizemos um trabalho lírico conceitual sobre um tema, esse será o nosso primeiro trabalho nessa linha e eu acredito que saíra de nós um trabalho legal e honesto. Espero que os bangers gostem".
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