25 de outubro de 2013

Livros: George Orwell - 1984


1984”, o magum opus de George Orwell foi escrito por ele em 1948 devido a sua insatisfação com os rumos que o governo de Stalin estavam seguindo. O livro foi publicado em 1949 e a segunda guerra eo nazismo nessa altura eram passado recente, porém o totalitarismo ainda resistia na forma do comunismo.



A crítica da obra não é apenas ao nazismo e ao comunismo muito pelo contrário, a crítica do livro é para todo o tipo de regime totalitário existente e que pudesse existir no futuro. O período explorado na obra, o mundo encontra-se tripartido em Eurásia, Lestásia e Oceânia e ambos vivem constantemente em guerra e se aliam conforme os interesses visando suprir as suas necessidades.

O contexto da história de 1984, que se desenrola na Oceânia, mostra como o Estado se articula para exercer o controle social sobre a população e os orgãos repressores e controladores como: O Ministério da paz (Guerra) responsável pela guerra, segurança do estado e manipular o dia a dia do front sempre com mensagens positivas, ou seja, relatando apenas vitórias e na superioridade do exercíto realçando o heroísmo do Grande Irmão. O Ministério da Pujanaça é responsável pelo controle da produção, mas na verdade mente sobre a real situação que é a escassez de todos os gêneros de primeira necessidade. O Ministério da Verdade onde trabalhava Winston Smith (o protagonista da história) tinha como função reescrever fatos, omitir informações, ou seja, assim como os demais manipular a história. O Ministério do Amor ficava com a função de proíbir o sexo (consistia em destruir qualquer possibilidade de ligação afetiva e sentimental entre os cidadãos, ou seja, significaca conquistar a mente para dominar o corpo outra estratégia de dominação fundamental) e estimular o ódio e o medo entre as pessoas e também acumulava a função de prender, reeducar entre outros.

Como podemos perceber o Estado autoritário articular diversos orgãos visando a sunbmissão completa dos governados e para tal existiam ainda mais outras formas como a Novilíngua, o idioma oficial cuja finalidade era suprimir o pensamento, ou seja, uniformizá-lo (uniformização cultural) impedir o pensamento livre, critico e seguindo nesta esteira a desumanização era outro ponto a ser atingido pela articulação estatal da oceania. Segurando as pontas e encarregado de manter a ordem quando a violência da línguagem simbólica não conseguia controlar os deviantes estava a polícia do pensamento, que mantinha vigilância 24 horas e qualquer deslise seria o fim do individuo.

O culto a personalidade, ou seja, fazer a população amar apenas ao grande irmão como se ele fosse um Deus era a meta, ou seja, era legitimar o sistema totalitário e por isso os “dois minutos de ódio”, que na verdade era uma forma de espraiar o medo e a desconfiança em relação ao exterior, o inimigo e assim fazia com que as pessoas se alienassem e manifestassem o seu amor incondicional ao Grande Irmão e para aqueles que não fossem, eles incorriam no “Crimideia” e nesse caso a punição era ser vaporizado e isso significa ser apagado, ou seja, todos os registros e informações sobre o condenado simplesmente desapareciam como se ele jamais tivesse existido, nascido.

Outro ponto importante é o duplipensamento que significa ter duas idéias contraditórias e acreditar nelas ao mesmo tempo. O que se entende que no caso deste regime descrito em 1984, este dispositivo é preexistente e que também indica dúvida, incerteza e que impede o cidadão de ter uma posição crítica frente as políticas de dominação do Estado Autoritário cuja uma de suas primazias é fazer o cidadão acreditar, que não existe vida fora do Estado e ai máxima “Liberdade é escravidão" se materializa.

O objetivo fundamental do partido era suprimir a liberdade e a individualidade e para isso controle e a vigia eram feitos através de teletelas instaladas na residências e assim garantir os interesses do partido. A onipresensa do grande líder (O Grande Irmão) remete ao culto da personalidade caracteristico deste tipo de regime busca através da propaganda e da presença constante do líder é afirmar o poder do regime e do próprio líder, que sabe-se lá se ele existe ou não. Eis ai a eficiência do partido garantir a todo e qualquer custo o culto ao Grande Irmão indpendente de sua existência porque o que interessa é que todos amem, idolatrem-no sem limites, pois ele é o pai, o criador, o salvador e protetor, enfim ele é um Deus. 
  
Este livro é mais do que uma obra de política, é um alerta sobre os rumos que mundo tomavam naquele período e hoje continua relevante e atual porque o desenvolvimento tecnológico quebrou as fronteiras do público e do privado, ou seja, a invasão de privacidade, a vigilância constante e irrestrita dos espaços sociais, a manipulação da história e sua consequente destruição e a manipulação de informações e constante bombardeio ideológico praticados inescrupulosamente pela mídia e a utilização das guerras como forma de alastramento de ideologias e manutenção de paz são alguns dos temas muito comuns na atualidade e outro tema importante a ser destacado sobre o uso irrestrito, imoral das tecnologias pelos países desenvolvidos é o recente caso de espionagem promovido pelo governo Barak Obama (o novo Grande Irmão) cuja versão oficial (mentira) é a proteção de seu país. 

"1984", hoje é um dos livros obrigatórios para compreensão do presente devido os rumos trilhados pela humanidade e se realmente esse for o caminho a ser trilhado no futuro, o ser humano não estará mais seguro em lugar nenhum e isso quer dizer nem no pensamento mais secreto de sua mente.   


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