Há exatamente 20 anos atrás, eu tive o privilégio de conhecer o terceiro álbum do Wishbone Ash, mas com um detalhe eu descobri sozinho e nem sabia do que se tratava e por isso foi uma grande surpresa quando, eu cheguei em casa com esse disco, que eu apenas admirava a capa, pois eu o tinha comprado justamente por causa dela, mas quando finalmente coloquei o álbum para tocar tive uma surpresa imediata porque além do som não ser pesado como era o Black Sabbath, Led Zeppelin, Deep Purple e mais algumas, o som desses caras era super trabalhado, super complexo, e as guitarras com seus longos solos me deixaram doido na hora. E quando eu me debrucei sobre a história da banda, afim de saber quem eram esses britânicos eu fiquei de cara com as informações de um amigo que havia me dito que esta era uma das influência do Steve Harris, do Iron Maiden e que a banda estava ligada ao tal rock progressivo.
Como o tempo passa e o conhecimento sobre os nossos artistas favoritos só aumenta, eu descobri que esta banda fazia parte de um grupo que não é pequeno cujos álbuns lançados não tiveram o reconhecimento devido e sempre andaram a margem do cenário de suas época e aos trancos e barrancos foram sobrevivendo em meio vários álbuns regulares e irregulares e inúmeras trocas de músicos em sua formação, que querendo ou não é responsável em alguns casos, pela mudança na direção musical. E hoje depois da milésima audição, eu resolvi fazer um texto para homenagear este álbum, que está no alto de seus quarenta anos e continua com a mesma importância que tinha lá atrás e por isso espero que depois deste texto ele possa fazer parte de sua coleção física, pois uma recomendação que eu me permito fazer não ouça esse álbum em mp3,somente faça essa audição nos formatos cd e lp.
Para quem não sabe o Wishbone Ash é uma banda inglesa, e é, um representante de uma época mágica quando surgiu neste país os gêneros hoje conhecidos como: Hard Rock, Heavy Metal e Rock Progressivo que dominaram as paradas musicais dessa década e como já é de nosso pleno conhecimento, nos legaram grandes clássicos que figuram nas nossas estantes e prateleiras de discos em ambos formatos. A grande estréia da banda ocorreu com o álbum Wishbone Ash (1970), onde a banda praticava um som super pesado calcado no blues, no jazz e as composições longas e complexas baseadas numa dupla de guitarras, que ficou conhecido pelo termo de guitarras gêmeas e acabou influenciando outras bandas também. O segundo álbum de Philgrim (1971), segue a mesma linha do anterior e assim como anterior abraçava-se com o psicodélico também e o resultado foi um álbum forte, pesado e também emocional cheio de melodias memoráveis.
Em 1972, a banda estava prestes a lançar o seu terceiro álbum, que traria mudanças consideráveis na sonoridade da banda e para a larga maioria dos apreciadores do trabalho deste grande grupo britânico de longe é o melhor trabalho que eles já fizeram, em sua carreira e como já foi dito antes neste ano chegou aos seus quarenta anos de idade. As faixas de Argus ultrapassam o bom gosto, e dão uma aula de virtuosismo, de técnica e principalmente da capacidade de Martin Turner (baixo, vocais), Andy Powell (guitarra, vocais), Ted Turner (guitarra e vocais) e Steve Upton (bateria), pois os caras botavam as pessoas para refletir e por isso as músicas são: cativantes, sedutoras e irresistíveis devido a sua complexidade que podemos dizer sem exageros é apaixonante.
Aqui estamos falando de um álbum e de uma banda singular e por isso já fica fácil entender que este tipo de som não se encontrava em qualquer esquina da Inglaterra e muito de qualquer lugar do eixo Europa e América do Norte. O lado A, começa com a faixa "Time Was" que sem qualquer dúvida é um dos pontos mais altos do trabalho e também é uma das mais longas e mais complexas, cujo começo é acústico, com violões e trás uma bela triangulação do violão, do baixo e da voz do trio Martim, Ted e Turner e de suas guitarras cheias de efeitos, e justamente por isso não é bobagem dizer que ela é uma das mais importantes. A canção pelo fato de ser complexa ela muda parte mais calma e tranquila para o rock mais pesado que a domina por alguns momentos e derrepente volta as partes mais lentas intercalando-se entre ambos os momentos e os solos tanto das guitarras de Ted em companhia dos seus companheiros de banda.
A letra e as melodias ficam marcadas na cabeça do ouvinte é impossível não querer interagir com a música ainda mais quando começa o segundo solo, só que desta vez quem dá a cara a tapa e bota a guitarra para trabalhar é Powell e na volta a letra é cantada pela dupla de guitarristas e lá vem mais solos em meio as viradas de bateria de Upton e a canção se encerra com um gostinho de quero mais. A segunda faixa "Something World" é uma balada que arrepia devido ao fator emocional que ela imprime no ouvinte, pois desde a introdução os dedilhados de violão e o ritmo daí proveniente somados aos dueto de Ted e Martim e as levadas de bateria de Steve Upton o lance fica simples e tranquilo e o ponto alto novamente rola na hora dos solos que anunciam a pauleira que pega fogo instantaneamente e o destaque fica para dupla responsável pela cozinha Martin e Upton cuja velocidade que imprimiram nessa parte rítmica deram mais gás para que o guitarrista Turner pudesse rasgar a vontade nos solos.
