24 de março de 2014

1984 um ano incrível de uma década fantástica


Falar sobre a década de 1980 quando o assunto é heavy metal e hard rock é algo corriqueiro e em todo lugar a qualquer hora, momento podemos ler sobre, mas não dá para deixar passar em branco e não publicar nada sobre. É impossível ficar de bico fechado e não listar pelo menos dez discos essenciais e por isso mesmo resolvi soltar uma lista de discos fundamentais que agitaram esse ano e já se vão três décadas e os novos trintões ainda tem muito para dizer.



Os gigantes de ontem ainda caminham sobre a terra e continuam atormentando, arrebatando corações como se o tempo permanecesse imóvel. Os anos se passaram o mundo hoje não é mais como foi naqueles tempos e voltar neles infelizmente também não é mais possível, mas nas lojas, na internet, na mente e nos corações estão à herança de 1984 e só escolher o formato para matar a saudade ou para conhecer o que foram o aqueles dias. 

Judas Priest - Defenders of the Faith 
Ano de lançamento: 1984 
País de origem: Inglaterra 
Estilo: Heavy Metal 
Line-up: Rob Halford (v), K.K Downing (g), Glenn Typton (G), Ian Hill (bx) e Dave Holland (bt).
Premiação: Disco de platina (RIAA).  


Depois de impressionar o mundo com a violência de Screaming for Vengeance, o Judas Priest volta a atacar com Defenders of the Faith e assim manter-se na liderança do gênero. Turnês concorridas e shows noite a após noite sold out serviram para confirmar os britânicos como gigantes da nova onda que assolava o planeta, o heavy metal. 

Aqui o som emana agressividade e violência no último volume com uma postura imbatível e sons como Jawbreaker, Freewheel Burning, The Sentinel, Eat me Alive e Love Bites eram a expressão máxima do que é o heavy metal em todos os seus sentidos elevados a última potência. 

Iron Maiden - Powerslave    
Ano de lançamento: 1984
País de origem: Inglaterra 
Estilo: Heavy Metal 
Line-up: Bruce Dickinson (v), Adrian Smith (g), Dave Murray (g), Steve Harris (bx) e Nicko McBrain (bt). 
Premiação: Disco de platina (RIAA), Disco duplo de platina (MC).
Produção: Martin Birch


O Iron Maiden é uma banda que nasceu para o sucesso e Steve Harris e seus comparsas sabiam muito bem o que faziam e o onde queriam chegar com a donzela de ferro. Álbuns seminais como Iron Maiden (1980) e Killers (1981) eram apenas uma prévia do futuro, a troca de vocalistas se justifica quando você pega The Number of the Beast e Piece of Mind e põe para rodar.

Depois de uma sequência de discos de tirar o fôlego, os britânicos colocam a disposição dos fãs a oitava maravilha em termos sonoros, ou seja, Powerslave era a mais nova fronteira a ser burlada pelo quinteto e através do sucesso do estouro promovido por este álbum eles puderam cruzar os oceanos, os ares e apresentar-se nos cantos mais obscuros do planeta. Faixas como: 2 Minutes to Midnight, Aces High tornaram-se obrigatórias em todos os shows assim como a faixa título que abria uma nova fase para o grupo que explorava sem pudores todas as possibilidades que os levaram ao topo máximo. 

Metallica - Ride the Lightning 
Ano de lançamento: 1984
País de origem: EUA 
Estilo: Thrash Metal 
Line-up: James Hetfield (g,v), Kirk Hammet (g), Cliff Burton (bx) e Lars Ulrich (bt). 
Premiação: Seis discos de platina (RIAA) e Disco de platina (MC). 
Produção: Metallica & Fleming Rasmussen.


O Metallica arrebentou na sua estreia com Kill ‘Em All deixando o público de cabelo em pé e assustado também e embasbacado tentando entender pelo que tinham sido atropelados. Quatro jovens furiosos de guitarras, baixo e bateria na mão faziam uma síntese perfeita do que o Iron Maiden, Diamond Head, Motörhead faziam e jogaram no meio o hardcore e o resultado estava prontinho para apedrejar, ensurdecer e insultar.

Um som rápido, pesado, veloz e tão urgente que ultrapassava barreiras e quebrava todas as regras dizendo aquele foda-se monstruoso para os detratores era um novo gênero surgindo e que foi levado a outro nível no segundo álbum e este apresentava-se ainda mais radical, mais extremo e mais pesado e ainda mais transgressor representado por letras agressivas nada felizes é im possível escutar Ride the Lightning e ficar parado e achar o mundo maravilhoso na sua imperfeição. Hinos como: Fight Fire With Fire, Ride the Lightning, For Whon the Bell Tools, Escape, Fade to Black, Creeping Death arrebentavam cabeças e guiavam para um caminho sem volta.       

