O rock sempre foi revolucionário principalmente quando o assunto era atitude de inovar, pois a ideia primordial sempre havia sido quebrar todas e quaisquer barreiras para chocar e provocar o ouvinte e ninguém fez isso melhor do que David Bowie e por isso não é estranho o epíteto: Camaleão do rock, pois o homem nunca repetiu um disco e muito menos se manteve preso a um personagem e sempre buscou reinventar-se, manter-se relevante.
Clássicos saíram de sua mente privilegiada e na década de 1970, ele nadou de braçada e lançou uma sequência de álbuns de tirar o fôlego de qualquer pessoa e fazer inveja a muitos artistas contemporâneos. Imagine você ter o privilégio de ser autor de álbuns como: The Man Sold The World (1970), Hunky Dory (1971) e The Rise and Fall of Ziggy Stardust and Spiders from Mars (1972) considerando a sua obra máxima pelo personagem e pelos temas explorados sem parcimônia.
Quando um artista lança um álbum de peso, a expectativa para o próximo é sempre grande e claro que existe uma enorme pressão para que o sucesso do anterior se mantenha e se possível, que o supere em todas as instâncias. As influências de Ziggy Stardust foram enormes na vida de David Bowie e livrar-se dele naquele momento talvez não fosse o melhor a se fazer e então o seu alter ego permaneceria ali intacto, mas a música tornar-se-ia mais impactante e se aprofundaria de maneira assustadora e muito, mas muito tóxica também.
Como tudo na vida tem o seu fim, o que mais vale e, portanto, é o que se leva em consideração numa obra é a trajetória do artista e de suas criações e no caso de Bowie e de Ziggy Stardust que abraçados pularam juntos do abismo do da auto destruição fato repetido ao redor do mundo por milhares de espectadores.
Lista de músicas:
O1 Watch that man
Quando um artista lança um álbum de peso, a expectativa para o próximo é sempre grande e claro que existe uma enorme pressão para que o sucesso do anterior se mantenha e se possível, que o supere em todas as instâncias. As influências de Ziggy Stardust foram enormes na vida de David Bowie e livrar-se dele naquele momento talvez não fosse o melhor a se fazer e então o seu alter ego permaneceria ali intacto, mas a música tornar-se-ia mais impactante e se aprofundaria de maneira assustadora e muito, mas muito tóxica também.
A usina de clássicos de David
Bowie estava engatando um ritmo frenético e funcionava redondinho e mais um
capítulo dessa saga insana estava em curso. Enfim , um disco clássico torna-se clássico
pelo efeito positivo e negativo no público e por esses méritos consegue
sobreviver ao teste do tempo e arrasta, influência uma multidão de fãs e
seguidores obcecados pela lenda impressa em si como um condutor de energias
múltiplas e inesgotáveis e personalidade única. David Bowie e a sua banda
se trancaram no Trident Studios, em 1973 e durante outubro de 1972 a janeiro de 1973
conceberam o álbum Aladdin Sane cuja estreia rolou em abril de 1973.
Diferente dos seus antecessores,
Aladdin Sane funcionava como uma espécie de continuação do personagem Ziggy
Stardust (tipo Ziggy vai para América), alter ego do seu criador (que já havia
sido “assassinado” no ano anterior). O álbum não é conceitual e surgiu durante
o processo de gravação do seu antecessor quando ainda estava na estrada, pois
em 1973 a
gravadora achou por bem mandar Bowie para o novo mundo e assim pela primeira
vez os fãs norte americanos poderiam conferir os seus shows. A pressão da
gravadora não era pequena e missão dada é missão cumprida em qualquer lugar, e
no caso da indústria musical ela envolve uma série de questões e não havia
outro remédio a não ser seguir em frente.
O time de músicos não foi
composto apenas por Trevor Bolder (baixista), Mick Ronson (guitarrista) e Mick
“Woody” Woomansey (baterista). Outros músicos foram contratados para a
empreitada, e ao lado de Garson que foi imprescindível devido ao entrosamento
conquistado na turnê e assim as ideias fluíam melhor e saíam do convencional
com o pianista, que permitia ir além e fazer o que bem
entendesse. As composições começaram a sair naturalmente e a
primeira delas foi “The Jean Genie”, que além de ser uma homenagem ao escritor
francês Jean Genet também foi inspirada em Iggy Pop , um grande amigo de Bowie. A faixa
também foi composta para agradar Cyrinda Fox com quem David Bowie se envolveria
pouco tempo mais tarde depois de chegar aos Estados Unidos.
