27 de setembro de 2013

O Conservadorismo e o Rock Combinam? O que você acha?



O rock desde o seu surgimento na década de 1950 imprimiu uma atitude contestadora, rebelde contra os padrões e encontrou na juventude a sua força motriz. Ao longo dos anos, ou seja, nas décadas de 1960, 1970, 1980, o estilo teve largo e pleno desenvolvimento com grande número de bandas originais que consgraram através dos seus álbuns e shows.



O gênero foi o grande porta voz da juventude e a atitude em si não nasceu da indústria, mas foi abocanhada por ela, pois a visão comercial poderosa dos executivos do negócio trouxe outro aspecto, o lado financeiro milionário. Aos poucos o rock foi perdendo seu caráter revolucionário e foi se tranformando em mero produto de consumo e a identidade, a empatia entre fã e artista foi evaporando-se.

Os mitos sobreviveram ao teste do tempo e os seus álbuns ainda são campeões de venda e influenciam e atraem milhões e milhões de jovens todos os anos, décadas a fio. Tudo isso rola em detrimento do novo, que fica escanteado porque ele não obedece aos padrões do passado e passa a ser visto como algo ruim que deve ser exorcizado.   

Talvez, os fãs não perceberam que o rock é um monstro mutante que esta sempre embulição se transformando e criando novos paradigmas para não cair na contramão, ou seja, ficar preso na mesmice, portanto, mudar, expandir horizontes é necessário e principalmente salutar, pois o próprio artista necessita de ir além e reciclar sempre. Porém as mudanças nem sempre são bem vindas e o fim de uma carreira pode rolar tranquilamente.

Padrões de estética definidos rigidamente inclusive pela própria postura do artista envolvidos numa embalagem radical é entregue aos fãs e os mesmos seguem tal movimento e adotam toda a parafernalha e ajudam a construção do mito que por sua vez é imutável, ou seja, não permite mudanças e o objetivo é viver, revive-lo chegando o mais perto possível dele.

É justamente ai que surge o conservadorismo, porque todos os artistas que se desviarem dos padrões estabelecidos automaticamente são exorcisados e passam ganhar a extrema animosidade dos seus fãs e pode significar o fim de uma carreira. Tudo o que é estranho a casa tem que ser eliminado, exterminado e apagado. Em uma única possibilidade é possível o perdão e essa possibilidade é o retorno as raízes e quando isso acontece, o ritual de purificação, tudo volta ao normal e o passado é esquecido considerado um mero deslize.

A atitude paternalista e conservadora vai contra os principios do rock, o estilo sempre pregou a rebeldia, a inovação, a contestação, mas se perdeu no conservadorismo que limitou e cerceia a liberdade artista de criar novos rumos, paradigmas e se transformou num celeiro de bandas e público bundas moles. É necessário fugir dos padrões ao invés de ficar tentando requenta-los infinitamente.

Como já disse antes o rock não nasceu da mídia, mas sim na garagem e depois foi absorvido e transformado em lixo para ser empurrado goela abaixo do consumidor, mas jamais assim como o conservadorismo conseguirá eclipsar, ofuscar o que nasce espontaneamente com espírito arrebatador e que cause, desperte a contravensão, a rebeldia e traga a tona discussões e mais mais discussões e reflexões.

Um novo éden totalmente hedonista é impossível, mas pelo menos que seja revolucionário e abra novos caminhos e que esteja em plena sintonia com a sociedade, pois é um papel social que a música, o rock e seus derivados mais pesados executam nos seus álbuns e em cima do palco também e a renovação é natural e sempre vai acontecer mesmo contra a vontade dos conservadores.

Por isso você que chegou a esse texto, o que você pensa sobre o conservadorismo no rock ele é saudável, combina com estilo? Pense, reflita no cantinho do seu quarto ao som de suas bandas prediletas e dê a sua resposta, pois ela é apenas sua e de mais ninguém.  

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