O Iron Maiden é
uma banda que se especializou em lançar ótimos discos ao vivo, desde Live After
Death, de 1985, o clássico supremo, os britânicos apresentam trabalhos que ao
contrário de muitos valem cada centavo, ou seja, não são os terríveis caça
níquel. Nos anos de 1980, os caras lançaram álbuns que se transformaram em
referência logo de imediato, sete discos de estúdio do nível mais alto. É até
dispensável fazer qualquer outra consideração a respeito de cada de um deles,
pois é... seria redundante discorrer sobre um The Number of the Beast (1982) ou um
Powerslave (1984) e os demais para recontar a devida importância. Depois de 1986, em 1988, o Iron Maiden fechou a
década de 1980 com Seventh of the Seventh Son, um disco que os deixou de bem
com o público que havia a dois anos atrás torcido para o Somewhere in Time, um
ótimo disco que acabou entrando para o hall dos álbuns injustiçados (leia aqui).
A turnê de
promoção do Seventh of the Seventh Son teve sucesso absoluto com apresentações
lotadas, na base do sold out, por onde passou. O registro dessa turnê pôde ser
conferido no vídeo (VHS) chamado Maiden England que foi lançado em 1989, o show
gravado que compõe o material foi gravado nos dias 27 e 28 de novembro de 1988,
na casa de shows Birmingham Nec, Inglaterra, cinco anos mais tarde ganhou a
primeira versão em cd com apenas 13 faixas menos do que o home vídeo, pois em
1994 um compact disc suportava apenas 74 minutos de gravação, e por isso as
faixas Run to The Hills, Running Free e Sanctuary ficaram de fora inclusive do
VHS devido a tecnologia da época.
Em 2013, a banda
teve a ideia genial de relançar esse material, Maiden England ‘ 88 dessa vez veio
ao mercado completo, ou seja, as três faixas foram inclusas nas versões em dvd,
lp e cd, os fãs puderam pela primeira vez ter o material completo para ouvir e
assistir. Esse material marca a despedida de Adrian Smith que só voltaria a
Dama de Ferro junto com Bruce Dickinson em Brave New World, de 2000, como um
sexteto, ou seja, passaria a ser um trio de guitarras. O track list do álbum
inclui quase todo o Seventh of the Seventh Son, era o auge da banda, as versões
que nele constam são definitivas e deixam aquele gostinho de nostalgia no ar.
São 18 faixas de
mais puro e convincente Heavy Metal trampado até o último detalhe, os
destaques? Nem perca tempo com isso. Apenas ouça e divirta-se e viaje no som e
tente imaginar como foram os anos 80, o que é que os caras faziam e como faziam
para trazer das profundezas de suas mentes esse som cósmico, brilhante que arrasava corações, as mentes, deixava fora de si o ouvinte, os shows lotados e toda
aquela parafernália delirante traduzida em riffs e mais solos, bateria e baixo
massacrantes. No fim de tudo o que fica é o gostinho de ter um registro de como
eram bem quentes e emocionantes as apresentações do Iron Maiden, um dos
gigantes que ainda hoje caminha sobre o globo lançando álbuns espetaculares
sejam eles de estúdio ou ao vivo.
Sinta na pele,
na mente, arrepie-se ao som The Number of the Beast, a energia punk de Iron
Maiden, Running Free, e Sanctuary que ganharam mais emoção na voz carregada de
melodia de Bruce Dickinson. É para sentar e sonhar, ou seja, delirar, babar em
faixas definitivas que exprimem o alfabeto do que é o heavy metal como é o caso
de The Evil That Man Do, a lição da faixa Seventh Son of the Seventh Son com
todas as suas variações que te faz parecer estar dentro de um labirinto com
clima de filme de suspense, tipo o Iluminado. Faixas como Heaven Can Wait e
Wasted Years desmontam o mito de que Somewhere in Time era um disco ruim, as
duas se sobressaem e mostram que o Iron Maiden era uma mais do que uma banda, ou seja, uma entidade, que estava muito acima
da média e quiça naquele momento estava até a frente do seu tempo.