Dio - The Last in Line 
Ano de lançamento: 1984 
País de origem: EUA
Estilo: Heavy Metal 
Line-up: Ronnie James Dio (v), Vivian Campbell (g), Jimmy Bain (bx) e Vinny Appice (bt)
Premiação: Disco de platina (RIAA)
Produção: Ronnie James Dio


Em 1982, Ronnie James Dio caiu fora do Black Sabbath e levou consigo o Vinny Appice e juntos criaram uma nova força do heavy metal, a banda Dio. Além dos dois a banda ainda contava com o guitarrista prodígio Vivian Campbell e com o Jimmy Bain. A estréia desse super time foi com Holy Diver um clássico de nascença recheado de faixas clássicas, épicas. A segunda parte dessa saga aconteceu com The Last in Line e o mesmo sucesso de um ano atrás se renovou e aumentou a legião de fãs do baixinho. 

O disco é uma aula de heavy metal completa e junto com o seu antecessor formou uma dupla de peso e de referências definitivas do que o gênero precisar ter para ser o que ele é. O set list é formidável e desde começo com We Rock, The Last in Line, Breathless, One Night in the City e Egypt (The Chains Are One), que fecha com chave de ouro este clássico que marcou época e ainda continua batendo um bolão. 


Scorpions - Love at First Sting 
Ano de lançamento: 1984 
País de origem: Alemanha 
Estilo: Hard Rock 
Line-up: Klaus Maine (v), Matthias Jabs (g), Rudolf Schenker (g), Francis Buchholz (bx) e Herman Harebell (bt).
Premiação: Três discos de platina (RIAA). 
Produção: Dieter Dierks


O Scorpions na década de 1980 abandonou os cacoetes setentistas e assumiu uma sonoridade mais refinada, melódica com maior apelo comercial, mas nunca deixou de ser quem é. Nessa altura a banda já tinha mais de meia de dezenas de discos que oscilavam entre clássicos e ótimos álbuns e já eram conhecidos no mundo ocidental, mas sucesso ainda não tinham e o lançamento de Blackout (1982) tratou de mudar isso fazendo a banda estourar. 

Poucos anos mais tarde os alemães que já eram idolatrados para além de seus domínios naturais entrariam de vez para o panteão do rock com o lançamento de Love at First Sting, a sua magna opera. Se com Blackout a banda já tinha uma excelente coleção de faixas homéricas neste álbum o banda tinha faixas históricas e que marcaram a banda para sempre. A lista de faixas de disco é impressionante, pois não existe faixas medianas todas estão no mesmo nível só que Bad Boys Running Wild, Rock You Like Hurricane, Coming Home, Big City Nights e Stil Loving You se sobre saem e mostra como é que se faz hard rock. 


W.A.S.P - W.A.S.P 
Ano de lançamento: 1984 
País de origem: EUA
Estilo: Hard Rock 
Line-up: Blackie Lawless (bx,v), Jack Holmes (g), Randy Piper (g) e Tony Richards (bt).
Premiação: Disco de ouro (RIAA).
Produção:Blackie Lawless & Mike Varney
   

O Hard Rock oitentista não era tocado apenas por caras vestidos e maquiados como mulheres. Este gênero possuía bandas até mais cavernosas e igualmente emblemáticas e uma destas é o W.A.S.P com uma postura e visual chocantes, os shows eram o que podemos chamar de verdadeiro teatro do horror de fazer inveja a Alice Cooper. Músicas barulhentas, pesadas e agressivas que se aproximavam do heavy metal eram uma declaração de liberdade de expressão dos blasfemos. 

Não tardou para a banda ser perseguida não só pelas desocupadas do PMRC, pois até shows foram desmarcados por causa da postura do grupo. Quebrar barreiras e avançar sem dó sobre os valores morais foram partes de um caminho natural para uma banda de rock que expressava através de I Wanna be Somebody, Animal (Fuck Like a Beast), Sleeping (in the Fire), School Daze, Hellion e Tormentor os desejos, as chateações de uma geração. 