A última do lado A, "Blowing Free" que na verdade é uma canção bem mais simples que as anteriores, também tem seus méritos e não fica a dever nada as suas companheira se o trabalho em cima dela, ou seja, os méritos se dividem entre o quarteto começando pelos riffs inteligentes e matadores que vão derrubando tudo o que encontram pelo caminho, pois a idéia é não deixar pedra sobre pedra. O baixo de Martin e os seus vocais são acompanhados pelas guitarras que funcionam como uma espécie de pano de fundo que vão fazendo algumas intervenções, ou seja, aparecem de maneira mais discreta sem tanto alarde como nas faixas anteriores e por tudo o que podemos extrair dessa canção a primeira que ela é na verdade uma aula de melodia pelos solos e riffs de guitarra das guitarras gêmeas que inclusive fecham esta canção com toda a classe.
O lado B em nada se assemelha ao lado A, enquanto no primeiro temos músicas mais calmas, tranquilas e complexas neste lado encontramos o lado mais pesado e hard rock típico da década de 1970. A primeira faixa deste lado é "The King Will Come" que é um verdadeiro hard bem pesado e marcado pelos riffs e solos longos, viajantes e super complexos de Powell que sem só e muito menos piedade massacra o pedal wah wah e o baixo como sempre marca presença e com destaque. Na verdade este lado é uma espécie de volta aos primeiros álbuns marcados pelo som pesado, mas menos cru e mais polido.
Na seqüência vem "Leaf and Stream" que parece funcionar como um prelúdio para a faixa seguinte e funciona da seguinte maneira: Um pandeiro e alguns dedilhados de guitarra, marcados pelo baixo e os vocais. A canção tem um clima viajante pelos solos e conjunto instrumental que a compõe é mais uma aula de arranjo musical que funcionou muito bem e mostra a inteligência dos caras para compôr faixas melódicas e mais simples sem os elementos complexos das faixas mais longas que encontramos neste trabalho. A terceira faixa deste lado "Warrior" começa com belos riffs de Turner e abre passagem para os solos alucinados de Powell, marcados por um clima sombrio cheio de variações instrumentais. Os vocais de Martim saem das caixas de som para hipnotizar e aliado as variações das guitarras e o ponto central da música explode nos refrãos com os solos individuais da dupla de guitarristas.
A missão de fechar, o álbum ficou para "Throw Down the Sword" que aparece na jogada como uma continuação da penúltima faixa, com as guitarras gêmeas em ação mandando seus dedilhados e bem acompanhadas pela bateria que marca bem o ritmo da faixa e claro que é um dos destaques deste disco, pois é uma daquelas para você sentar acender um cigarro e refletir viajando com os britânicos através do instrumental sombrio e os duetos de Martin e Turner falam alto e realçam o clima singelo desta faixa com o apoio dos solos complexos das guitarras gêmeas que se fazem presentes de maneira brilhante e nos teclados temos a participação especial de John Tout (Renaissance), que coloca termo a obra destes caras.
A letra e as melodias ficam marcadas na cabeça do ouvinte é impossível não querer interagir com a música ainda mais quando começa o segundo solo, só que desta vez quem dá a cara a tapa e bota a guitarra para trabalhar é Powell e na volta a letra é cantada pela dupla de guitarristas e lá vem mais solos em meio as viradas de bateria de Upton e a canção se encerra com um gostinho de quero mais. A segunda faixa "Something World" é uma balada que arrepia devido ao fator emocional que ela imprime no ouvinte, pois desde a introdução os dedilhados de violão e o ritmo daí proveniente somados aos dueto de Ted e Martim e as levadas de bateria de Steve Upton o lance fica simples e tranquilo e o ponto alto novamente rola na hora dos solos que anunciam a pauleira que pega fogo instantaneamente e o destaque fica para dupla responsável pela cozinha Martin e Upton cuja velocidade que imprimiram nessa parte rítmica deram mais gás para que o guitarrista Turner pudesse rasgar a vontade nos solos.
A última do lado A, "Blowing Free" que na verdade é uma canção bem mais simples que as anteriores, também tem seus méritos e não fica a dever nada as suas companheira se o trabalho em cima dela, ou seja, os méritos se dividem entre o quarteto começando pelos riffs inteligentes e matadores que vão derrubando tudo o que encontram pelo caminho, pois a idéia é não deixar pedra sobre pedra. O baixo de Martin e os seus vocais são acompanhados pelas guitarras que funcionam como uma espécie de pano de fundo que vão fazendo algumas intervenções, ou seja, aparecem de maneira mais discreta sem tanto alarde como nas faixas anteriores e por tudo o que podemos extrair dessa canção a primeira que ela é na verdade uma aula de melodia pelos solos e riffs de guitarra das guitarras gêmeas que inclusive fecham esta canção com toda a classe.
