“1984” , o magum opus de George Orwell foi
escrito por ele em 1948 devido a sua insatisfação com os rumos que o governo de
Stalin estavam seguindo. O livro foi publicado em 1949 e a segunda guerra eo
nazismo nessa altura eram passado recente, porém o totalitarismo ainda resistia
na forma do comunismo.
A crítica da obra não é apenas ao
nazismo e ao comunismo muito pelo contrário, a crítica do livro é para todo o
tipo de regime totalitário existente e que pudesse existir no futuro. O período
explorado na obra, o mundo encontra-se tripartido em Eurásia, Lestásia e
Oceânia e ambos vivem constantemente em guerra e se aliam conforme os
interesses visando suprir as suas necessidades.
O contexto da história de 1984, que se
desenrola na Oceânia, mostra como o Estado se articula para exercer o controle
social sobre a população e os orgãos repressores e controladores como: O
Ministério da paz (Guerra) responsável pela guerra, segurança do estado e
manipular o dia a dia do front sempre com mensagens positivas, ou seja,
relatando apenas vitórias e na superioridade do exercíto realçando o heroísmo
do Grande Irmão. O Ministério da Pujanaça é responsável pelo controle da
produção, mas na verdade mente sobre a real situação que é a escassez de todos
os gêneros de primeira necessidade. O Ministério da Verdade onde trabalhava
Winston Smith (o protagonista da história) tinha como função reescrever fatos,
omitir informações, ou seja, assim como os demais manipular a história. O
Ministério do Amor ficava com a função de proíbir o sexo (consistia em destruir
qualquer possibilidade de ligação afetiva e sentimental entre os cidadãos, ou
seja, significaca conquistar a mente para dominar o corpo outra estratégia de
dominação fundamental) e estimular o ódio e o medo entre as pessoas e também
acumulava a função de prender, reeducar entre outros.
Como podemos perceber o Estado
autoritário articular diversos orgãos visando a sunbmissão completa dos
governados e para tal existiam ainda mais outras formas como a Novilíngua, o
idioma oficial cuja finalidade era suprimir o pensamento, ou seja,
uniformizá-lo (uniformização cultural) impedir o pensamento livre, critico e
seguindo nesta esteira a desumanização era outro ponto a ser atingido pela
articulação estatal da oceania. Segurando as pontas e encarregado de manter a
ordem quando a violência da línguagem simbólica não conseguia controlar os
deviantes estava a polícia do pensamento, que mantinha vigilância 24 horas e
qualquer deslise seria o fim do individuo.
O culto a personalidade, ou seja, fazer a população amar apenas ao grande irmão como se ele fosse um Deus era a meta, ou seja, era legitimar o sistema totalitário e por isso os “dois minutos de ódio”, que na verdade era uma forma de espraiar o medo e a desconfiança em relação ao exterior, o inimigo e assim fazia com que as pessoas se alienassem e manifestassem o seu amor incondicional ao Grande Irmão e para aqueles que não fossem, eles incorriam no “Crimideia” e nesse caso a punição era ser vaporizado e isso significa ser apagado, ou seja, todos os registros e informações sobre o condenado simplesmente desapareciam como se ele jamais tivesse existido, nascido.
Outro ponto importante é o
duplipensamento que significa ter duas idéias contraditórias e acreditar nelas
ao mesmo tempo. O que se entende que no caso deste regime descrito em 1984,
este dispositivo é preexistente e que também indica dúvida, incerteza e que
impede o cidadão de ter uma posição crítica frente as políticas de dominação do
Estado Autoritário cuja uma de suas primazias é fazer o cidadão acreditar, que
não existe vida fora do Estado e ai máxima “Liberdade é escravidão" se
materializa.
O objetivo fundamental do partido era
suprimir a liberdade e a individualidade e para isso controle e a vigia eram
feitos através de teletelas instaladas na residências e assim garantir os
interesses do partido. A onipresensa do grande líder (O Grande Irmão) remete ao
culto da personalidade caracteristico deste tipo de regime busca através da
propaganda e da presença constante do líder é afirmar o poder do regime e do
próprio líder, que sabe-se lá se ele existe ou não. Eis ai a eficiência do
partido garantir a todo e qualquer custo o culto ao Grande Irmão indpendente de
sua existência porque o que interessa é que todos amem, idolatrem-no sem limites,
pois ele é o pai, o criador, o salvador e protetor, enfim ele é um Deus.
Este livro é mais do que uma obra de política, é um
alerta sobre os rumos que mundo tomavam naquele período e hoje continua
relevante e atual porque o desenvolvimento tecnológico quebrou as fronteiras do
público e do privado, ou seja, a invasão de privacidade, a vigilância constante
e irrestrita dos espaços sociais, a manipulação da história e sua consequente
destruição e a manipulação de informações e constante bombardeio ideológico
praticados inescrupulosamente pela mídia e a utilização das guerras como forma
de alastramento de ideologias e manutenção de paz são alguns dos temas muito
comuns na atualidade e outro tema importante a ser destacado sobre o uso
irrestrito, imoral das tecnologias pelos países desenvolvidos é o recente caso
de espionagem promovido pelo governo Barak Obama (o novo Grande Irmão) cuja
versão oficial (mentira) é a proteção de seu país.
"1984", hoje é um dos livros obrigatórios para
compreensão do presente devido os rumos trilhados pela humanidade e se realmente
esse for o caminho a ser trilhado no futuro, o ser humano não estará mais
seguro em lugar nenhum e isso quer dizer nem no pensamento mais secreto de sua
mente.
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