10 de abril de 2014

10 álbuns capitais do thrash metal para você derreter os miolos


O Thrash metal é um dos sub gêneros mais agressivos e violentos que surgiram dentro do heavy metal nos anos 90, pois combinava a velocidade, o peso absurdo com guitarras flamejantes e uma cozinha altamente explosiva ao hardcore que por usa vez também guardado dentro de si muito ódio e revolta contra o status quo. O gênero nasceu nos EUA e inicialmente teve os seus grandes representantes no Metallica e no Slayer, mas pouco tempo depois outras bandas vieram, inclusive na Europa, e tornaram-se ícones e cada uma tinha a sua identidade. 



Agrupar os loucos, desajustados do bairro não foi difícil ainda mais naqueles tempos cujo lema era transgredir de qualquer forma independente do resultado. Listar uma pequena quantidade de clássicos não é fácil ainda por ser uma tarefa subjetiva e por isso não tem regras na escolha deste ou daquele álbum, porém o que vale a pena é ouvir, conhecer e divertir-se como senão fosse existir o dia seguinte e assim sendo caia de cabeça nesta pequena lista. 


Slayer - Reign in Blood
Data de lançamento: 07 de outubro 1986
País de origem: EUA 
Estilo: Thrash Metal 
Line-up: Tom Araya (v, bx), Jeff Hanneman (g), Kerry King (g) e Dave Lombardo (bt) 
Premiação: Disco de ouro (RIAA) 
Produção: Rick Rubin e Slayer 


O Slayer em 1983 começa arrasador com o satânico Show no Mercy, os caras tinham aquele som vibrante, pesado e intenso que além da postura dos caras estava apoiado em letras que abordavam desde o ocultismo até os serial killers e assim sendo não foi difícil encontrar o seu lugar ao sol e tornar-se uma sensação para os headbangers e um pesadelo para sociedade. No segundo álbum, Hell Awaits (1985), a mudança foi radical e agora o grupo estava mergulhado no mais absoluto thrash metal no nível altíssimo de peso e intercurso com o hardcore mostrava que não havia limites, mas ainda assim faltava algo mais. 

Em 1986, o terceiro daria o passo derradeiro com o lançamento de Reign in Blood e todo o peso, agressividade e a ilimitada criatividade e a mistura do metal com o hardcore mostram de "a" até "z" que não havia qualquer limite nesse fusão e o produto final é um álbum onde está encerrada toda a alma, a identidade do grupo, enfim era o início do auge e em grande estilo. Um disco curto com pouco mais de vinte oito minutos que pareciam ser uma eternidade e que de fato dizia muita coisa e uma delas é o permanente convite que ele faz aos futuros candidatos que é ouvi-lo e tentar compreender.  

Metallica - Master of Puppets 
Data de lançamento: 21 de fevereiro de 1986
País de origem: EUA
Estilo: Thrash Metal 
Line-up: James Hatfield (v, g), Kirk Hammet (g), Cliff Burton (bx) e Lars Ulrich (bt)
Premiação: Seis discos de platina (RIAA)
Produção: Flemming Rasmussen e Metallica 


O Metallica desde o seu começo com Kill ´em All deu saltos grandes seja em números de fãs de vendas dos seus álbuns e na sua evolução musical também, ou seja, de um álbum para o outro o grupo mostrava composições mais maduras e mais pesadas em relação aos seus antecessores. Ride the Lightning (1984) apesar de já apresentar os futuros daquele incipiente subgênero ainda caminhava junto o heavy metal tradicional, porém apresentava os seus diferenciais em relação ao cenário que nessa época já começa ver o surgimento um pouco discreto de outros conjuntos de peso.

Master of Puppets é transição completa da mescla do seu antecessor. Trata-se de um álbum avassalador, selvagem e sem limites e tamanho é o absurdo apresenta no peso das composições que apresentavam um lado mais refinado sem deixar de carregar outra marca daquela época o lado sombrio e violento que você pode se descabelar ao ouvir Battery, Master of Puppets e as demais. Reviver o passado é sempre saudável, mas com o Metallica é mais do que isso é querer se abrigar nele e exigir que os tempos que não vivemos voltem tal e qual foram.

