16 de fevereiro de 2012

Resenha de cd: Chickenfoot - Chickenfoot III (2011)


Confesso que em 2009 quando o Chickenfoot lançou seu primeiro álbum eu fiquei curioso e ao mesmo tempo apreensivo, embora o disco só tenha ganho sua versão nacional dois anos depois, o disco apresentava grandes composições, mas na verdade não passam de ótimos riffs de guitarra, boa linhas de baixo, e evidenciam que Sammy apesar de já ter ultrapassado a casa dos 60 anos ainda tem muita lenha para gastar e mostra que Chad Smith é bem mais do que o baterista do Red Hot. 



Quando a banda anunciou que iria lançar seu segundo álbum fiquei novamente apreensivo pensando "Será que desta vez decola", e quando Chickenfoot III chega as lojas, fui e comprei meu exemplar e para minha surpresa e tristeza o disco é bom mas não foi dessa vez que a banda conseguiu lançar um álbum de impacto, embora o disco contenha uma coleção de bons momentos espelhados por grandes riffs e solos de Satriani, os vocais de Sammy continuarem os mesmos e isso vale para o baterista e para o baixista. 


Mas, o álbum infelizmente não passa de um bom disco e considerando os músicos que tem, chega a ser no minimo estranho mas, talvez quem sabe um pouco mais de inspiração no próximo álbum, não pode mudar tudo para o Chickenfoot, já que não custa nada tentar e nesse caso seria muito bem vindo tentar reciclar suas composições para poder fugir do fantasma da mesmice que atualmente assombrando os artistas. 

Enfim embora o grupo possua no seu line-up Michael Anthony e Sammy Hagar cuja história esta sensivelmente ligada a banda Van Halen, pois foi justamente lá ao lado dos irmãos Eddie e Alex que a dupla consagrou o seu nome, mas o fato de terem passado com êxito por lá não significa que tudo o que façam posteriormente seja obrigatoriamente um sucesso. As composições do grupo em momento algum soam como uma cópia descarada, muito pelo contrário você pode até sacar de quem se trata quando colocar o disco na vitrola, mas não ouvirá uma cópia, porque trata-se de uma banda com forte personalidade.

Enfim tratando-se de um bom álbum gravado por músicos experientes de longa carreira é natural que o disco tenha lá seus atrativos, o que não é nenhuma surpresa e como o disco caminha dentro da legalidade de sua proposta os destaques ficaram por conta de faixas como: Last Temptation, Alright Alright, Diferent Devil, Up Next, Lighten Up  e Three And a Half Letters, que representam fielmente o que é este álbum e comprovam o seu valor e o colocaram-no na lista de melhores de 2011 de uma série de pessoas, mas pena que na minha não entrou.  



Por Ricardo Machado Jorge
Historiador & Colecionador 
Nota: 8,0 

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