O Thrash metal é um dos sub gêneros mais agressivos e violentos que surgiram dentro do heavy metal nos anos 90, pois combinava a velocidade, o peso absurdo com guitarras flamejantes e uma cozinha altamente explosiva ao hardcore que por usa vez também guardado dentro de si muito ódio e revolta contra o status quo. O gênero nasceu nos EUA e inicialmente teve os seus grandes representantes no Metallica e no Slayer, mas pouco tempo depois outras bandas vieram, inclusive na Europa, e tornaram-se ícones e cada uma tinha a sua identidade.
Agrupar os loucos, desajustados do bairro não foi difícil ainda mais naqueles tempos cujo lema era transgredir de qualquer forma independente do resultado. Listar uma pequena quantidade de clássicos não é fácil ainda por ser uma tarefa subjetiva e por isso não tem regras na escolha deste ou daquele álbum, porém o que vale a pena é ouvir, conhecer e divertir-se como senão fosse existir o dia seguinte e assim sendo caia de cabeça nesta pequena lista.
Slayer - Reign in Blood
Data de lançamento: 07 de outubro 1986
País de origem: EUA
Estilo: Thrash Metal
Line-up: Tom Araya (v, bx), Jeff Hanneman (g), Kerry King (g) e Dave Lombardo (bt)
Premiação: Disco de ouro (RIAA)
Produção: Rick Rubin e Slayer
O Slayer em 1983 começa arrasador com o satânico Show no Mercy, os caras tinham aquele som vibrante, pesado e intenso que além da postura dos caras estava apoiado em letras que abordavam desde o ocultismo até os serial killers e assim sendo não foi difícil encontrar o seu lugar ao sol e tornar-se uma sensação para os headbangers e um pesadelo para sociedade. No segundo álbum, Hell Awaits (1985), a mudança foi radical e agora o grupo estava mergulhado no mais absoluto thrash metal no nível altíssimo de peso e intercurso com o hardcore mostrava que não havia limites, mas ainda assim faltava algo mais.
Em 1986, o terceiro daria o passo derradeiro com o lançamento de Reign in Blood e todo o peso, agressividade e a ilimitada criatividade e a mistura do metal com o hardcore mostram de "a" até "z" que não havia qualquer limite nesse fusão e o produto final é um álbum onde está encerrada toda a alma, a identidade do grupo, enfim era o início do auge e em grande estilo. Um disco curto com pouco mais de vinte oito minutos que pareciam ser uma eternidade e que de fato dizia muita coisa e uma delas é o permanente convite que ele faz aos futuros candidatos que é ouvi-lo e tentar compreender.
Metallica - Master of Puppets
Data de lançamento: 21 de fevereiro de 1986
País de origem: EUA
Estilo: Thrash Metal
Line-up: James Hatfield (v, g), Kirk Hammet (g), Cliff Burton (bx) e Lars Ulrich (bt)
Premiação: Seis discos de platina (RIAA)
Produção: Flemming Rasmussen e Metallica
O Metallica desde o seu começo
com Kill ´em All deu saltos grandes seja em números de fãs de vendas dos seus
álbuns e na sua evolução musical também, ou seja, de um álbum para o outro o
grupo mostrava composições mais maduras e mais pesadas em relação aos seus
antecessores. Ride the Lightning (1984) apesar de já apresentar os futuros
daquele incipiente subgênero ainda caminhava junto o heavy metal tradicional,
porém apresentava os seus diferenciais em relação ao cenário que nessa época já
começa ver o surgimento um pouco discreto de outros conjuntos de peso.
Master of Puppets é transição
completa da mescla do seu antecessor. Trata-se de um álbum avassalador,
selvagem e sem limites e tamanho é o absurdo apresenta no peso das composições
que apresentavam um lado mais refinado sem deixar de carregar outra marca daquela
época o lado sombrio e violento que você pode se descabelar ao ouvir Battery,
Master of Puppets e as demais. Reviver o passado é sempre saudável, mas com o
Metallica é mais do que isso é querer se abrigar nele e exigir que os tempos
que não vivemos voltem tal e qual foram.
Megadeth - Rust in Peace
Data de lançamento: 21 de Setembro de 1990
País de origem: EUA
Estilo: Thrash Metal
Line-up: Dave Mustaine (v, g), Marty Friedman (g), David Ellefson (bx) e Nick Menza (bt)
Premiação: Disco de platina (RIAA)
Produção: Mike Clink & Dave Mustaine
Data de lançamento: 21 de Setembro de 1990
País de origem: EUA
Estilo: Thrash Metal
Line-up: Dave Mustaine (v, g), Marty Friedman (g), David Ellefson (bx) e Nick Menza (bt)
Premiação: Disco de platina (RIAA)
Produção: Mike Clink & Dave Mustaine
Depois que o Mustaine foi
chutado do Metallica jurou vingança, mas ela seria uma banda tão boa, ou melhor.
