Imagine uma gangue de escribas que mudaram a
literatura e mudaram também a vida de uma geração inteira. Sim é dos Beats que
estou falando, uma turma descompromissada com o ideal de vida preconizado através
do sonho americano e de saco cheio dessa vida simples e mediocre e em busca da
iluminação essa turma através de livros como On the Road, de Jack Kerouac e do
Uivo, de Allen Ginsberg e os demais membros da turma anunciavam uma nova era.
De fato os caras mudaram a literatura norte
americana, pois ela sai do erudito e através de uma liguagem simples, direta e óbvio
violenta os caras mostravam que havia espaço para a uma linguagem mais palatável
e não havia necessidade de erudição, pois o que interessava é levar as ruas e
todo o resto ao leitor para que ele pudesse sentir essas emoções com o máximo
de realismo possível e se indetificasse com aquelas histórias autobiográficas.
Um dos grandes escritores dessa geração foi
William Burroughs, um dos maluco dono de um dos melhores textos dessa época e o
seu texto também não foge de ser autobiografico e assim como Kerouac e Ginzberg
abalou as estruturas e os padrões caretas da sociedade norte americana.
A primeira obra de Burroughs foi o livro
Junky e agora imagine um livro que fala sobre drogas, sexo sem compromisso e
desprotegido de qualquer forma e fora os outros assuntos nada “agradáveis”.
Pense que em 1951, quando Junky foi lançado o presidente do país era Dwight
Eisenhower e o seu vice era ninguém menos do que o protagonista do escândalo
Water Gate, Richard Nixon (o resto dispensa comentários, certo?). O mundo que o
país da democracia e do livre árbitrio preconizava com todas as virtudes e mais
alguma coisa, viu Junky como uma blasfêmia um pecado grave.
Mas dane-se o que pensam os incomodados, eles
que fechem os olhos e não leiam. O livro foi e ainda é uma marco na literatura
Beat e na carreira do escritor, pois até aquele momento não havia nada nem pelo
menos parecido e nem os outros membros da gangue de escribas a qual pertencia
Burroghs ainda tinha escrito algo pelo menos parecido.
Em Junky, o autor narra a vida dos viciados e
traz a cena algo interessante, pois o viciado vive uma vida em uma sociedade
paralela com regras próprias e ajuda a compreender o submundo das drogas e os
seus atores sociais e os seus papéis. E como é uma obra autobiografica o autor
também narra também sua participação como traficante, ou seja, vendedor de
drogas e como fazia para arruma-la por preços menores.
Além disso, Burroughs não tem medo de falar
sobre a sua dependência em morfina e na heroína também e conta com detalhes
como fazia para suprir a falta periódica da droga e sobre as abstinências e
tentativas de reabilitação e da dureza para abandonar momentaneamente as drogas
pesadas (morfina e heroína principalmente).
Junky foi mais do que um romance, ele foi
também um relato pugente de uma geração que ao contrário do que se pensava não
perdia apenas nos bares da vida enchendo a cara de álcool e vivam inocentemente
como se pensa de viciado a traficante ocasional para manter o vício ele mostrou
um lado sombrio e ao mesmo tempo sociológico, cientifico da coisa.
William Burroughs é um dos grandes malditos,
heroís de gerações, que abriu o caminho para que outros viesse contar as suas
experiências com as drogas como o gigante Aldous Huxley, que de forma
cientifica e até certo ponto filosofico abriu as portas da percepção e foi atéw
o inferno para nos contar as suas peripécias.
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