Megadeth - Rust in Peace 
Data de lançamento: 21 de Setembro de 1990 
País de origem: EUA 
Estilo: Thrash Metal 
Line-up: Dave Mustaine (v, g), Marty Friedman (g), David Ellefson (bx) e Nick Menza (bt)
Premiação: Disco de platina (RIAA)
Produção: Mike Clink & Dave Mustaine 


Depois que o Mustaine foi chutado do Metallica jurou vingança, mas ela seria uma banda tão boa, ou melhor. De fato ele conseguiu criar uma banda boa e competitiva, mas melhor infelizmente não deu certo e o jeito foi ficar na segunda posição como querem alguns. Dave Mustaine e seu fiel escudeiro David Ellefson lançaram ótimos discos e canções clássicas que não podem faltar em qualquer atividade da banda, ou seja, desde o show arrasa quarteirão, um disco ao vivo ou uma coletânea.

No começo da década de 1990, os caras emplacam Rust in Peace que é aquele disco que faltava para coroar a banda como um dos mestres do Thrash metal. Hardcore e metal unidos à técnica vista em Holy Wars que carrega peso, velocidade absurdas e faz até o careta da escola ou vizinho chato baterem cabeça. Este álbum é daquele que você vicia na hora e você vira os lados incansavelmente batendo cabeça. O heavy metal estava nos seus últimos momentos de popularidade, mas com este álbum ainda dava para ter esperanças de que teríamos uma década de surpresas, mas infelizmente o que vimos foram lágrimas e tristeza de um tempo que não volta mais, porém você ainda poderá reviver aqueles bons momentos com este álbum insano.   

Anthrax - Among the Living 
Data de lançamento: 22 de março de 1987
Estilo: Thrash Metal 
Line-up: Joe Belladona (v), Ian Scott (g), Dan Spitz (g), Frank Bello (bx) e Charlie Benante (bt)
Premiação: Disco de ouro (RIAA) e Disco de platina (BPI)
Produção: Anthrax e Eddie Kramer 



O Anthrax é uma das grandes bandas desse cenário e não é a toa em 1985, os caras mandaram ver com o lançamento de Spreading the Disease um disco que mostra uma banda em pleno exercício do Thrash metal quebrando tudo com uma dose de crítica social e política também, mas com um ótimo senso de humor. Apesar de estar em evidência e ter um ótimo som faltava mais alguma coisa um disco que quebrasse fronteiras e os catapultasse de uma vez para dentro do estilo a fim de fazer frente aos medalhões.

Among the Living é o disco que deu visibilidade a banda e a colocou no topo e tornando-a conhecida em todos os lugares possíveis. Faixas como: Caught in a Mosh, I am the Law, Indians, Amomg the Living e A.D.I./Horror of It All eram tudo o que faltava para confortar os ouvidos alheios nessa corrida alucinada. É impossível ouvir uma vez só, é impossível não pirar, bater cabeça até a exaustão, pois esta obra prima é uma marco que deve ser sempre reverenciado, e sem qualquer moderação porque não ressaca de qualquer espécie.   

Overkill - The Years Decay 
Data de lançamento: 13 de outubro de 1989 
País de origem: EUA 
Estilo: Thrash Metal 
Line-up: Bobby Blitz (v), Bob Gustafson (g), D.D Verni (bx) e Sid Falk (bt)
Premiação: Inexistente 
Produção: Terry Date e Overkill



Um disco cuja capa mostra um cenário sombrio com uma caveira de boca aberta, com dentes enormes e embaixo está escrito “The Years Decay” no mínimo remonta a filmes de terror, mas neste caso estamos falando do Overkill uma das grandes do Thrash metal. Aqui não importa se os caras são injustiçados, mas sim o grande disco que eles lançaram no cerrar de cortinas da década de 1980, e pode-se dizer que encerraram a década com chave de ouro.

Os chegaram em 1985 com o excelente “Feel the Fire” um som Thrash com forte apelo hardcore assim como faziam as demais bandas do cenário. Depois entraram de cabeça no Thrash deixando para trás o som primitivo do primeiro com “Taking Over”, que pode ser considerado um marco na carreira dos caras e continuação veio com “Under the Influence” em 1988 e mais uma vez os caras quebraram tudo e o auge dos caras é lógico que esta registrado em “The Years Decay”, pois as características vitais do estilo e do grupo desfilam através de Time to Kill, Elimination, The Years of Decay e fecha magistralmente com Evil Never Dies que é uma prova viva da insanidade em forma de notas musicais que agridem os ouvidos sem precedentes, enfim o disco é cara de uma década brilhante.

