23 de junho de 2012

Crítica de cd: Overkill - The Electric Age (2012)



Desde os álbuns Necroshine (1999) e Bloodletting (2000) o Overkill já mostrava mudanças em sua sonoridade mas sem perder as suas principais caracteristicas, mas também mostrava que o que estava acontecendo era irreversível e apontava os novos caminhos que muitas não tardariam a fazer em seus álbuns nessa primeira década, ou seja era modernidade dialogo com as novas tecnologias que sem medo nenhum no caso do Overkill foram utilizadas com equilibrio sem se perder pelo caminho.  




Um dos álbuns que marcavam o início do auge desses experimentos bem sucedidos foi Killbox 13 (2003) um álbum coeso e conciso, pois além de trazer todos os novos elementos a banda buscou o resto da sonoridade nas suas raízes e o resultado não poderia ser outro, e no álbum seguinte o ReliXIV (2005), a banda se manteve no mesmo nível do seu predecessor, mas com um detalhe esse foi o último trabalho com o baterista Tim Mallare que de maneira inesperada e para o seu lugar foi contratado o excelente Ron Lipnick e em 2007 soltam o excelente Immortalis que já mostra uma outra sonoridade bem pesada e agressiva o que indicava outras mudanças novamente bem sucedidas.

Em 2010 depois de três anos de espera a banda solta o álbum Ironbound que sintetiza tudo o que foi nos álbuns anteriores, enfim a transição estava completa e foi feita em grande estilo, pois este álbum era o novo ponto de equilibrio entre as suas raízes e os elementos modernos que culminaram na produção de um som único, totalmente pesado e agressivo como tem que ser o thrash metal, pois a banda além dos seus mentores Bbby Blitz e D.D Verni conta com a excelente dupla de guitarristas Dave Linsk e Derek Taylor parte fundamental também juntos com o novo baterista Ron Lipnick que trouxre muitas idéias e que se encaixou perfeitamente no posto.


Em 2012 a banda solta The Electric Age e assim como os titúlos anteriores sempre representam um capítulo da banda (que nunca se acomodou e muito menos rendeu-se as modinhas ou fez alguma concessão para o que quer que seja), significa que a palavra "age" corresponde a carreira do grupo e a palavra "electric" siginifica a eletricidade e a energia que o som do grupo e por isso a razão do apoio dos fãs até hoje.

Este novo trabalho tem um feeling totalmente de todos os anteriores, pois o Overkill como já foi dito aqui sempre foi uma banda de várias fórumlas e jamais repetiu um álbum e talvez esse seja um dos grandes motivos do quinteto norte americano manter a lealdade de seus fãs até hoje, em relação ao anterior a grupo manteve algumas caracteristicas, mas o grande diferencial é que o grupo mostra-se mais maduro.

As linhas vocais de Blitz estão mais fortes portanto potentes e ele passeia pelas músicas sem embargos soltando seus gritos insanos e do lado instrumental D.D Verni além de fazer os coros de maneira extraordinária, encanta mais uma vez com seu baixo fulminate com notas para lá de pesadas e pulsante mantendo o peso e as guitarras de Derek Taylor e Dave Linsk vem na mesma medida com riffs e solos poderosos e demolidores realmente condutores de eletricidade com quando entram nas partes velozes e a bateria de Ron Lipnick o que se pode dizer é que ela se assemelha a um Bulldozer desgovernado sedento para destruir, comprovando que este musico foi a escolha acertada para assumir as baquetas.

                      
Entrando na parte que interessa as faixas: Todas elas merecem destaque igual sem excessões , mas um resumo de três faixas pode pelo menos mostrar o que é este álbum e porque ele surpreende já que o Overkill em toda a sua história nunca teve rejeição, repúdio entre outros referente aos seus lançamentos embora os fãs tenham suas preferências, então aqui os destaques ficam para as faixas "Come And Get It", onde o Thrash pesado e veloz dialogo com maestria com o heavy metal tradicional beirando a perfeição e a faixa "Electric Rattlesnake" é a mescla de todos esses elementos que o grupo vem praticando atualmente, mas só que mais apoiado em suas raízes enquanto a faixa "Drop The Hammer Down" vem na linha mais nervosa daquele Thrash metal tradicional com momentos cadenciados e velozes, com coros e o peso como sempre imperando. 

O processo de produção, gravação e mixagem foi feito no estúdio Gear Recordings Studios em Nova Jersey, e todos os trabalhos ficaram sob o comando do baixista D.D Verni que mmostrou-se novamente um grande produtor também e a emblemática capa do álbum que traduz toda a atmosfera do material foi produzida por artista não revelado, mas mostrou que tem talento de sobra.   

Depois disso a única coisa que podemos fazer é correr atrás, dessa preciosidade que pode tranqüilamente ser um considerada um dos clássicos do Thrash Metal e, que evidencia que o estilo não está morto muito pelo contrário, esta mais vivo do que nunca e tem no Overkill um dos seus grandes expoentes que ao longo dos anos de sua carreira jamais pisou na bola ou decepcionou os seus se manteve fiel aos seus princípios fato que podemos tranquilamente comprovar escutando os seus álbuns e The Electric Age escreve mais uma capítulo na história do Overkill cuja a missão foi novamente cumprida e os fãs novamente foram fulminados ou melhro dizendo eletrocutados por essa usina.        

Nota: 9,5 

Track List:

01 – Come And Get It
02 – Electric Rattlesnake
03 – Wish You Were Dead
04 – Black Daze
05 – Save Yourself
06 – Drop The Hammer Down
07 – 21ST Century Man
08 – Old Wounds, New Scars
09 – All Over But The Shouting
10 – Good Night

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