13 de março de 2012

Classic Thrash: Anthrax - Among The Living (1987)


A década de 1980 foi o década do Heavy Metal e não foi atoa, pois inúmeras bandas surgiram no cenário e deixaram sua marca e por menor que fosse ajudaram a construir um estilo sólido que se traduz pela vertentes criadas e um dos maiores exemplos disso foi surgimento do Thrash Metal cujos maiores expoentes  eram Slayer e Metallica e depois destas bandas fazerem sucesso provando que era possível ir além e fazer música acelerada, pesada e agressiva. 



Muitas bandas pulularam mundo afora, mas a afirmação do estilo aconteceu em 1986 quando o Slayer quebrou as barreiras de tudo o que vinha sendo feito com Reign In Blood, mostrando que não havia mais limites entre o metal e o hardcore e o Metallica fez o mesmo ao lançar Master Of Puppets, pois ali desfilavam um pesado, agressivo e trabalhado moldando a estética do estilo, e partir daquele momento as bandas para entrar no jogo teriam que se adequar a ele seguindo as regras prescritas. 


O Anthrax foi formado em 1981 pelo guitarrista Scott Ian e o baixista Dan Lilker, e após algumas mudanças na formação entraram o vocalista Neil Turbin e o baterista Charlie Benante e no início de 1983 gravaram uma demo contendo "Across the River", "Howling Furies" e "Panic", entre outras e por fim acabam assinando contrato com a gravadora Megaforce de Jon Zazula e no final de 1983 entram em estúdio e de lá saem com o Fistful Of Metal o primeiro álbum da carreira do grupo, cujo som é um power metal de trincar os ouvidos.

A banda passa novamente por mudanças com a saída da Dan Lilker e do vocalista Neil Turbin e para assumir os postos vagos são recrutados Frank Belo (baixo) e o vocalista Joe Belladona cuja estréia acontece com a gravação do mini álbum Armed And Dangerous (1985), e a transição do power metal para o Thrash Metal começa com o lançamento de Spreading The Disease (1985), fato que fica claro nas faixas de destaque do álbum como A.I.R, Gung-Ho e Medusa seguidas por faixas com apelo mais heavy metal como Madhouse e Armed And Dangerous, mas a transição definitiva ainda estava por vir o ano de 1896 para o grupo resumiu-se a turnês e a preparação de um novo álbum de estúdio. 

O grupo aporta em estúdio para gravar o sucessor de Spreading The Disease (1985), assinando a produção do novo álbum em conjunto com Eddie Kramer que já havia aquela altura acumulado trabalhos para bandas como: Led Zeppelin, Kiss, Jimi Hendrix, Rolling Stones entre outros. E depois de passar de outubro a novembro de 1986 trabalhando na composição, produção e gravação do novo álbum o disco vai aporta nas lojas em 22 de março de 1987 e mais uma vez os limites entre o metal e o hardcore. Se com o laçamento do antecessor o Anthrax já tinha se consolidado no cenário agora com Among The Living o grupo afirmaria sua presença entre as maiores bandas do estilo sem embargos. 


As faixas são marcantes, mostram e comprovam porque o álbum se sobre saiu e fez sucesso entre os headbangers, começando pela agressividade acompanhada de riffs cavalgados de guitarra aliados aos vocais e backing vocals matadores, aliados a cozinha demolidora de Frank Bello e Charlie Benante. O sucesso do disco reflete-se em faixas como Indians (uma homenagem de Belladona aos seus antepassados já que ele é descendente de índios), I Am The Law (baseado nos quadrinhos do Judge Dredd, que foi as telas do cinema cujo personagem principal foi interpretado por Silvester Stalone), além destas Caught In A Mosh, One World, Efilnikufesin (Nice Fuckin Life), Skeletons In The Closet e I´m The Man (que virou single e incluia influências de Hip-Hop). 

Já a capa do álbum foi trouxe o personagem Henry Kane do filme Poltergeist 2. O álbum comercialmente falando superou as espectativas e ultrapassou as quinhentas mil cópias e ganhou o disco de ouro. E o Thrash Metal ganhará mais um ícone que não tardaria em conquistar o  velho continente e a América do Sul, além de algumas décadas mais tarde junto com Slayer, Metallica e Megadeth encabeçar o Big Four do Thrash Metal norte-americano e sair em turnê e poder ser visto em milhares de salas de cinema mundo afora (inclusive o Brasil). Sem mais delongas um clássico obrigatório na estante/coleção de todo o fãs de Thrash Metal que se preze.          



   


  

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