Resenha de cd: Corrosion of Conformity - Megalodon (2012)

Em 2012, fez 27 anos que o Corrosion of Conformity lançava Animosity (1985), o seu magnum opus e o som era o hardcore mais virulento possível. O relacionamento interno sempre foi turbulento e as mudanças na formação era algo previsível e de fato aconteceu e a década de 1990, viu uma nova encarnação do grupo reaparecer e manter o nome do grupo em evidência e a sonoridade também sofreu alterações, pois o stoner entrou em cena e já sabe-se bem o que aconteceu. 

A formação clássica havia se desmanchado e o grupo seguiu a década de 1990, lançando bons álbuns e seguindo a nova tendência e conseguiu manter-se na crista da onda. No início da década de 2000, o bicho começou a pegar com o lançamento do álbum America's Volume Dealer (2000) o som estava aquém do que a banda vinha fazendo no passado e isso levou os fãs a deixarem-no de lado e várias acusações começaram a surgir contra o grupo. 

Em 2005, os caras retornaram com In The Arms of God, que trouxe o brilho de volta, pois as influências do Sabbath estavam lá de volta e a banda novamente voltou as boas com os fãs e não era para menos porque quando colocamos aquele álbum para rodar o bicho realmente pega. Ali podemos encontrar a essência dos norte americanos. 

         

Em 2012, retornaram com a mesma formação que gravou Animosity e para comemorar lançaram um álbum auto intitulado e aqui podemos perceber que Reed Mullin, Mike Dean e Woody Weatherman apenas continuaram de onde haviam parado e o resultado é a mescla do hardcore e do stoner cujo resultado ficou perfeito e a sonoridade bruta e agressiva só teve um defeito faltou melhor lapidação, mas dane-se rock é rock mesmo e a sujeira e os seus companheiros como a brutalidade governam. 

Ainda em 2012, perto do fim do ano a banda anunciou o lançamento de um EP intitulado Megalodon e nele a banda apenas fez uma excelente continuação do álbum e a mistura já citada aparece no seu estado perfeito desde a produção e a habilidade dos músicos em detonar, pois o que eles fizeram. 

Das cinco faixas que compõe o disco é desnecessário falar qual é a melhor delas, mas uma coisa dá para perceber que este retorno é um dos melhores e mais profícuos dos últimos anos e os resultados em menos de 1 ano, mostram que esta festa deve continuar e apesar dos pesares é o Corrosion of Conformity no seu pleno estado de graça. 

NOTA: 9,5    

Lista de músicas: 

01 Feed On 
02 Priest Brains 
03 The Megalodon 
04 Strong Medicine