De fato ele conseguiu criar uma banda boa e competitiva, mas melhor infelizmente
não deu certo e o jeito foi ficar na segunda posição como querem alguns. Dave
Mustaine e seu fiel escudeiro David Ellefson lançaram ótimos discos e canções clássicas
que não podem faltar em qualquer atividade da banda, ou seja, desde o show
arrasa quarteirão, um disco ao vivo ou uma coletânea.
No começo da década de 1990, os
caras emplacam Rust in Peace que é aquele disco que faltava para coroar a banda
como um dos mestres do Thrash metal. Hardcore e metal unidos à técnica vista em
Holy Wars que carrega peso, velocidade absurdas e faz até o careta da escola ou
vizinho chato baterem cabeça. Este álbum é daquele que você vicia na hora e
você vira os lados incansavelmente batendo cabeça. O heavy metal estava nos
seus últimos momentos de popularidade, mas com este álbum ainda dava para ter
esperanças de que teríamos uma década de surpresas, mas infelizmente o que
vimos foram lágrimas e tristeza de um tempo que não volta mais, porém você
ainda poderá reviver aqueles bons momentos com este álbum insano.
Anthrax - Among the Living
Data de lançamento: 22 de março de 1987
Estilo: Thrash Metal
Line-up: Joe Belladona (v), Ian Scott (g), Dan Spitz (g), Frank Bello (bx) e Charlie Benante (bt)
Premiação: Disco de ouro (RIAA) e Disco de platina (BPI)
Produção: Anthrax e Eddie Kramer
O Anthrax é uma das grandes
bandas desse cenário e não é a toa em 1985, os caras mandaram ver com o lançamento
de Spreading the Disease um disco que mostra uma banda em pleno exercício do Thrash
metal quebrando tudo com uma dose de crítica social e política também, mas com
um ótimo senso de humor. Apesar de estar em evidência e ter um ótimo som faltava
mais alguma coisa um disco que quebrasse fronteiras e os catapultasse de uma
vez para dentro do estilo a fim de fazer frente aos medalhões.
Among the Living é o disco que
deu visibilidade a banda e a colocou no topo e tornando-a conhecida em todos os
lugares possíveis. Faixas como: Caught in a Mosh, I am the Law, Indians, Amomg
the Living e A.D.I./Horror of It All eram tudo o que faltava para confortar os
ouvidos alheios nessa corrida alucinada. É impossível ouvir uma vez só, é
impossível não pirar, bater cabeça até a exaustão, pois esta obra prima é uma
marco que deve ser sempre reverenciado, e sem qualquer moderação porque não ressaca de qualquer espécie.
Overkill - The Years Decay
Data de lançamento: 13 de outubro de 1989
País de origem: EUA
Estilo: Thrash Metal
Line-up: Bobby Blitz (v), Bob Gustafson (g), D.D Verni (bx) e Sid Falk (bt)
Premiação: Inexistente
Produção: Terry Date e Overkill
Um disco cuja capa mostra um
cenário sombrio com uma caveira de boca aberta, com dentes enormes e embaixo
está escrito “The Years Decay” no mínimo remonta a filmes de terror, mas neste
caso estamos falando do Overkill uma das grandes do Thrash metal. Aqui não
importa se os caras são injustiçados, mas sim o grande disco que eles lançaram
no cerrar de cortinas da década de 1980, e pode-se dizer que encerraram a
década com chave de ouro.
Os chegaram em 1985 com o
excelente “Feel the Fire” um som Thrash com forte apelo hardcore assim como faziam
as demais bandas do cenário. Depois entraram de cabeça no Thrash deixando para
trás o som primitivo do primeiro com “Taking Over”, que pode ser considerado um
marco na carreira dos caras e continuação veio com “Under the Influence” em
1988 e mais uma vez os caras quebraram tudo e o auge dos caras é lógico que
esta registrado em “The Years Decay”, pois as características vitais do estilo
e do grupo desfilam através de Time to Kill, Elimination, The Years of Decay e
fecha magistralmente com Evil Never Dies que é uma prova viva da insanidade em
forma de notas musicais que agridem os ouvidos sem precedentes, enfim o disco é
cara de uma década brilhante.
Testament - The New Order
Data de lançamento: 05 de maio 1988
País de origem: EUA
Estilo: Thrash Metal
Line-up: Chuck Billy (v), Alex Skolnick (g), Eric Peterson (g), Greg Christian (bx) e Louie Clemente (bt)
Premiação: Inexistente
Produção: Alex Perialas
No
dia em que Cliff Burton morreu, o Testament assinou o seu contrato com a
Megaforce e em 1987 estreou com The Legacy, um álbum selvagem, enfurecido e de
certa maneira mal humorado, mas com um charme e um poder de sedução sem igual,
pois a atração do álbum era imediata e parecia um imã e também um vírus que se
espalhava e a patologia causada era uma absurda e incontrolável vontade ouvir
aquele som pesado, veloz, agressivo e violento e atormentador também.
