6 de dezembro de 2012

Os Melhores de 2012 por Ricardo Machado Jorge


Chegou a hora das listas dos melhores de 2012, e agora poderemos conferir a lista do não tão novo colaborador deste blog. Ricardo Machado Jorge é formado e história e já foi docente, mas atualmente paga as contas como Consultor Imobiliário e assim como muitas pessoas também é fã de música a mais quase três décadas é fã de Hard Rock, Progressivo, Psicodélico, Funk, Soul, Jazz, Blues e Heavy Metal mais alguns de seus derivados.



Ele é meu amigo, desde a época da faculdade e a nossa parceria data desta época mágica, pois nós tivemos um blog e o mesmo abrangia literatura, cinema, política, quadrinhos e a boa música claro, mas nada além dos nossos gostos pessoais e justamente por isso retomamos a parceria e a segunda colaboração é a lista dele sobre os melhores do ano. 


Os 10 melhores álbuns do ano: 


01 Rush - Clockwork  Angels 

O Rush sempre foi um power trio e o foco dos caras sempre foi a música e depois de cinco anos retornam com este álbum que além de superar o anterior mostra que os caras, que já beiram a casa dos 60 ainda tem muito, mas muito mesmo para mostrar para a rapaziada e se continuaram neste ritmo logo, logo não terá para mais ninguém. Além das excelentes faixas presentes outros diferenciais deste álbum é fato dele ser conceitual e inclusive acabou virando um romance. O que mais pode-se esperar de uma banda cujo lema é o amor a música que fez e ainda faz, que ainda encanta as novas gerações. 


02 Corrosion of Conformity - Corrosion of Conformity 

Este pode ser considerado um retorno excelente, pois a formação original também é um power trio e o primeiro trabalho do trio foi o clássico Animosity (1985), neste ano surpreenderam com o álbum auto intitulado, pois o que podemos encontrar aqui é o peso maciço do stoner calcado pelas fortes influência de Black Sabbath aliadas ao hardcore e o resultado é um álbum forte, coeso e principalmente matador. Caso você ainda não conheça o som do grupo, você pode começar a conhecer por este álbum que nada fica devendo aos anteriores e inclusive é muito superior ao material que a banda apresentou nos últimos vinte anos. 


03 Testament - Dark Roots of Earth 

Mais um álbum forte dada a abordagem política promovida pela banda. Talvez o melhor álbum da carreira dos caras e também mostra que a música atual está mais viva do que nunca e o mesmo vale para o Thrash Metal. A renovação e manutenção da técnica além dos limites do compreensível estão ai e o resultado é um atual e se alguém tem alguma dúvida sobre este álbum não precisa ter medo basta fazer algo por si, ou seja, ouvi-lo no máximo volume e se o vizinho reclamar ele que tampe os ouvidos, certo? 


04. Paradise Lost - Tragic Idol 

Um dos melhores álbuns pelo simples fato de condensar de maneira excelente o doom e o gothic metal criando momentos memoráveis, pois a melancolia e o peso se encaixam perfeitamente criando atmosferas sombrias como ambos os estilos tem que ser e fazia alguns anos que eu não ouvia nada deste tipo destes britânicos. Espero que os próximos álbuns pelo menos sejam empolgantes como este e apresentem o mesmo equilíbrio mesmo que sigam outra linha e espero que o deixou passar batido reveja os seus porquês e vá o mais rápido possível atrás dele. 


05 Torch - Humancraft
   
Essa é uma das minhas novas descobertas, esta banda norte americana já está no quarto disco e faz um som bem divertido pesado e mistura pop nas suas composições. Quem gosta de Stoner/Sludge vai gostar e se tiver cabeça aberta vai adorar assim como eu, e provavelmente o elegerá um dos grandes álbuns deste ano, enfim álbuns como este mostram que a música boa está ai e está muito longe de desaparecer e me fez refletir que ela está debaixo de uma enorme pilha de lixo midiática, e se você quiser fugir da mesmice esta aqui uma excelente oportunidade. 


06 Muse - The 2nd Law

Esse é outro álbum que me fez refletir sobre o cenário pop e apesar de nem sempre eu gostar deste gênero, eu me senti obrigado a rever os meus conceitos e considerar que dentro deste gênero existem as bandas descartáveis, que são as modinhas que logo desaparecem e outras como o Muse que já tem sua carreira consolidada e uma base de fãs e não é a toa e isso eu acabei descobrindo apenas neste ano. Quando vi o disco gostei tanto da capa e dei uma passada naquelas máquinas das lojas onde você ouvir alguns trechos e depois de fazer essa audição parcial decidi arriscar e o comprei e digo de boca cheia fui surpreendido, pois aqui os caras flertam com o progressivo e o som é o melhor possível e o fato é que aqui está ele e para quem tem a mentalidade de apenas o hard rock, o heavy metal e seus derivados são a verdade, o caminho e a luz devem repensar as suas idéias, pois assim como no pop existem aqueles que são descartáveis, no heavy metal também tem e não são poucos. 