Testament - The New Order 
Data de lançamento: 05 de maio 1988 
País de origem: EUA 
Estilo: Thrash Metal 
Line-up: Chuck Billy (v), Alex Skolnick (g), Eric Peterson (g), Greg Christian (bx) e Louie Clemente (bt)
Premiação: Inexistente
Produção: Alex Perialas  


No dia em que Cliff Burton morreu, o Testament assinou o seu contrato com a Megaforce e em 1987 estreou com The Legacy, um álbum selvagem, enfurecido e de certa maneira mal humorado, mas com um charme e um poder de sedução sem igual, pois a atração do álbum era imediata e parecia um imã e também um vírus que se espalhava e a patologia causada era uma absurda e incontrolável vontade ouvir aquele som pesado, veloz, agressivo e violento e atormentador também.

Além de não fazer concessões para nada e nem ninguém, os caras entravam com os dois pés no peito de quem estivesse pelo caminho e você sente essa energia abissal quando rola a “The New Order” que anuncia o apocalipse sonoro desse quinteto mágico, mas é claro que o disco não é só isso, ele apresenta outros números avassaladores como “Trial by Fire” e ainda te faz bater cabeça freneticamente em “Into the Pit”, “Disciples of the Watch” e te deixa em estado de alucinação com “A Day of Reckoning”, enfim é uma aula compulsória da qual você não pode abrir mão.  

Sepultura - Arise
Data de lançamento: 20 de março de 1991 
País de origem: Brasil
Line-up: Max Cavalera (v, g), Andreas Kisser (g), Paulo Xisto Júnior (bx) e Igor Cavalera. 
Premiação: Disco de ouro (IMI)
Produção: Scott Burns 



O Brasil antes do Sepultura chegar era conhecido pelo carnaval, samba e futebol e neste caso o maior representante do país era o Pelé. Só que o grupo surgido nas Minas Gerais assombrou o mundo ocidental com o seu surgimento primeiramente praticando um Death Metal digno de nota, mas de produção terrível e está registado nos discos Bestial Devastation (1985) e no Morbid Vision (1986) que apesar de ter uma produção terrível ainda rendeu Troops of Doom, o maior clássico de primeira fase.

Em 1987, os caras vieram no Thrash Metal com Schizophrenia, mas o disco fugia do convencional, pois trazia registrado velocidade, peso, agressividade incomuns e totalmente anti comercial e uma novidade são os vocais guturais até então inexistentes no nesse estilo e em 1989, a banda começa apresentar sons cada vez mais desenvolvidos mas mantendo os seus diferenciais e Beneath the Remains já chegou quebrando a banca e dizia que o próximo seria ainda mais avassalador. O Sepultura em 1991, soltou o seu maior álbum Arise e nele está a versão definitiva daquele amalgama criado na década anterior. A aula de insanidade começa com a faixa título e vai abrindo caminho com Dead Embryonic Cells, Desperate Cry, Subtraction e Infected Voice. Esse disco levou o Sepultura para tocar e conquistar plateia em lugares jamais imaginados e inclusive tornou a banda um dos ícones da terra do calor, das praias e do carnaval uma referência onde não era no heavy metal e abriu as portas para uma galera que veio depois para dar o seu testemunho, mas pena que os dias de hoje sejam apenas uma caricatura do que a banda foi um dia.   

Destruction - Eternal Devastation 
Data de lançamento: 12 de julho de 1986
País de origem: Alemanha 
Estilo: Thrash Metal 
Line-up: Marcel Schimier  (v, bx), Mike Sigfried (g) e Tommy Sandman (bt)
Premiação: Inexistente
Produção: Manfred Neuner 



O Thrash metal se espalhou pelo mundo como um vírus e foi infectando a Europa através de bandas como Metallica e Slayer, os maiores expoentes do gênero naquele momento. Na Alemanha lugar sagrado para o heavy metal, pois deu de presente para o mundo Scorpions, Accept e por ai vai, porém o que havia de mais bruto, agressivo e antissocial estava chegando para dizer que o estilo não era apenas coisa de americano. O Destruction entrou em cena com o mini álbum Sentence of Death, em 1984, e o recheio era metal ou melhor dizendo Thrash metal cuja potência ia lá à estratosfera. Em 1985, a coisa tomou forma e o power trio volta a atacar com Infernal Overkill e desta vez o tiro foi certeiro.