Além
de não fazer concessões para nada e nem ninguém, os caras entravam com os dois
pés no peito de quem estivesse pelo caminho e você sente essa energia abissal
quando rola a “The New Order” que anuncia o apocalipse sonoro desse quinteto
mágico, mas é claro que o disco não é só isso, ele apresenta outros números
avassaladores como “Trial by Fire” e ainda te faz bater cabeça freneticamente em
“Into the Pit”, “Disciples of the Watch” e te deixa em estado de alucinação com
“A Day of Reckoning”, enfim é uma aula compulsória da qual você não pode abrir
mão.
Sepultura - Arise
Data de lançamento: 20 de março de 1991
País de origem: Brasil
Line-up: Max Cavalera (v, g), Andreas Kisser (g), Paulo Xisto Júnior (bx) e Igor Cavalera.
Premiação: Disco de ouro (IMI)
Produção: Scott Burns
O
Brasil antes do Sepultura chegar era conhecido pelo carnaval, samba e futebol e
neste caso o maior representante do país era o Pelé. Só que o grupo surgido nas
Minas Gerais assombrou o mundo ocidental com o seu surgimento primeiramente
praticando um Death Metal digno de nota, mas de produção terrível e está
registado nos discos Bestial Devastation (1985) e no Morbid Vision (1986) que
apesar de ter uma produção terrível ainda rendeu Troops of Doom, o maior
clássico de primeira fase.
Em
1987, os caras vieram no Thrash Metal com Schizophrenia, mas o disco fugia do
convencional, pois trazia registrado velocidade, peso, agressividade incomuns e
totalmente anti comercial e uma novidade são os vocais guturais até então
inexistentes no nesse estilo e em 1989, a banda começa apresentar sons cada vez
mais desenvolvidos mas mantendo os seus diferenciais e Beneath the Remains já
chegou quebrando a banca e dizia que o próximo seria ainda mais avassalador. O
Sepultura em 1991, soltou o seu maior álbum Arise e nele está a versão
definitiva daquele amalgama criado na década anterior. A aula de insanidade
começa com a faixa título e vai abrindo caminho com Dead Embryonic Cells,
Desperate Cry, Subtraction e Infected Voice. Esse disco levou o Sepultura para
tocar e conquistar plateia em lugares jamais imaginados e inclusive tornou a
banda um dos ícones da terra do calor, das praias e do carnaval uma referência
onde não era no heavy metal e abriu as portas para uma galera que veio depois
para dar o seu testemunho, mas pena que os dias de hoje sejam apenas uma
caricatura do que a banda foi um dia.
Destruction - Eternal Devastation
Data de lançamento: 12 de julho de 1986
País de origem: Alemanha
Estilo: Thrash Metal
Line-up: Marcel Schimier (v, bx), Mike Sigfried (g) e Tommy Sandman (bt)
Premiação: Inexistente
Produção: Manfred Neuner
O
Thrash metal se espalhou pelo mundo como um vírus e foi infectando a Europa
através de bandas como Metallica e Slayer, os maiores expoentes do gênero
naquele momento. Na Alemanha lugar sagrado para o heavy metal, pois deu de
presente para o mundo Scorpions, Accept e por ai vai, porém o que havia de mais
bruto, agressivo e antissocial estava chegando para dizer que o estilo não era
apenas coisa de americano. O Destruction entrou em cena com o mini álbum
Sentence of Death, em 1984, e o recheio era metal ou melhor dizendo Thrash metal
cuja potência ia lá à estratosfera. Em 1985, a coisa tomou forma e o power trio
volta a atacar com Infernal Overkill e desta vez o tiro foi certeiro.
Porém
faltava o artefato final para poder devastar de vez com o público crescente e
ai entra em cena Eternal Devastation, um disco cheio de características duras e
inflexíveis regados de uma dose extra de metal com hardcore. O grupo apostou
toda a sua criatividade em faixas matadoras como a ateia Curse the Gods uma
ótima crítica juvenil as religiões e o furacão alemão continuou a sua
devastação com Life Without Sense, United by Hatred e Eternal Ban, enfim todas
elas refletiam bem o clima tenso na Europa (devido à polarização capitalismo/comunismo
que atingiu principalmente a Alemanha que naquela altura tinha um muro rasgava
o país ao meio) e o grupo conseguiu tirar proveito dessa situação a seu favor
dando bofetadas e mais bofetadas mundo a fora.