A turnê super quente marcada por orgias, excessos pelo encontro do
jet set do pop (Andy Warhol, Iggy Pop, Lou Reed, os New York Dolls,
Cyrinda, Todd Rundgren e mais uma galera) rendeu a faixa “Watch That Man”,que
descreve muito bem esse encontro de gigantes e o resultado do instrumental, que
traduz perfeitamente o rock and roll, a fase glam de Bowie é abertura do álbum.
As longas conversar de Iggy Pop e de David Bowie também serviram de inspiração
para a faixa ”Panic in Detroit”. Outra faixa que surgiu das impressões que as
prostitutas e os michês de Hollywood lhe causaram foi “Cracked Ator” e a letra
fala de um ator cinquentão, um galã cujo segredo era querer transar com os
michês e realizar todos os seus desejos mais secretos.
Como não poderia ser diferente
já que se tratava de uma turnê e as viagens de um ponto a outro eram uma
constante nesse período e num deslocamento noturno de trem para Phoenix, o
astro vinha sossegado curtindo a paisagem e sacou alguns efeitos prateados no
céu e tal visão o deslumbrou e dela surgiu a inspiração para a faixa “Drive-In
Saturday” cuja letra tem como tema um mundo depois de uma tragédia nuclear, num
futuro para lá de distante onde as pessoas utilizavam sexo e drogas sem
parcimônia e também assistiam a vídeos do passado para lembrarem-se sempre dos
fatos ocorridos.
A última faixa composta em solo
americano foi “ Time” uma balada cujo homenageado foi Billy Murcia, que havia
sido parte da orgia e que já havia falecido naquela altura e o tema na verdade
fala sobre a morte e tempo, pois como sabemos esta é única verdade da vida da
qual não remédio que a faça desaparecer. De volta para casa e ainda no caminho
dentro do navio foi à vez de “Aladdin Sane” ser composta e a faia título foi
inspirada no livro Evil Bodies, de Evelyn Waugh. Já de volta a Inglaterra e na
companhia do produtor Ken Scott pronto para gravar e dar aquela arrumada no
restante que tinha em mãos resolveu colocar um cover dos Rolling Stones e a
faixa sorteado foi à polêmica “Let’s Spend the Night Together”, e o final do
álbum que deveria terminar com a faixa “All the Dude Young” que foi descartada
e repassada para a rapaziada do Mott the Hoople, mas foi finalizado com a faixa
“Lady Griming Soul” porque a vontade era terminar o álbum com o material mais
melancólico para combinar com as demais faixas do álbum.
Aladdin
Sane é a viagem chapada regada a todo o tipo de experiência de um gênio, que
experimentava a possibilidade de espalhar a sua loucura pela América que
timidamente começava a olhar para ele. Apesar de não ter sido projetado para
ser um álbum conceitual as músicas tem uma ligação entre si e também uma leve
ligação com o seu antecessor. Fato é que Aladdin Sane é um álbum genial, forte e também
psicológico devido ao forte apelo depressivo. Enfim é mais uma expressão da
face do cantor sobre as suas visões sobre o futuro e sobre as pessoas e que
reflete a personalidade o criador e a sua criatura.
Como tudo na vida tem o seu fim, o que mais vale e, portanto, é o que se leva em consideração numa obra é a trajetória do artista e de suas criações e no caso de Bowie e de Ziggy Stardust que abraçados pularam juntos do abismo do da auto destruição fato repetido ao redor do mundo por milhares de espectadores.
Lista de músicas:
O1 Watch that man
02 Aladdin Sane
03 Drive in Saturday
04 Panic in Detroit
05 Cracked Actor
06 Time
07 The Prettiest Star
08 Let´s Spend the Night Toghter
(Rolling Stones Cover)
09 The Jean Genie
10 Lady Grinning Soul
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