29 de março de 2012

Classic Hard: Uriah Heep - Sweet Freedom (1973)



Depois de lançar dois álbuns clássicos, como Demons and Wizards e The Magicians Birthday em 1972, ambos ganhadores do disco de ouro nos EUA, o Uriah Heep sabia que não seria nada fácil manter-se em alta na terra do Tio Sam, pois para tal empreitada seria necessário superar os dois álbuns já lançados, e por sinal muito bem sucedidos comercialmente. Portanto, a banda vendo-se na necessidade de manter-se em evidência, parte para o estúdio Chateau D'Herouville na França onde trabalharam novamente com o produtor Gerry Brown entre os meses de junho e julho de 1973,  no novo álbum de estúdio que aterrizaria nas lojas em setembro, para a alegria dos fãs. 



A banda novamente mostrava-se inspirada em Sweet Freedom, mas tinham um porém referente a temática, ou seja, as letras do grupo que já não abordavam assuntos sobre fantásia, embora a sonoridade ainda guardasse climas misticos e viajantes como a faixa If I A Had Time um dos grandes momentos do álbum que já trazia outro assunto a cena, pois versava sobre a falta de arrependimento pelo passado, e das possibilidades que o futuro apresenta a um homem em busca de seu destino.     



A fase era boa para banda, que encontrava-se realmente inspirada misturando ao som outras influências que passavam pelo funk presente em Dreamer e o folk de Circus, o grupo conquistou o reconhecimento internacional. E no entanto a banda mostrava sua versatilidade e as evidências ficavam totalmente claras com as faixas que se tornaram os singles de promoção de disco: Stealin, Dreamer (que começa com os belos solos de Mick Box comprovando algo fácil de entender sobre David Byrom ele era o ponto de ligação da banda entre a platéia com sua voz única e poderosa aliada ao seu carisma arrebatador) e Sweet Freedom cujo destaque também para sua letra que aborda a liberdade, falando sobre o desejo de encontra-la. 

As outras faixas como Day One, Seven Stars e Pilgrim (canção que encerra o álbum, cuja mensagem é anti bélica, conta com belas camadas de teclado de Ken Hensley cheia de climas viajantes, além de belos solos e riffs de Mick Box e os coros que ilustram a realçam a beleza e a mágia desta música), completam o álbum sem deixar a qualidade cair. Com Sweet Freedom o Uriah Heep conseguirá obter o mesmo êxito dos anteriores, e repetiu a mesma premiação pela quarta vez consecutiva na difícil e traiçoeira terra do Tio Sam, em quatro de março de 1974 ganhando o disco de ouro e ao mesmo tempo mantendo-se vivo nas paradas norte americanas na 33º posição enquanto no Reino Unido o álbum contemplou a 18º posição. Por fim, Sweet Freedom o sexto álbum da carreira do Uriah Heep marcava o fim de uma breve era sucesso nas terras norte americanas, mas deixava bem claro as intenções do quinteto britânico e ressaltavam, o que ainda estaria por vir neste jogo nada tranqüillo.     


   
  





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