O Grand Magus não é uma banda novata os caras estão na estrada desde 2001 quando lançaram o seu primeiro álbum e desde então vem crescendo significativamente passando por constantes transformações em em sua música e por isso começaram a despontar com o lançamento do álbum Iron Will (2008) e somente com o lançamento do álbum Hammer of the North (2010) e´que finalmente caíram nas graças da mídia internacional, pois a o álbum foi muito mais longe e confirma as mudanças que já vinham ocorrendo sucessivamente ao longos dos anos, mas ainda não haviam chegado ao seu auge.
O som destes suecos é uma mistura entre o heavy metal tradicional, o stoner e o doom metal cujo resultado é um som pesado e muito acima da média e a temática é mitologia nórdica que serve de pano de fundo para os caras detonarem som peso pesado deles que é arrebatador e de ser tocado o mais alto possível para que todos possam entender a mensagem do grupo que desde o início deixou claro que não haveriam concessões a serem feitas para se tornarem mais palatáveis cujo álbuns estariam matar a sede de um público maior e menos exigente que se contenta com qualquer coisa que leve o rótulo metal na sua embalagem.
E o novo trabalho de inéditas The Hunter, recém lançado vem para mostrar que o caras não abandonaram a proposta e continuam a caminhar para a frente sem preocupar com os resultados e também não é para menos e mesmo que este trabalho não seja um álbum inovador ele combina todos os elementos da banda e apresenta um som muito bem equilibrado e longe de qualquer comparação, pois no máximo o que encontramos aqui são ligeiras lembranças que servem apenas marcar as influencias que acompanham o grupo.
A abertura com Starlight Slaughter mantém a chama acesa do que é o bom velho metal além de fazer o principal, exprimi-lo em todos os seus sentidos e começando por guitarras e baterias cavalgadas num som bem rock 'n' roll cheio de peso totalmente matador e cativante e a seguir Sword of the Ocean é típica faixa para você bater cabeça com aqueles riffs cavalgados e como os caras são uma banda stoner também, as influências de Black Sabbath são obrigatórias, elas se apresentam numa trinca de tirar o fôlego começando pela cadenciada Vallhala Rising cujo os riffs são o elo condutor e explodem nos refrões totalmente emocionais, eis ai um bom diferencial já que se trata de uma banda que aborda como tema a sua cultura sem cair naqueles clichês como aqueles coros insuportáveis e na seqüência vem Storm King que consegue manter-se no esquema das bandas na NWOBHM com riffs consistentes e pesados muito bem equilibrados com a bateria pesada cheia de levadas insanas.
Fechando esta trinca de tirar o folêgo de qualquer ouvinte vem a poderosa Silver Moon cuja consistência dos riffs e dos vocais melódicos e agressivos que conduzem-se por um ritmo mais acelerado, mas não menos cativante e emocional e cheio de climas pesados que se alternam aos momentos cadenciados sem deixar a onda desmanchar. Já o resto do álbum formado pelas faixas The Hunt que apresenta uma introdução acústica e caí na sua faceta mais épica e dá uma relembrada em Manowar nos melhores dias de sua carreira e na seqüência outra faixa épica conduzida por violinos já num clima de folclore nórdico preenchem um bom espaço, pois seria estranho pela temática estes elementos culturais ficarem de fora, e depois vem num passagem mais calma de puro heavy metal, simplesmente encantador os climas de doom metal com os vocais beirando o gutural já Iton Hand é uma pedrada cuja estética é um heavy metal rápido e direto alternado com momentos mais cadenciados uma ótima faixa e finalizando o álbum temos Drakksadd um rock que entra direto e cheio de malícia digno dos mestres que possivelmente poderiam sentir uma leve inveja.
The Hunt é um álbum viciante, que mostra uma outra faceta da banda que soube trabalhar o que de melhor em si e por isso colocou nas mãos dos seus fãs talvez o melhor álbum de suas carreira daqui e um grande candidato a melhor do anos e mais uma vez não é exagero e sim uma obrigação dizer que o ano 2012 supera com larga vantagem o ano passado em termos de lançamentos com ótima qualidade e que como venho dizendo colocam no lixo aquele discurso conservador de que a música boa não existe mais e que ele só foi produzida na década de 1960/70 e 80 e que depois o que se viu foi um festival de porcarias que só apareceram para fazer dinheiro e embora isso seja relativamente verdade aqui temos mais uma prova que a música boa ainda existe e que ela tem futuro e o Grand Magus é um dos grandes expoentes destas bandas que atualmente não se amedrontaram e resolveram correr atrás para ver o que ia dar e por isso você leitor deve fazer o mesmo, pois é um bem que você fará a si próprio e por isso embarque nesta urgentemente enquanto ainda dá tempo, pois é hora de se libertar e ser feliz longe dos conservadorismos.
Faixas:
01. Starlight Slaughter 04:19
02. Sword Of The Ocean 04:28
03. Valhalla Rising 03:45
04. Storm King 03:31
05. Silver Moon 03:22
06. The Hunt 05:24
07. Son Of The Last Breath 03:50
08. Iron Hand 03:31
09. Draksådd 05:52
10. Silver Moon (Demo) (Bonus Track) 04:40
11. Storm King (Demo) (Bonus Track) 04:00
12. Sword Of The Ocean (Demo) (Bonus Track) 03:29
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