Este projeto é a reunião de dois grandes músicos do cenário musical atual, Michel Akerfeldt do Opeth e Steven Wilson do Purcopine Tree, cuja parceria vem de longa data, pois Wilson havia produzido os álbuns Blackwater Park (2000), Deliverance (2002) e Damnation (2003) e dois anos depois Michael Akerfeldt contribuiu para com algumas linhas de guitarra e vocais em Deadwing (2005) do Purcopine Tree e alguns anos depois, ou seja, em 2010 ambos se reuniram para formar um novo projeto, mas objetivo não era formar um supergrupo de rock ou metal progressivo e sim explorar os gostos pessoais dos dois integrantes.
O primeiro álbum do Storm Corrosion começou a ser gravado em 2011 depois da conclusão da escrita do material cuja participação e criação ficou nas mãos de ambos e cada um contribuiu exatamente com a metade, o contrato com a Roadrunner Records só foi assinado em 2012 e o álbum é o ponto final de uma trilogia que reúne o álbum Heritage (2011) do Opeth e mais o álbum solo de Wilson, Grace For Drowning (2011). A assinatura do contrato com a Roadrunner Records só rolou para os caras em 2012 e a data de lançamento também foi trocada de 24 de abril para o dia 8 de maio, mas na verdade isso era o de menos já que existia uma grande expectativa, por se tratar de caras cultuados dentro do cenário cuja música de suas bandas tinham lá as suas similaridades embora estivesse localizada em diferentes estilos e daí é que surge o interesse no Storm Corrosion.
O que podemos ouvir em Storm Corrosion é um som que não se encaixa facilmente em rótulo algum, mas o que se pode dizer sobre a música é que pertubadora, sombria e cheia de climas de suspense com várias atmosferas etéreas sem nenhum tipo de relação com o metal, pop ou o que quer que seja e o que existe ali é uma excelente combinação de música ambiente e o folk e por isso se o rock ficou de fora, o heavy metal, então, nem passou na porta para falar pelo menos oi.
O álbum foi resumido a seis faixas e exploram as influências de bandas como o Comus, Popol Vuh, Talk Talk, Steve Reich entre outros. E o som orquestral e sombrio do Storm Corrosion abre a bolacha com Drag Ropes (que inclusive foi primeiro vídeo promocional), explora ao máximo os climas épicos aliados a excelentes solos de guitarra e vocais lúgubres é simplesmente atormentadora. A faixa Hag é o encontro das influências do Comus com o Popol Vuh e é um dos melhores momentos do álbum proporcionados por esta bela faixa que se encaixou perfeitamente na proposta do álbum.
Em Happy as partes acústicas se entrelaçam perfeitamente realçando o lado sombrio e épico desta empreitada bastante intensa e psicológica que penetra na mente do ouvinte levando-o para uma grande viagem espiritual, cósmica. Esta parceria entre Wilson e Akerfeld vai além do que eles fizeram no Opeth e no Purcopine Tree explorando justamente esse lado mais sombrio e etéreo de uma maneira mais aberta a experimentos que não constam em suas bandas, pois trata-se de explorar e expandir horizontes e justamente por isso não tem nada haver com ambas as bandas fazem ou já fizeram em suas carreiras.
A grande sacada de Storm Corrosion é o fato dele se diferenciar profundamente do trabalho das bandas de seus integrantes que apresentam aqui um álbum cativante embora a sonoridade seja sombria, pertubadora e psicológica criado por estes dois artesãos que souberam caminhar por territórios ainda inexplorados e trazer a tona algo novo, original e por estes méritos próprios que já pode ser considerado forte candidato a melhor do ano, ei 2012 heim!
NOTA: 9,5
NOTA: 9,5
Faixas:
- Drag Ropes
- Storm Corrosion
- Hag
- Happy
- Lock Howl
- Ljudet Innan
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