12 de março de 2012

Classic Hard: Blue Öyster Cult - Spectres (1977)


Formado  nos EUA, no final da década de 1960, ou seja, na mesma época que o Grand Funk Railroad e Black Sabbath.O grupo passou por algumas mudanças em sua formação e depois de assinar um contrato com a Columbia Records,  muda o seu nome de Oaxaca para Blue Öyster Cult  e lançaram no ano de 1972 o seu debut auto-intitulado. Mas o primeiro álbum assim como o Tyranny And Mutation, não chamaram a atenção nem da critica e nem dos fãs e acabaram passando desapercebidos, mas os rumos começariam a mudar e com o lançamento de Secret Treaties, serviu para colocar o nome do grupo em evidência, pois já figuravam nas paradas norte americanas. 




Embora a banda já mostrasse o seu potencial, que ficou evidente com o lançamento do primeiro álbum ao vivo em 1975  intitulado On Your Feet or on Your Knees, a banda entrava com pé direito na estrada que os conduziria ao sucesso comercial, mas ainda para isso ainda faltava um hit que possibilitasse ao Blue Öyster Cult estourar. Finalmente em 1976 isso foi possível com o lançamento de Agents Of Fortune, impulsionado pela faixa Don´t Fear The Reaper, um dos maiores hits do grupo e assim a banda finalmente alcançara o status de grande banda, numa época em que as grandes bandas de rock pesado vinham da Inglaterra (Black Sabbath, Led Zeppelin, Deep Purple e etc.).


  
E para manter-se em evidencia, a banda não perdeu tempo e lançou-se em nova empreitada visando o lançamento de um novo álbum, cuja missão visava obter o mesmo sucesso, ou maior e o jeito para tornar isso realidade a banda entrou em estúdio em 1977, para registrar Spectres cujos trabalhos duraram de julho a setembro e no mês de novembro o álbum aterrizou nas prateleiras das lojas. O Blue Öyster Cult provara que não era uma mera versão americanizada do Black Sabbath, ao lançar Spectres que rendera-lhe o primeiro disco de ouro, e também não era para menos, pois o álbum contava com petardos do calíbre Godzilla cujo peso, melodia e groove, arrebatam o ouvinte logo de cara, não foi atoa que foi escolhida para ser um dos singles para a promoção do álbum. 

A lista não para por ai não, ainda tem mais na seqüência como a faixa Golden Age Of Leather, uma referência clara aos anos dourados do rock, enfim uma bela homenagem, outra faixa de destaque é a balada Death Valley Nights que também virou single cuja letra fala sobre a solidão e abandono, cuja melodia sedutora recheada de solos de guitarra emocionais arremetendo o ouvinte a lugares únicos dentro de sua mente. Com a criatividade afiada a banda não teve medo e flertou com a disco também e o resultado pode ser conferido em Searchin´ For Celine, que nada interferiu no trabalho da banda, pois o destaque fica para Donald Roeser (Buck Dharma), com seus solos e riffs alucinantes despejados em doses cavalares. 



E o poder de sedução do Blue Öyster Cult, volta a atacar novamente com Fireworks, Celestial Queen um belo flerte com o pop, e dificil de sair da mente pelos refrões grudentos e melodia fácil de ser assimilada o tanto que te faz cantar sem perceber e nessa linha o álbum apresenta I Love The Night outra balada que inclusive virou vídeo clipe embora não tenha obtido tanto êxito em seu proposito, mas pelo menos trás um clima e letra igualmente sombrios. Outra faixa de peso é a  R.U Ready To Rock, um dos maiores momentos do álbum, além ter-se tornado um single de promoção do álbum, mostrou-se uma excelente faixa de abertura dos shows do grupo, cuja a letra é um chamado aos fãs de rock no melhor do estilo cheia de peso, com riffs e solos alucinantes, e belas camadas de piano, vocais delirantes e uma poderosa cozinha. 

E para finalizar o álbum a sombria Nosferatu (aliás os temas ligados a terror ou horror são uma marca registrada do grupo que se pôs desde o início a musicar letras e contos de autores como Eric Van Lustbader, Patti Smith, Michael Moorcock, Stephen King), uma viagem conduzida por mórbidas e portando cadenciadas e gélidas camadas de piano conduzem o clima sombrio e gótico da faixa que encerra o álbum de maneira espetacular. E com o Spectres a banda seguia firme nesta fase pesada e sombrio marcada por alguns conflitos com algumas associações judaicas que não se cansavam em interromper o set da banda, pelo fato das letras carregarem alguns traços nazistas e militaristas, mas nada que pudesse ofuscar o sucesso do grupo que contava com show cheio de efeitos a laser novidade para época. O material do disco novo funcionou muito bem ao vivo fato que se comprova no curto set apresentado no álbum ao vivo de 1978 Some Enchanted Evening, que encerra com maestria esta segunda fase do Blue Öyster Cult.   
   
      

     
              

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