Depois de Sonic Boom (2009), o Kiss reaparece três anos mais tarde com Monster e o anuncio do lançamento marcou pela suspense em cima da capa que o embalaria, pois ela foi sendo divulgada aos pedaços e surpreendeu pela simplicidade, pois trazia apenas os quatro mascarados ao contrário das capas anteriores que encantavam pelos desenhos, ou seja, as paisagens pitorescas criadas onde eles figuravam de forma "heroica".
E o mais surpreendente deste álbum é que ele não se parece em nada com os anteriores, ele alma e por isso também tem brilho próprio e foge daquelas grandes produções e fica no hard direto e por isso é empolgante. Lembra imediatamente a década de 1970, mas nem por isso perde qualquer coisa. Quem esperava ver algo na linha anos 80 e 90 ficou a ver navios e por outro lado ainda bem, pois isso mostra de certa forma que a banda procurou se manter fiel aquele hard forte e bem festivo que os caracterizou e por esse lado a missão foi muito bem cumprida, pois quem adquiri-lo vai se divertir ao longo das doze faixas que ele nos oferece.
Já fazia um bom tempo que não se ouvia nada tão empolgante e de certa maneira emocionante dos quatro mascarados. O caminho que o Kiss tomou em Monster aliás que já havia sido traçado em Sonic Boom foi o mais acertado e mostra que a banda está revigorada e pronta para seguir em frente e comprova mais uma vez a sua relevância. O álbum foi gravado no sistema analógico e foi produzido por Greg Collins que trabalhou com o grupo no antecessor.
O Kiss sempre trabalhou com grandes músicos e desta vez não foi diferente, pois a guitarra de Tommy Thayer falou alto neste álbum através de solos memoráveis e o baterista Eric Singer é outro bom músico e junto com o seu parceiro mostraram o porque de estarem nos postos que um dia foram ocupados por Peter Criss e Ace Frehley e não exagero nenhum que ambos não ficam a dever nada aos membros originais. Paul Stanley e o Gene Simmons companheiros históricos nesta longa estrada mais uma vez arrasaram e isso mostra que ambos estavam em perfeita sintonia e o segundo soltou o pé do freio e deixou tudo rolar tranquilamente e agora está o resultado, que não poderia ser diferente: o sucesso absoluto!
Destacar uma faixa fica difícil já que trata-se de um álbum homogêneo, ou seja, tudo está no seu devido lugar, mas mesmo assim a faixa "Hell or Hallelujah" é o grande hit do álbum e também foi a primeira a ser divulgada e tocada em show antes o lançamento oficial do álbum, mas Monster não fica somente nela. Na seqüência temos "Wall of Sound" e depois da terceira faixa, na quarta posição vem "Back To The Stone Age" cuja a letra quem sabe não pode ser uma comparação do passado e do presente do grupo. Fechando álbum temos a excelente "Last Chance" que é pura pancadaria, tem também "Freak" e os seus solos arrasa quarteirão e as demais como já foi dito sobre o geral não ficam atrás não.
O Kiss mostrou que está afim de jogo e que irá continuar por longos anos na estrada e por isso podemos nos preparar para ter em mãos álbuns como este, pois para quem gosta de hard rock festivo, forte e com todos os demais ingredientes que só os "Cavaleiros a Serviço de Satã" tem a oferecer pode preparar o coração e esperar até o próximo capítulo desta bela saga (o álbum saiu também na edição especial cuja a capa é terceira dimensão e embora ela esteja sendo comercializada no Brasil ela é não é fabricada aqui por isso não estranhe o preço, pois é ela é importada, mas quem quiser mais acessível procure a FNAC mais próxima de você leitor).
NOTA: 9,0
Track List:
01 - Hell or Hallujah
02 - Wall of Sound
03 - Freak
04 - Back to the Stone Age
05 - Shout Mercy
06 - Long Way Down
07 - Eat your Heart Out
08 - The Devil is Me
09 - Outta this World
10 - All for the Love of Rock & Roll
11 - Take me Down Below
12 - Last Chance
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