O lado B em nada se assemelha ao lado A, enquanto no primeiro temos músicas mais calmas, tranquilas e complexas neste lado encontramos o lado mais pesado e hard rock típico da década de 1970. A primeira faixa deste lado é "The King Will Come" que é um verdadeiro hard bem pesado e marcado pelos riffs e solos longos, viajantes e super complexos de Powell que sem só e muito menos piedade massacra o pedal wah wah e o baixo como sempre marca presença e com destaque. Na verdade este lado é uma espécie de volta aos primeiros álbuns marcados pelo som pesado, mas menos cru e mais polido.
Na seqüência vem "Leaf and Stream" que parece funcionar como um prelúdio para a faixa seguinte e funciona da seguinte maneira: Um pandeiro e alguns dedilhados de guitarra, marcados pelo baixo e os vocais. A canção tem um clima viajante pelos solos e conjunto instrumental que a compõe é mais uma aula de arranjo musical que funcionou muito bem e mostra a inteligência dos caras para compôr faixas melódicas e mais simples sem os elementos complexos das faixas mais longas que encontramos neste trabalho. A terceira faixa deste lado "Warrior" começa com belos riffs de Turner e abre passagem para os solos alucinados de Powell, marcados por um clima sombrio cheio de variações instrumentais. Os vocais de Martim saem das caixas de som para hipnotizar e aliado as variações das guitarras e o ponto central da música explode nos refrãos com os solos individuais da dupla de guitarristas.
A missão de fechar, o álbum ficou para "Throw Down the Sword" que aparece na jogada como uma continuação da penúltima faixa, com as guitarras gêmeas em ação mandando seus dedilhados e bem acompanhadas pela bateria que marca bem o ritmo da faixa e claro que é um dos destaques deste disco, pois é uma daquelas para você sentar acender um cigarro e refletir viajando com os britânicos através do instrumental sombrio e os duetos de Martin e Turner falam alto e realçam o clima singelo desta faixa com o apoio dos solos complexos das guitarras gêmeas que se fazem presentes de maneira brilhante e nos teclados temos a participação especial de John Tout (Renaissance), que coloca termo a obra destes caras.
A capa do álbum do álbum foi feita pela empresa mais do que conhecida no meio do rock que fez as capas para bandas como Led Zeppelin e Ufo, a Hypgnosis e olhando a paisagem em volta casa perfeitamente com o conceito do álbum. Com este álbum o Wishbone Ash havia atingido um grande pico de sucesso e exposição, pois tanto como os críticos, os fãs o consideram o magum opus do grupo em toda a sua extensa discografia e mais tarde no ano de 1973, a banda lançou o seu primeiro álbum ao vivo, o Live Dates e nele estão três faixas clássicas deste álbum "The King Will Come", "Warrior", "Throw Down the Sword" e ainda conta um mais simples e que não teve o mesmo sucesso das demais "Blowing Free" no segundo disco já que este é um álbum duplo.
Argus foi eleito em 1972, pela revista Sounds o álbum do ano e apresenta uma perfeita fusão do hard rock, pop e rock progressivo mistura da qual a banda iria se servir durante o decorrer da década, mas sem obter o mesmo sucesso e devido as instabilidades a banda acabaria ficando esquecida. Com o passar dos anos o material do Wishbone Ash foi sendo descoberto e redescoberto pelas gerações mais novas, que passaram a revisa-lo e nesse meio estava Argus que voltou a brilhar forte ao sol para que a sua importância pudesse ser revelada aqueles, que ainda não o conheciam e passaram a conhecê-lo e ele deixou de ser apenas o disco de referência do Steve Harris, pois trata-se de um álbum verdadeiramente clássico e que merece vir a lume porque é um dos maiores álbuns de rock já gravados e não uma mera raridade de museu nas coleções espalhadas mundo afora.
Como eu já disse que trata-se de um clássico, portanto é uma obra perfeita e que merece estar não apenas nas coleções como uma raridade, ele pode e deve ser ouvido, pois é tipo que uma obrigação, ou seja, um ponto de honra de qualquer pessoa que se diga fã de rock pelo menos fazer uma audição para pelo menos entender a sua importância no rock, metal entre outros, pois daí em diante quando você ouvir grupo como: Judas Priest, Iron Maiden e das demais bandas britânicas da década de 1980, que iniciaram o NWOBHM poder compreender porque alguns álbuns são eternas referências.
Faixas:
A1. Time Was
A2. Sometime World
A3. Blowin' Free
B1. The King Will Come
B2. Leaf and Stream
B3. Warrior
B4. Throw Down the Sword
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