30 de agosto de 2012

Resenha de cd: Lamb Of God - Resolution (2012)


Esta ai o Lamb Of God uma das grandes bandas da atualidade que vem praticando um som diferenciado e refinado também, mas a agressividade e o peso claro que são fio condutor desta locomotiva desgovernada que vem atirando chumbo grosso e vem desfazendo as comparações com Pantera que muitas pessoas ainda insistem em fazer. Desde de 2004 quando lançou o álbum Ashes of the Awake vem criando uma poderosa massa sonora que passa por Sacrament de 2006 e passa também por Wrath de 2009 e os elementos cheios de crueza e brutalidade como tem que ser o thrash metal.


Junto com o Machine Head faz parte da onda chamada thrash metal moderno e se destaca muito bem deixando muitas bandas que também se enveredaram pelo estilo comendo poeira e como já foi dito as comparações com o Pantera nem tem razão de ser, pois são um equivoco, pois se toda a banda que utiliza-se de groove no seu som para torna-lo diferenciado for considerada uma cópia do Pantera ai o negócio fica difícil. Sem mais delongas indo direto ao que interessa, as faixas como Guilty, Ghost Walking contam com um interessante jogo de riffs aplicados pelos guitarristas Mark Morton e Willie Adler que estão afiadíssimos e os resultados aparecem por todo o álbum. 

A faixa The Undertown é pura violência sonora onde Randy Blythe rasga os ouvidos alheios com os gritos insanos nos refrões e as mudanças de andamento que alternam entre o pesado e cadenciado refletindo toda a agressividade do grupo. O experimentalismo que anda em voga no discurso e principalmente na prática no caso de algumas bandas e do Lamb Of God também e esse lado aparece em King Me que encerra o álbum de uma forma bem legal embora a faixa pura melancolia alternada com o peso característico do grupo onde a modernidade faz o seu discurso sem depor contra a imagem da obra. 

     
A banda vem se transformando ao longo dos anos e os álbuns que precederam Resolution são o registro mais claro é óbvio dessas mudanças que vem fugido dos clichês e lugares comuns fazendo do grupo uma banda diferenciada com um grande potencial a ser desvelado. E um dos pontos altos que deve ser ressaltado é que os caras não ficam em temas alienados ou fantasiosos, muito pelo contrário as letras são repletas de críticas a religião, sociedade e política também afinal de contas nada mais natural para uma banda de thrash metal que teve e ainda tem inúmeras bandas que seguem essa linha. 

E além de incorporar vários estilos procurando buscar um som ousado o que nos disa atuais virou uma obrigação sine qua non, os caras não param no tempo e ficam esperando a água bater na bunda como muitas bandas fazem e olha que em alguns casos são bandas que são um paradigma, mas o Lamb Og God hoje é mais do que uma opção para quem gosta de uma música mais ousada que sabe dosar com perfeição o passado e o presente e fazer um diálogo sonoro entre ambos e este resenha é apenas a resolução de tudo o trabalho destes caras, por isso afirmo com os dois pés no chão: imperdível, corra já atrás do seu! 

NOTA: 9,0      

Faixas: 

1. Straight for the Sun
2. Desolation
3. Ghost Walking
4. Guilty
5. The Undertow
6. The Number Six
7. Barbarossa
8. Invictus
9. Cheated
10. Insurrection
11. Terminally Unique
12. To The End
13. Visitation
14. King Me
     







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