13 de agosto de 2013

Livros: William Burroughs - Junky



Imagine uma gangue de escribas que mudaram a literatura e mudaram também a vida de uma geração inteira. Sim é dos Beats que estou falando, uma turma descompromissada com o ideal de vida preconizado através do sonho americano e de saco cheio dessa vida simples e mediocre e em busca da iluminação essa turma através de livros como On the Road, de Jack Kerouac e do Uivo, de Allen Ginsberg e os demais membros da turma anunciavam uma nova era.



De fato os caras mudaram a literatura norte americana, pois ela sai do erudito e através de uma liguagem simples, direta e óbvio violenta os caras mostravam que havia espaço para a uma linguagem mais palatável e não havia necessidade de erudição, pois o que interessava é levar as ruas e todo o resto ao leitor para que ele pudesse sentir essas emoções com o máximo de realismo possível e se indetificasse com aquelas histórias autobiográficas.

Um dos grandes escritores dessa geração foi William Burroughs, um dos maluco dono de um dos melhores textos dessa época e o seu texto também não foge de ser autobiografico e assim como Kerouac e Ginzberg abalou as estruturas e os padrões caretas da sociedade norte americana.

A primeira obra de Burroughs foi o livro Junky e agora imagine um livro que fala sobre drogas, sexo sem compromisso e desprotegido de qualquer forma e fora os outros assuntos nada “agradáveis”. Pense que em 1951, quando Junky foi lançado o presidente do país era Dwight Eisenhower e o seu vice era ninguém menos do que o protagonista do escândalo Water Gate, Richard Nixon (o resto dispensa comentários, certo?). O mundo que o país da democracia e do livre árbitrio preconizava com todas as virtudes e mais alguma coisa, viu Junky como uma blasfêmia um pecado grave.

Mas dane-se o que pensam os incomodados, eles que fechem os olhos e não leiam. O livro foi e ainda é uma marco na literatura Beat e na carreira do escritor, pois até aquele momento não havia nada nem pelo menos parecido e nem os outros membros da gangue de escribas a qual pertencia Burroghs ainda tinha escrito algo pelo menos parecido.

Em Junky, o autor narra a vida dos viciados e traz a cena algo interessante, pois o viciado vive uma vida em uma sociedade paralela com regras próprias e ajuda a compreender o submundo das drogas e os seus atores sociais e os seus papéis. E como é uma obra autobiografica o autor também narra também sua participação como traficante, ou seja, vendedor de drogas e como fazia para arruma-la por preços menores.

Além disso, Burroughs não tem medo de falar sobre a sua dependência em morfina e na heroína também e conta com detalhes como fazia para suprir a falta periódica da droga e sobre as abstinências e tentativas de reabilitação e da dureza para abandonar momentaneamente as drogas pesadas (morfina e heroína principalmente).

Junky foi mais do que um romance, ele foi também um relato pugente de uma geração que ao contrário do que se pensava não perdia apenas nos bares da vida enchendo a cara de álcool e vivam inocentemente como se pensa de viciado a traficante ocasional para manter o vício ele mostrou um lado sombrio e ao mesmo tempo sociológico, cientifico da coisa.


William Burroughs é um dos grandes malditos, heroís de gerações, que abriu o caminho para que outros viesse contar as suas experiências com as drogas como o gigante Aldous Huxley, que de forma cientifica e até certo ponto filosofico abriu as portas da percepção e foi atéw o inferno para nos contar as suas peripécias.  



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