Porém faltava o artefato final para poder devastar de vez com o público crescente e ai entra em cena Eternal Devastation, um disco cheio de características duras e inflexíveis regados de uma dose extra de metal com hardcore. O grupo apostou toda a sua criatividade em faixas matadoras como a ateia Curse the Gods uma ótima crítica juvenil as religiões e o furacão alemão continuou a sua devastação com Life Without Sense, United by Hatred e Eternal Ban, enfim todas elas refletiam bem o clima tenso na Europa (devido à polarização capitalismo/comunismo que atingiu principalmente a Alemanha que naquela altura tinha um muro rasgava o país ao meio) e o grupo conseguiu tirar proveito dessa situação a seu favor dando bofetadas e mais bofetadas mundo a fora.      

Sodom - Persecution Mania 
Data de lançamento: 01 de dezembro de 1987
País de origem: Alemanha
Estilo: Thrash Metal 
Line-up: Tom Angelripper (v, bx), Frank Blackfire (g) e Chris Witchhunter (bt)
Premiação: Inexistente 
Produção: Sodom


Um soldado mascarado segurando um fuzil pronto para uma guerra nuclear, era assim que o Sodom encontrava-se quando lançou os álbuns No Sign of Evil (1984) e Obsessed by Cruelty (1986) ambos apesar de trazer uma produção ruim andavam numa linha mais próxima do black metal e apresentavam um som extremo, que segundo o líder do grupo sempre teve fixação por sons extremados que expressassem todo o furor da banda em cima do palco, pois os caras estavam partindo para uma guerra.

Em 1987, o trio alemão de um grande passo e entrou de cabeça numa sonoridade pesada, agressiva com tudo o que faz uma banda ser Thrash metal na sua mais profunda particularidade e o Sodom conseguiu em Persecution Mania exprimir o lado mais brutal de forma clara e profunda e nas letras fica claro esse perfil, pois a guerra sonora começa Nuclear Winter um título forte cuja sonoridade pesada deixa claro o que espera pelo ouvinte no decorrer dessa obra de arte. O disco segue seu caminho arrebentado cabeças, amplificadores com Electrocution, Persecution Mania, Enchanted Land e encerra as suas atividades bélicas com Bombenhagel uma perfeita mistura de hardcore punk (outra influência marcante do grupo que renderia frutos posteriormente). Essa é uma daquelas guerras que você não pode e nem quer vencer aliás quer, faz questão de ser derrotado em todas as instâncias, ou seja, é uma bomba nuclear que cai bem no meio de sua cabeça diariamente. 


Kreator - Pleasure to Kill 
Data de lançamento: 00 novembro de 1986 
País de origem: Alemanha 
Estilo: Thrash Metal 
Line-up: Mile Petroza (v, g), Roberto Fioretti (bx) e Ventor (bt)
Premiação: Inexistente 
Produção:  Harris Johns e Ralf Hubert



Essa é uma das bandas mais bacanas de todos os tempos e comprova o que todos já sabem, a Alemanha é um dos celeiros do heavy metal e o Kreator assim como muitas outras são a nata, a elite. Pleasure to Kill é o segundo álbum dos caras e em relação ao seu antecessor é muito mais bruto e ainda menos lapidado, ou seja, é pura agressão sonora ao extremo, é pura pancadaria sem limites. 

Os caras se tornaram a maior expoente e promissora banda de thrash metal da Alemanha deixando o resto atras num rastro de poeira enorme. Pleasure to Kill é aquele álbum brutal para você ouvir no talo e mandar se foder os otários e quem mais estiver pela frente atrapalhando. O massacre começa com artilharia pesada de "Ripping Corpse" e continua bombardeando "Death is Your Saviour" e o ataque sonoro de "Pleasure to Kill" vem aniquilando as fileiras enrustidas e termina a batalha conquistando seus novos súditos ao som das bombas "Riot of Violence", "The Pestilence" e Command of the Blade"e "Under the Guilhotine". Não existe recomendações contrárias quanto a dosagem de audição, mas recomenda-se que pelo menos o candidato tenha estomago.    



















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