Bathory - Bathory 
Ano de lançamento: 1984 
País de origem: Suécia 
Estilo: Death/Black Metal 
Line-up: Quorton (v, g), Rickard "Ribban" Bergman (bx), Johan "Jolle" Elvén (bt) 
Premiação: Não consta. 
Produção: Quorton &The Boss 


O Bathory chegou entrando com os dois pés no peito da sociedade sueca da década de 1980. Som horripilante mostrando uma outra face e força do oculto através de um som demolidor, agressivo e arrebatador e original não demorou para conquistar o seu lugar no inferno e caminhar sobre a terra em todas as direções dando o seu recado blasfemo para os seus novos discípulos que se agrupam em torno do culto prestando as suas homenagens as hordas demoníacas. 

Missas negras esse é o nome correto para definir este álbum resumido a nove faixas ensurdecedoras e ensandecedoras que conduzem as profundezas do abismo o mais carola do pedaço. Faixas como: Hades, Necromancer, Reaper, In Conspiracy With Satan e Raise the Dead irão te colocar em contato direto com as artes obscuras e depois disso você jamais será o mesmo assim como o mundo não o foi mais depois do estardalhaço que este álbum promoveu nas estruturas do novo gênero que nascia naquele momento mágico e infernal.  


Venom - At War With Satan 
Ano de Lançamento: 1984 
País de origem: Inglaterra 
Estilo: Black Metal 
Line-up: Cronos (v,bx), Mantas (g) e Abaddon (bt)
Premiação: Não consta 
Produção: Venom


Para este power trio das trevas ainda faltava gravar o terceiro ato de sua blasfêmia sonora e para invadir a última fronteira o jeito foi declarar guerra e juntar-se a satan para vencer. Os dois primeiros álbuns cujo som agressivo, pesado e demolidor mostravam ao mundo uma nova forma de fazer música e com o forte apelo aquele lá debaixo nas letras e representado por uma postura de palco horripilante não foi difícil conquistar hordas e mais hordas de fãs, pois apenas os carolas e bundas moles é que pediram para sair. 

Com um disco incomum e a épica faixa título travavam a batalha final entre o céu o inferno em pouco mais de vinte minutos. As demais faixas eram apenas peças soltas num quebra cabeças na fácil de montar, porém permitiam recobrar o fôlego para a próxima batalha que aparentemente estaria ganha.


Twisted Sister - Stay Hungry
Ano de lançamento: 1984
País de origem: EUA
Estilo: Hard Rock 
Line-up: Dee Snider (v), Eddie Ojeda (g), Jay Jay French (g), Mark Mendonza (bx) e A.J Pero (bt) 
Premiação: Três discos de platina (RIAA) 
Produção: Tom Werman 


Todo garoto em idade escolar sempre sonhou em fugir da escola e vê-la em ruínas, mas o que muitos não sabem é que as irmãs retorcidas são a trilha sonora para isso, os vídeo clipes, os discos e as músicas festeiras e super animadas recheadas de mensagens convidativas a abandonar a ordem estabelecida eram muito bem vindos naqueles tempos que apesar de aparentarem liberdade na verdade escondiam tempos de repressão da velharia para cima da molecada, a terra da liberdade na verdade era uma teocracia promotora de guerras e hipocrisia. 

Stay Hungry cumpre um papel fundamental no ano de 1984, o grupo vinha de dois ótimos álbuns e que se tornaram referências assim como este que tornou-se referência máxima e emplacou hits indefectíveis como I Wanna Rock, We´re Not Gonna Take It, Burn in Hell e hoje espera por você de braços abertos prontos para fazer as mais sórdidas bagunças não só pela escola afinal de contas não é só ela que deve ser demolida, mas a cidade toda deve ser incendiada e o combustível para começar esse desvario esta bem aqui. 


Metal Church - Metal Church 
Ano de lançamento: 1984 
País de origem: EUA 
Estilo: Heavy Metal 
Line-up: David Wayne (v), Kurdt Vanderhoof (g), Craig Wells (g), Duke Ericson (bx) e Kirk Arrington (bt) 
Premiação: Desconhecida
Produção: Terry Date & Metal Church. 


Os norte americanos já tinham o thrash, o heavy e o hard rock muito bem definido em relação aos seus representantes e eis aqui mais um deles e trata-se de uma banda bem calibrada em velocidade, peso e agressividade é para ninguém reclamar, botar defeito é só deixar rolar e os tímpanos que salvem como puderem desta aula de heavy/thrash muito bem ministrada pelo professores do Metal Church.   

Este álbum não poderia estar em outro lugar que não fosse este afinal de contas mesmo que não seja multiplatinado é um clássico referência de gênero musical que assombrou uma década e continua assombrando. A capa é a expressão do heavy metal e as faixas Beyond the Black, Gods of Wrath e Metal Church são a leitura perfeita do que foi 1984.  























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