1 de novembro de 2016

Judas Priest e os seus cinco melhores e mais importantes discos.



Nascido na Inglaterra e contemporâneo e conterrâneo do Black Sabbath, o Judas Priest começou suas atividades em 1969. Novos elementos e mais absorção das lições dos homens de Birmingham deram aos legítimos herdeiros os elementos necessários para trilhar o próprio caminho, ou seja, inovar, testar, desafiar e quebrar barreiras, estabelecer outro nível.



Halford, K.K Downing, Glenn Tipton se especializaram em oferecer outra visão para o público adepto do heavy metal, ou seja, os caras construíram uma carreira sólida toda montada em cima de um som poderoso e bastante diverso, os discos são o exemplo fiel. O que se encontra nos álbuns do Judas Priest é um teste, uma provocação ao ouvinte mesmo "pisando na bola". Outro fato é que o Judas Priest é uma das bases do heavy metal cuja influência é atestada pelo teste do tempo que permite-os até hoje aumentar, renovar a sua legião e fãs pelo mundo.    



01) Judas Priest – Sad Wings of Destiny (1976).
Em meados da década de 1970, o trio formador da santa trindade do rock setentista já havia entrado num processo de franca decadência, o Led Zeppelin amargava com Presence, o Deep Purple já não existia mais e o Black Sabbath ia mal das pernas com Technnical Ecstasy e todos os excessos de Ozzy e companhia. Nesse interim surge o Judas Priest, os caras haviam estreado desapercebidamente com Rocka Rolla (1974), mas no segundo álbum as coisas mudaram de figura. O lançamento de A Wings Of Destiny mostrou evolução no heavy metal. Rob Halford com seus vocais rasgados, a dupla de guitarras formada por K.K Downing e Glenn Tipton formaram uma nova entidade metálica, o som novo e potente de Wings of Change e de Tyrant, Genocide e The Reaper ajudaram moldar as bases do que seria o futuro do heavy metal pelo menos para a década posterior.       


02) Judas Priest – Stained Class (1978)

Neste álbum que sucedeu Sin After Sin (1977), um clássico absoluto, as bases do heavy metal já estavam redefinidas, ou seja, os cacoetes de seus contemporâneos já não existiam mais e assim o heavy metal pode respirar novos ares e seguir adiante, músicas absurdamente pesadas, rápidas e matadoras no pleno sentido palavra ditavam o ritmo. Imagine uma faixa absurdamente veloz como Exciter, ou os riffs sombrios de Beyond The Realms Of Death, os vocais de Saints In Hell, enfim um álbum que marcou época.


03) Judas Priest - British Steel (1980)

Neste vem o sucesso comercial, porém o som sofreu uma leve amansada em relação aos anteriores, mas que conseguiu levar o Judas Priest e outro nível, ou seja, numa época, ano, que Motörhead arregaçava com Ace of Spades, o AC/DC dando voltas quilométricas no planeta com seu Back in Black e o Black Sabbath renascia com Heaven and Hell, com Dio, inaugurando a nova fase com sucesso absoluto, o British Steel assim como os citados e os não citados como, por exemplo, a NWOBHM, o Iron Maiden, faziam um som devastador, o Judas Priest tinha que estar no mesmo nível e realmente estava, as mudanças foram gritantes. Breaking the Law, Grinder, Rapid Fire, The Rage que trazem impressas em letras e melodias o novo Judas Priest que era na verdade mais do que uma simples banda de heavy metal. British Steel é daqueles discos cuja importância é definitiva para a afirmação de um gênero junto ao grande público e o mérito aqui é exatamente esse.


04) Judas Priest – Screaming For Vengeance

Logo na entrada com Hellion e The Electric Eye, o Judas Priest de cara exprime todo o sentido do heavy metal, mas essa expressão não se resume apenas ao começo de Screaming For Vengenace. Faixas como Fever, Bloodstone, Riding on the Wind fazem apagar a má impressão deixada pelo antecessor, Point of Entry (1981). Apesar de haver momentos mais leves como You’ve Got Another Thing Coming, o disco se sobre saí e mantém a força intacta, o auge era bem ali do lado e não faltava mais nada para alcança-lo, os números de venda disseram isso superando o British Steel.


05) Judas Priest – Painkiller (1990)

Com o disco Turbo (1986) o Judas Priest tentou moldar-se ao mercado norte americano, ou seja, o som mais hard, comercial, estilo hair band e uma produção brega não deram certo, a banda tentou melhor em Ram it Dawn (1988), mas também não certo e por isso jeito foi voltar para casa e essa volta deu de presente ao mundo do heavy metal Painkiller, o álbum mais pesado e mais violento do Judas Priest. Um disco completamente EVIL, logo na faixa título os caras colocam tudo para fora, ou seja, entravam com os dois pés no peito direto de quem estivesse pela frente, mas a revolta sonora não ficava por aí e vinha de todos os lados, por exemplo, Metal Meltdown, Rebel Leather, Night Crawler traziam à tona um novo Judas Priest mais violento, devastador na sua caminhada metálica. O disco trouxe o Judas Priest para o Rock in Rio II e também foi o último de Halford e, também, marcou a entrada de Scott Travis, um exímio batera, que acrescentou uma dose de peso no som ajudando a manter a reputação do Priest que naquele momento manteve-se devidamente no auge.   

Bônus



Judas Priest - Defenders of the Faith (1984)

Pegando carona no sucesso do antecessor Defenders of the Faith chega arrasando, o disco traz canções memoráveis como Jawbreaker, Freewheel Burning que traziam novos tempos, as melodias de Love Bites, Sentinel, Eat Me Alive desnudavam o estado de graça em que a banda se encontrava, a continuidade desse tempo dourado se expressam em Night Comes Down e na faixa título que fechava com chave de ouro esse álbum, enfim o Judas Priest estava subindo vários degraus na época de ouro do heavy metal e mostrava que havia potencial e criatividade de sobra para cada vez mais surpreender o público.







Nenhum comentário:

Postar um comentário