9 de fevereiro de 2012

Classic Heavy: Halford - Ressurection (2000)



Em 1992 Rob Halford se despede do Judas Priest para formar do Fight que inicialmente seria apenas um projeto mas acabou lançou os álbuns de estúdio War Of Words (1994) e Small Deadly Spaces (1995),  cuja sonoridade difere-se consideravelmente de sua banda de origem começando pelo flerte com o thrash metal cheio de groove no estilo do Pantera  sem abandonar a sua linha tradicional mantendo a agressividade, o peso e a velocidade aliado aos vocais rasgados e potentes que renderam-lhe o apelido "Metal God" e com o fim do Fight em 1996 o vocalista não se abateu e continuou no cenário e aproveitando-se de  sua veia experimental acabou embarcado em novo um projeto totalmente diferente do que fazia nas suas bandas anteriores, pois, a proposta do Two era baseada no metal indústrial e no gótico e o resultado dessa experiência rendeu o álbum  Voyeurs (1998) que foi muito mal recebido principalmente pelos fãs radicais e não radicais que não pouparam criticas negativas ao álbum e mais polêmicas envolviam o vocalista que resolveu assumir publicamente sua homosexualidade (o que não foi problema nenhum para os fãs que mesmo assim continuaram apoiando e admirando o vocalista).



Mas como o Heavy Metal era e sempre foi a casa sagrada do vocalista, pois, foi exatamente neste  estilo que ele se consagrou como um dos maiores vocalistas de heavy metal de todos os tempos e sem perder mais tempo ele resolve rearticular sua volta ao metal cujo acontecimento tinha de ocorrer em grande gala e para isso Rob Halford monta sua banda solo que levaria apenas o nome Halford, e os membros contratados para tocar ao seu lado foram nas guitarras a dupla Patrich Lackman e Mike Chlasciak enquanto nas quatro cordas foi recrutado Ray Riendeau e finalizando a lista para bateria foi recrutado Bobby  Jarzombek. 


E é justamente com esta formação que o banda Halford dá o ponta pé inicial nas gravações do álbum que teria como meta trazer o vocalista de volta a vida e os trabalhos para a empreitada começaram com o produtor Roy Z em agosto de 1998 terminando apenas em junho de 2000  a demora justifica a grandiosidade do álbum já que o mesmo tinha uma missão árdua que era apagar da mente dos fãs o deslize cometido ao ter se aventurado com o Two fato que era considerado como uma traição pelos seus adeptos que exigiam o retorno do vocalista a suas origens e a espera naturalmente era muito grande o que causava enorme ansiedade e apreensão que pode ser dissipada em agosto de 2000 quando o álbum foi finalmente lançado.

Finalmente os fãs podiam comemorar com o "Metal God" a sua volta e esquecer o passado e encara-lo  apenas como um tropeço, pois, Ressurection trazia Rob Halford a vida com maestria e logo tornou-se um álbum aclamado tanto pela crítica como principalmente os fãs que fazem o espetáculo acontecer na sua plenitude e como o show nunca pode parar a banda foi incluída em uma série de festivais na Europa e Eua e no ano seguinte marcaria presença no festival brasileiro Rock In Rio onde os brasileiros puderam comemorar também a volta de Halford ao Heavy Metal. 


O material apresentado em Ressurection explica o porque do sucesso e o porque acima disso ele é um álbum fundamental para o heavy metal desde o ínicio com a faixa de abertura o vocalista esbanja técnica e talento e na seqüência vem a dupla Made In Hell, Lock And Loaded e o álbum continua com a mesma pegada forte e agressiva mostrando um lado emocional com faixas Silent Screams e Nightfall e o ponto alto do álbum é faixa The One You Hate Love cuja composição é assinada em parceria com Bruce Dickinson (Iron Maiden) e também conta a sua participação fazendo dueto com Halford além de ser uma faixa emocional a faixa reúne tudo o que uma balada heavy metal necessita peso, cadência, melodia, rapidez e agressividade que aliás permeia todo o álbum.  

E após ressurgir dos mortos e mostrar que estava de volta a sua casa o vocalista com Ressurection deu as esperanças de uma possível volta ao Judas Priest que se concretizaria cinco anos depois, mas antes ainda trilhando o caminho com sua banda nova o vocalista ainda gravaria mais dois álbuns Crucible (2002) e Live Ressurection (2001), mas essas são outras histórias para serem contadas em outra hora e por enquanto quem ainda não tem ciência da existência desse clássico fica a dica para correr diretamente para a loja mais próxima e adquirir o seu exemplar e ouvi-lo no volume máximo pelo menos cinco vezes ao dia e não precisa usar com moderação, pois, não há prescrições contrárias ao uso de doses cavalares do álbum nesse caso uma overdose é só um efeito muito bem vindo. 

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