17 de agosto de 2012

Resenha de cd: Orange Goblin - A Eulogy For The Damned (2012)


Quando eu ouvi esse disco para fazer esta resenha eu ainda tinha em mente a idéia de que este seria mais um álbum altamente chupado do Black Sabbath e não é que eu me dei mal de novo e embora o Black Sabbath seja uma das grandes influências do Orange Goblin, o Motörhead também o é e o mix de estilos também comparece aqui, pois algo das 10 faixas desta pedrada sonora transitam pelo psicodélico e o grooves também aparecem e o rock e metal se entrelaçam perfeitamente criando um atmosfera cativante sem exageros de qualquer espécie. 



Simplicidade total é o que podemos dizer de "A Eulogy For The Damned" do Orange Goblin que coloca um ponto final no silêncio que já durava 5 anos e para alegria dos fãs retorna em grande estilo com um álbum baseado no puro simples rock e metal pesado e devastador enfim é um álbum direto e reto. É o melhor álbum da carreira dos caras até o presente momento totalmente equilibrado no que tange as composições não há nada que desabone o disco, mas parece que existe um distanciamento consciente do Stoner, pois a banda esta procurando por sua identidade. 

E essa busca incessante fez com que os músicos nem se preocupassem ou tivessem medo de busca rumos mais sóbrios, pois o som apresenta uma produção mais limpa embora mantenha a sua agressividade intacta e o guitarrista Joe Hari, torna o som um verdadeiro oásis para as linhas de guitarra que fazem o peso acontecer e demolir a cozinha comandada pelo baixista Martyn Millard e suas poderosas linhas que funcionam como uma espécie de guitarra base e a bateria de Chris Turner cheia de viradas matadoras se sobre saem. 


Composições excelentes é o que não falta nesse petardo e para começar a lista já vamos com a dupla "The Fog", "Acid Trial" cujos os riffs pesados colocam para fora a face mais brutal e diabólica do grupo. Já em "Death of Aquarius" o grupo tem o seu grande hit e ai podemos encontrar a máquina de destruição, cujo andamento arrastado e super pesado anunciam o apocalipse da paz e do amor é puro devaneio e loucura ensurdecedora ao extremo. Em "Bishop Wolf" um tema bem no clima Black Sabbath solos e riffs bem encaixados são a corrente condutora das ondas eletrificantes do grupo e ai vai a linha sombria e delirante do álbum. Aliás devemos ressaltar o lado na linha Southern rock, mas aqui é metal Southern cuja faixa "Save Me From Myself" é um tributo insano as melodias agressivas que cativam e colocam o ouvinte em sintonia com  a década de 1970, onde o Lynyrd Skynyrd e o The Allman Brothers Band lideravam a revolução sonora do sul. O álbum fecha brilhantemente com a melancólica "A Eulogy For The Damned" uma verdadeira epopéia sonora cuja introdução acústica da vez a uma massa sonora pesada que explode com os vocais de Ben Ward que é um dos grandes vocalista deste estilo e não será surpresa vê-lo do lados heroís da modalidade. 

Sem se desligar do seu passado o Orange Goblin conseguiu superar os álbuns Time Traveling Blues (1998) e Coup de Grace (2002) que até então eram os gigantes da discografia do grupo e o que nos resta daqui para frente é dar uma chance para estes britânicos mostrarem o seu som potente e vibrante que ainda vai surpreender muito se continuar explorando as possibilidades que os tempos atuais oferecem aos montes para quem não tem medo de ousar e por isso você também deve sair do seu casulo e dar uma chance para estes britânicos e de fazer o que eles fizeram explorar as possibilidades da atualidade e se você tem alguma dificuldade comece por este álbum, pois já um começo com diversão garantida.   

NOTA: 9,5

Faixas:
  1. Red Tide Rising
  2. Stand For Something
  3. Acid Trial
  4. The Filthy and the Few
  5. Save Me From Myself
  6. The Fog
  7. Return to Mars
  8. Death of Aquarius
  9. Bishop's Wolf
  10. A Eulogy for the Damned






 
        
  
         












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