07 Blackberry Smoke - The Whippoorwill

Quando o assunto é o Southern Rock as minhas bandas favoritas até esse ano eram: Lynyrd Skynyrd, Allman Brothers Band, Little Feat e mais alguns, mas depois que eu comprei esse disco quase sem querer, eu nem sabia do que se tratava, pois além de gostar de descobrir sonoridades sempre me amarrei em capas de discos e com este não foi diferente e me surpreendi, pois este álbum vai além da capa e mostra como é que se faz para se tornar um dos grandes nomes da cena e na atualidade pode tranquilamente ser considera a melhor e a mais legal. Tomara que continuem mantendo o pique e mandem mais álbuns como este porque eles são muito necessários. 


08 Soulfly - Enslaved 

Quando saiu do Sepultura, o guitarrista e vocalista Max Cavalera resolveu montar o Soulfly e começou fazendo o tal new metal, mas depois da aventura não muito bem sucedida resolveram voltar para as suas raízes, pois é o que o tornou famoso e isso deixa bem claro que é que realmente ele faz como ninguém. Com Enslaved o cara e os seus companheiros mergulharam profundamente nas raízes metal, mas só que pegaram pesado e abraçaram-se com o Death Metal, com o Black Metal e claro o Thrash Metal não poderia ficar de fora e o resultado é uma massa sonora violenta e extrema ao máximo e inaugura de vez o período de maior criatividade que alguém poderia vivenciar dentro daquilo que se propõe a fazer, ou seja demolir e aqui está uma bomba atômica apta a detonar os seus ouvidos. 


09 Grave Digger - Clash of Gods 

Esta banda alemã desde que retornou as atividades em 1993, nunca me decepcionou porque desde então sempre lançou álbuns fortes e sempre esteve mais próxima da história e o resultado foi o conceitual e clássico Tunes of War (1996) e agora retorna com uma nova trilogia que até agora já rendeu dois capítulos cujo último foi lançado em 2010. Agora os caras retornam com um álbum calcado na mitologia grega o que não é nenhum surpresa, mas o melhor do trabalho são as composições pesadas que desde sempre trazem a marca registrada da banda: o peso, a agressividade e a passionalidade de ser fã de heavy metal e mostram que ainda tem uma longa estrada pela frente e que o show não deve e nem pode parar, pois existem algumas bandas que assim como a sua obra são eternas e um grande exemplo desta máxima pode ser compreendido aqui desde a primeira audição, simplesmente excelente. 


10 Serj Tankian - Harakiri   

Este disco foi uma surpresa para mim no início, pois eu nem sou fã de System of Down e derrepente me vejo tentado numa das lojas da rede Saraiva e pego no disco e fico pensando; "eu levo ou não levo, o que eu faço?", o lado explorador e descobridor falou mais alto e aproveitei o embalo, porque eu andava comprando uma série de álbuns de pop e resolvi chutar o balde e pronto levei. Depois de cinco audições caiu a fixa trata-se de um disco bom, pois é pesado e além de flertar com o eletrônico apresenta novas possibilidades e por isso indico para quem estiver de ouvir coisas diferentes e empolgantes. 


Melhor álbum de estréia: 

Flying Colors - Flying Colors 

Se alguém pensa que o pop e o progressivo não dão certo juntos estão redondamente enganados e não precisam voltar lá na década de 1980, para tirar a prova podem tirar essa conclusão ouvindo este álbum, que comprova exatamente o contrário e por se tratar de um super grupo que conta com estrelas de altíssimo nível e duas delas são: o já conhecido mestre das baquetas Mike Portnoy e o guitarrista Steve Morse, mas embora ambos sejam parte da banda o mérito não é dividido apenas entre os dois, porque os demais integrantes são partes importantes para o sucesso deste álbum que mostra algo simples que tudo que é bem feito, ou seja, honesto tem seu lugar e assim esperamos que esse lugar seja ocupado com excelentes melodias do pop e peso do rock progressivo, até o próximo álbum. 


Álbum que decepcionou neste ano:


Aerosmith - Music From Another Dimension! 
Escolher este álbum como a decepção do ano foi mais fácil do que eu imaginava, eu gosto da banda tenho alguns dos caras, mas infelizmente sou obrigado a reconhecer que hoje a banda é uma caricatura do seu passado e isso não é legal, pois quando o dinheiro assume o controle as coisas degringolam e aqui isso aconteceu faz tempo e o que mais falta fazer para por termo a essas aventuras desastradas? Talvez colocar o tampão no caixão e marcar o velório e depois enterrar de vez? Ainda bem que eu peguei emprestado de alguém que se arrependeu, pois dinheiro é difícil de se ganhar e joga-lo fora com trabalhos ruins é desperdício e por isso se você tiver amor ao seu bolso e ao seu suor passe longe deste trabalho que educadamente deve ser chamado de medonho, tenebroso e etc.   


Melhor álbum ao vivo do ano:

Machine Head - Machine F**king Head Live

Este álbum captura na íntegra, toda a fúria, agressividade e o bom momento que o Machine Head vem vivendo e grande prova começa com Unto the Locust (2011), que agora pode ser parcialmente conferido neste trabalho insano e que com certeza vai prestar um grande favor, a banda que conseguirá manter-se entre os grandes devido ao talento esbanjado em doses cavalares e por retratar um momento brilhante e por mostra que a banda está franca transição de um álbum a outro, ele se tornará mais rápido do que se espera um dos álbuns ao vivo essenciais na história do metal por mostrar que a música não tem barreiras quando se pensa em criatividade e ousadia coisas que justificam a excelente fase, que estes norte americanos vivem hoje.   








  






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