Sodom - Persecution Mania
Data de lançamento: 01 de dezembro de 1987
País de origem: Alemanha
Estilo: Thrash Metal
Line-up: Tom Angelripper (v, bx), Frank Blackfire (g) e Chris Witchhunter (bt)
Premiação: Inexistente
Produção: Sodom
Um
soldado mascarado segurando um fuzil pronto para uma guerra nuclear, era assim
que o Sodom encontrava-se quando lançou os álbuns No Sign of Evil (1984) e Obsessed
by Cruelty (1986) ambos apesar de trazer uma produção ruim andavam numa linha
mais próxima do black metal e apresentavam um som extremo, que segundo o líder
do grupo sempre teve fixação por sons extremados que expressassem todo o furor
da banda em cima do palco, pois os caras estavam partindo para uma guerra.
Em
1987, o trio alemão de um grande passo e entrou de cabeça numa sonoridade
pesada, agressiva com tudo o que faz uma banda ser Thrash metal na sua mais
profunda particularidade e o Sodom conseguiu em Persecution Mania exprimir o
lado mais brutal de forma clara e profunda e nas letras fica claro esse perfil,
pois a guerra sonora começa Nuclear Winter um título forte cuja sonoridade
pesada deixa claro o que espera pelo ouvinte no decorrer dessa obra de arte. O disco
segue seu caminho arrebentado cabeças, amplificadores com Electrocution,
Persecution Mania, Enchanted Land e encerra as suas atividades bélicas com Bombenhagel
uma perfeita mistura de hardcore punk (outra influência marcante do grupo que
renderia frutos posteriormente). Essa é uma daquelas guerras que você não pode
e nem quer vencer aliás quer, faz questão de ser derrotado em todas as
instâncias, ou seja, é uma bomba nuclear que cai bem no meio de sua cabeça
diariamente.
Kreator - Pleasure to Kill
Data de lançamento: 00 novembro de 1986
País de origem: Alemanha
Estilo: Thrash Metal
Line-up: Mile Petroza (v, g), Roberto Fioretti (bx) e Ventor (bt)
Premiação: Inexistente
Produção: Harris Johns e Ralf Hubert
Essa é uma das bandas mais bacanas de todos os tempos e comprova o que todos já sabem, a Alemanha é um dos celeiros do heavy metal e o Kreator assim como muitas outras são a nata, a elite. Pleasure to Kill é o segundo álbum dos caras e em relação ao seu antecessor é muito mais bruto e ainda menos lapidado, ou seja, é pura agressão sonora ao extremo, é pura pancadaria sem limites.
Os caras se tornaram a maior expoente e promissora banda de thrash metal da Alemanha deixando o resto atras num rastro de poeira enorme. Pleasure to Kill é aquele álbum brutal para você ouvir no talo e mandar se foder os otários e quem mais estiver pela frente atrapalhando. O massacre começa com artilharia pesada de "Ripping Corpse" e continua bombardeando "Death is Your Saviour" e o ataque sonoro de "Pleasure to Kill" vem aniquilando as fileiras enrustidas e termina a batalha conquistando seus novos súditos ao som das bombas "Riot of Violence", "The Pestilence" e Command of the Blade"e "Under the Guilhotine". Não existe recomendações contrárias quanto a dosagem de audição, mas recomenda-se que pelo menos o candidato tenha estomago.
Kreator - Pleasure to Kill
Data de lançamento: 00 novembro de 1986
País de origem: Alemanha
Estilo: Thrash Metal
Line-up: Mile Petroza (v, g), Roberto Fioretti (bx) e Ventor (bt)
Premiação: Inexistente
Produção: Harris Johns e Ralf Hubert
Essa é uma das bandas mais bacanas de todos os tempos e comprova o que todos já sabem, a Alemanha é um dos celeiros do heavy metal e o Kreator assim como muitas outras são a nata, a elite. Pleasure to Kill é o segundo álbum dos caras e em relação ao seu antecessor é muito mais bruto e ainda menos lapidado, ou seja, é pura agressão sonora ao extremo, é pura pancadaria sem limites.
Os caras se tornaram a maior expoente e promissora banda de thrash metal da Alemanha deixando o resto atras num rastro de poeira enorme. Pleasure to Kill é aquele álbum brutal para você ouvir no talo e mandar se foder os otários e quem mais estiver pela frente atrapalhando. O massacre começa com artilharia pesada de "Ripping Corpse" e continua bombardeando "Death is Your Saviour" e o ataque sonoro de "Pleasure to Kill" vem aniquilando as fileiras enrustidas e termina a batalha conquistando seus novos súditos ao som das bombas "Riot of Violence", "The Pestilence" e Command of the Blade"e "Under the Guilhotine". Não existe recomendações contrárias quanto a dosagem de audição, mas recomenda-se que pelo menos o candidato tenha estomago.
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