Recentemente Rick Forino
editor chefe da ARTISTdirect.com, entrevistou o roqueiro e cineasta Rob Zombie,
que contou ao repórter detalhes sobre o seu próximo filme que em breve estará
em cartaz nos cinemas e também falou sobre o seu próximo álbum de estúdio.
ARTISTdirect.com: Como
estão os trabalhos de “The Lords Of Salem”?
Rob: Eu já estou na fase
final, ou seja, estou dando o acabamento final. Os designers de som ainda estão
criando mais alguns efeitos sonoros para o filme e depois que estiver pronto,
eu irei para o estúdio para realizar o processo de masterização e mixagem do
som final para o filme e depois disso tudo finalmente estará pronto.
ARTISTdirect.com: Em “Helloween
II” você seguiu um caminho voltado para o lado mais sombrio, obscuro e
aterrador. Você voltará a trilhar estes caminhos psicológicos com “The Lords Of
Salem”, “The Devil´s Reject” e “House Of 1000 Corpse”, que são mais vicerais?
Rob: Este filme é definitivamente
alucinante e torurador é para queimar lentamente o cérebro dos espectadores. Ainda
as pessoas não o viram, mas eu fiz os meus testes com elas. É um filme estranho
e que de alguma maneira irá afetar. Quando você for assistir verá que existe um
grande intervalo entre os acontecimentos e na verdade quando você começar a
perceber o que está acontecendo, você verá que você está sendo sugado para
dentro do filme do rítmo dele. Eu notei ao longo do tempo que existem filmes
que te deixam cheio de medo e terror com o rítmo que ele desenrola as suas ações.
Os filmes modernos são editados exatamente para serem vistos de acordo com o
gosto do público, pois existe um controle de tudo o que você está assisitindo.
Haverá apenas uma em cena no filme “O Iluminado” que demorará uma eternidade para
ser completada, mas o filme começa a mexer com você (te deixando com medo e
aterrorizado) lentamente enquanto você vai assistindo parte por parte. Esse é
um tipo de recurso que funciona muito para o cinema, ou seja, para os filmes
deste gênero. Não é algo do tipo que você diz “Oh meu Deus, como é tão
assustador!”. Não ele é um filme pertubador longo e lento e quando ele terminar
as pessoas irão se sentir atordoadas. E eu pensei que eles odiaram o filme, mas
também se for assim dane-se, e para a minha surpresa no dia seguinte comecei a
receber ligações dizendo “Desculpe, eu saí. Eu não sabia o que dizer. Eu tive
que ir para casa digerir isso” e o resultado é que eu fui chamado para uma
conversa. Com esse filme eu queria sair dos padrões, quebra-los ir para outros
lugares que ainda fossem inéditos, pois a minha idéia sempre foi realmente
romper com ele e fazer um filme realmente psicologico que entrasse na mente das
pessoas.
ARTISTdirect.com:
Aqueles velhos e bons filmes em preto e branco como: “Horror Hotel” e “The Old
Dark House”, também foram constituídos na mesma concepção dos seus filmes. Mas
no final é sempre compensador.
Rob: Sim é um presente
especial, é o efeito cumulativo de todas as coisas que aconteceram. Muitas
coisas pequenas e portanto loucas aconteceram por todo o caminho. Não é uma
coisa legal quando você está sendo arremessado para fora do seu assento. Pois a
forma como ele se desenrola é como se fosse parte de uma sessão de tortura
chinesa.
ARTISTdirect.com: Como
estão os preparativos para o seu novo álbum, ele será lançado junto com o
filme? Parece que esta é a banda mais entrosada que você já teve? Isso se
traduzirá, ou seja se confirmará quando você estiverem trabalhando no estúdio?
Rob: Este é um momento
especial para mim. Estou muito animado. Eu sei que todo mundo diz: “Nosso novo
disco é sempre o nosso melhor disco” e isso é puro clichê, mas eu sinto que
este disco que iremos fazer é algo especial um passo diferente na minha
carreira. Agora se vai ser o melhor o nosso melhor disco não sou eu quem irá
decidir isso. Com o White Zombie quando fizemos o “Astro-Creep: 2000” foi um momento especial
para a banda. Com o meu primeiro álbum solo “Hellbilly Deluxe”, eu sentia que
aquilo era um momento chave para mim. Enfim eu não tenho mais esse tipo de
sentimento. Eu apenas pensava que os outros álbuns que eu havia feito no
passado era apenas bons álbuns que tinham grandes canções. As pessoas gostaram,
mas cada registro tem a sua própria mágia e por isso cada um tem um sentimento
diferente. Não foi assim até esse álbum, eu senti a revelação de que seriam páginas
que vinha virando e cada uma terminava eu escrevia um novo capítulo. Esse é um
registro importante para mim. Isso é muito emocionante. Muito disso que estou
vivenciando agora se deve a todas as pessoas que estão trabalhando comigo
agora.
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