6 de fevereiro de 2012

Rock Memories: A Falaciosa Volta do Disco de Vinil


A volta do disco de vinil é uma das maiores mentiras já publicadas pela imprensa, enfim trata-se de um embuste dos bons já que ultimamente a forma de consumir música vem mudando radicalmente com a entrada do MP3 que vem conquistando cada vez mais público e o resultado disso é o declinio das vendas do Compact Disc (CD), e com o desejo de recuperar as perdas sofridas as gravadoras partiram para uma "volta" do vinil.

Pois trata-se de um produto destinado a colecionadores conforme os anúncios cujas tiragens são limitadissimas e muitas vezes não chegam a mil unidades e detalhe custam pequenas fortunas em termos de Brasil, pois, não se encontra uma versão importada de um disco simples do Black Sabbath por menos de R$ 120,00 e se for duplo o preço pode triplicar ai podemos até pensar no mercado interno que foi relegado aos sebos onde discos se amontoam como objetos velhos que só ocupam espaço em casa esses nunca deixaram de existir e lá ainda pode-se encontrar alguma ou outra raridade com preço igualmente salgados.

Em 2010 a Polysom surgiu prometendo a tão sonhada volta deste formato tão amado pelos fãs de música, mas, o que se viu foi uma tremenda decepção já que se você quer aquecer um mercado que já não dá mais frutos você atrás de discos que tenham alto valor comercial que possibilitem essa volta em grande estilo e não simplesmente lançar discos de bandas como Ultraje a Rigor, Inimigos do Rei, Titãs, Chico Science e Nação Zumbi, Maria Rita, Ana Carolina, Pitti, Agridoce entre outros comercializando-os na faixa de R$ 64,90 a R$ 110,00 veja  por exemplo no caso dos três primeiros artistas os sebos estão abarrotados de cópias que custam de R$ 1,00 a R$ 5,00 enquanto os outros artistas você encontra no formato compact disc pelo preço de R$ 9,90 nas gôndolas das Lojas Americanas.

Se for levar em conta o público que consome este tipo de música ai a coisa piora porque são pessoas  caso  geralmente enchergam através das estreitissimas fendas de suas cavernas julgando o vinil como algo ultrapassado e como a maioria é adolescente e depende dos pais para poder consumir qualquer produto que seja o lance fica mais dificil porque os pais geralmente não vão liberar a grana para os seus queridos filhinhos  torrarem num disco e simplesmente dizem não tem na internet? e no caso dos mais velhos a coisa também é complicada, pois, muitos depois que casaram desovaram  seus discos nos sebos da vida (que hoje abarrotados pagam R$ 0,20 por cada lp) e não vão gastar pequenas fortunas em algo um dia já tiveram e que podem encontrar por um preço mais acessível nos sebos o que se pode afirmar com veemencia é que é um mercado destinado para um público literalmente seleto de condição financeira avantajada que pode consumir este material sem sentir descoforto algum o que evidencia  uma atitude utópica que no minimo provoca risos compulsivos. 

O que mais encomoda é ver que os empresário do ramo musical aproveitadores tentaram jogar para cima da galeraque havia uma febre nos EUA e Europa (que não se comparam de maneira alguma com o Brasil e em hipotese alguma podem ser considerados modelos de "modernidade" a serem seguidos porque nestes lugares o vinil nunca deixou de circular, pois, lojas como a Amoeba vende desde novos a usados sem falar nas feiras dedicadas ao tal formato mesmo que os lançamentos atuais ainda sejam tratados como itens de colecionadores) que gravitava em torno do tal formato e a imprensa sabe-se lá porque apoiou e publicou matérias e mais matérias anunciando a volta do formato para alegria dos colecionadores que logo se aborreceram quando perceberam o embuste fabricado pela industria e a mídia inclusive ontem no jornal local de maior circulação requentou essa história e publicou um caderno com capa de frente e mais textos que ocupavam o total de uma página e meia exibindo sebos.  

Percebendo um aumento que de fato ouve a Sony é a primeira a anunciar sua volta ao mercado de lp lançando um aparelho que na verdade é um conversor que passa o disco de vinil para mp3 mas também possibilita escutar as bolachas e pode ser plugado em qualquer aparelho de som e outro fabricante que não ficou atrás foi a Ion que disponibilizou quatro modelos toca discos e conversor o primeiro modelo o mais simples apenas converte e não possibilita escutar o disco, o segundo modelo converte e permite escutar o disco, o terceiro modelo converte diretamente para dentro de um Ipod desde que esteja acoplado a ele e o quarto modelo converte e grava o dvd no próprio aparelho no site do Amazon.com custam de U$$ 130,00 a U$$ 250,00.

Ai alguns poderão estranhar e perguntar onde o Brasil entra nesse história ambos os modelos estão disponiveis no Brasil mas custam de R$ 400,00 a R$ 2.600,00 no Mercado Livre ou nas lojas virtuais já que os grandes magazines como as Casas Bahia, Ponto Frio entre outros não comercializam este aparelho  sabe-se lá porque, e um importante detalhe que deve ser ressaltado é que o problema não fica restrito somente ao preço do aparelho e as peças de reposição como as agulhas por exemplo no caso da Ion não existe similar por exemplo as agulhas da Le Son não servem e além disso as agulhas são igualmente importadas chegando a custar de R$ 70,00 a R$ 120,00 uma única agulha, pois, imagine se a agulha quebrar o prejuízo no bolso.

Então considerando estes fatos como podemos falar em volta do vinil se as pessoas não estão correndo atrás de agulhas, aparelhos e discos e as lojas de disco coitadas continuam cerrandos suas portas esperando quem sabe por dias melhores para voltarem as atividades já que os downloads ilegais (trocas de música, arquivos compactados e cd´s piratas roubaram este espaço) o que explica do desespero das gravadoras, pois, nem o número de vendas de música digital supera o consumo ilegal, pois, como se sabe se os downloads pagos fossem suficientes as gravadoras talvez não estivessem amargando a atual crise e nem o Megauploud seria fechado e o dono seria preso e grande verdade disso é que os seus dirigentes são verdadeiros asnos.     

Para finalizar fica uma dica para os amantes do vinil a loja virtual Amazon.com possui um estoque enorme com relançamentos de bandas como Black Sabbath, Metallica, Judas Priest entre outras bandas e artistas solo desde o vinil simples, edições deluxe 180 grms e os box set especiais cujos preços variam de U$$ 15,00 a U$$ 300,00 e além disso tem os leilões de usados que contam com variados preços e você passa a negociar diretamente com o dono do material por intermédio do site e mais o frete que varia de U$$ 7,98 a U$$ 30,00 dependendo do peso da encomenda é acrescido uma taxa por kilo excedente enfim uma boa pedida para quem tem cartão internacional, mas, fiquem atento porque pessoa fisica pode importar no máximo até U$$ 50,00 sem pagar impostos, pois, acima desse valor pagam-se impostos proporcionais ao valor da mercadoria que em alguns casos vale a pena pagar. 

Mas ainda assim não dá para considerar uma volta do disco de vinil no Brasil levando em conta a estrutra disponivel para os consumidores cuja maioria não tem essa facilidade para consumir suas preciosidades no site norte americano e muito menos para dispor de pequenas furtunas que custam um terço de um salário minimo e no caso dos tocas discos a mesma coisa considerando que eles podem chegar a custar até 4 salários minimos, mas enfim o principal lema do capitalismo que é sonhar não é proíbido mas agora realizar o sonho já ~são outros quinhentos, mas, enfim cada um acredita no quer não é verdade?    
     

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