O defeito do
track list é ter deixado de fora faixas do Powerslave, constam as faixas de álbuns como
Iron Maiden (1980), Killers (1981), The Number of the Beast (1982), Peace of
Mind (1983) do qual foram tomadas “emprestadas” Still Life que conta uma versão
belíssima que se desmancha em pura virtuose, e Die With Your Boots On, uma
faixa que se destaca pelas melodias e pelos vocais que colocam emoção até naqueles que se encontram em estado de letargia, ou seja, é enlouquecedor, e não
para por aí a lista de álbuns se encerra com o antecessor, porém o de 1988
com The Clairvoyant, Infinite Dreams, uma linda balada, Moonchild, uma abertura
acertada dado o ritmo acelerado das apresentações, mostra que este funcionou perfeitamente
nesse formato, ele foi feito para isto é o que se pensa depois de uma boa
audição, lá no final percebe-se que mesmo com as ausências reclamadas não perde o status de clássico.
O que se vê em
relação aos lançamentos ao vivo são faixas que aparentemente são pouco
lembradas nos set lists do grupo, porém, mesmo assim, apesar de estar um nível
abaixo de Live After Death (1985), esse álbum surpreende pela energia destas
canções que ganharam essas versões mais do que empolgante que ao mesmo tempo
cativam e que deixam-te de frente com esta lição do que é heavy metal. Todos os álbuns
do Iron Maiden reforçam e afirmam que Steve Harris é um dos maiores ou talvez o
maior de todos os compositores que já surgiram no heavy metal, o cara é genial
no ofício. O disco ganhou nova arte gráfica, mas infelizmente a anterior é bem mais bonita e bem mais sombria e reflete mais do que a atual o estado de espírito desta entidade chamada Iron Maiden.
O Iron Maiden ainda embarcou em turnê para promover esse disco levando consigo cenário para cada música corresponde com o disco que estava sendo homenageado. Enfim, um show do Iron Maiden é mais do que um simples show, ele é um espetáculo que mostra não mais uma banda mais um mito que a cada época consegue se reinventar sem estar de pés e mãos atados ao passado e, que, portanto, faz o que bem entende e faz como ninguém, mantem-se de pé com a criatividade em alta e que é refletida em pleno século XXI desde o seu renascimento em Brave New World até o atual The Book of Souls. Enfim este é um álbum obrigatório para qualquer cara e qualquer garota que se digam fãs da Donzela de Ferro, ouçam ele só que não percam tempo comparando, pois assim como o Live After Death é um clássico que ressurge para reclamar o seu devido lugar, ou seja, ele não é injustiçado e, sim, hum, esquecido, mas depois de tudo isto você tem que pega-lo e ouvir e o resto você já sabe.
O Iron Maiden ainda embarcou em turnê para promover esse disco levando consigo cenário para cada música corresponde com o disco que estava sendo homenageado. Enfim, um show do Iron Maiden é mais do que um simples show, ele é um espetáculo que mostra não mais uma banda mais um mito que a cada época consegue se reinventar sem estar de pés e mãos atados ao passado e, que, portanto, faz o que bem entende e faz como ninguém, mantem-se de pé com a criatividade em alta e que é refletida em pleno século XXI desde o seu renascimento em Brave New World até o atual The Book of Souls. Enfim este é um álbum obrigatório para qualquer cara e qualquer garota que se digam fãs da Donzela de Ferro, ouçam ele só que não percam tempo comparando, pois assim como o Live After Death é um clássico que ressurge para reclamar o seu devido lugar, ou seja, ele não é injustiçado e, sim, hum, esquecido, mas depois de tudo isto você tem que pega-lo e ouvir e o resto você já sabe.
Track List:
CD1
01 Moonchild
02 The Evil That Man Do
03 The Prisioner
04 Still Life
05 Die With Your Boots On
06 Infinite Dreams
07 Killers
08 Can I Play With Madness
09 Heaven Can Wait
10 Wasted Years
CD2
01 The Clairvoyant
02 Seventh Son The Seventh Son
03 The Number Of The Beast
04 Hallowed Be Thy Name
05 Iron Maiden
06 Run To The Hills
07 Running Free
08 Sanctuary
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