28 de outubro de 2012

Resenha de cd: Neil Young & Crazy Horse - Psychedelic Pill (2012)


Neil Young e a sua parceria com Crazy Horse começou muito bem o ano de 2012, com o lançamento do álbum Americana onde fez uma releitura de uma série de cantigas norte americanas e através delas tinha como objetivo contar a história da música e do país e o resultado foi muito bem sucedido pelo menos de minha parte considero que o mestre foi muito feliz e acertou em cheio no tema proposto para esse trabalho. Mas a grande surpresa veio com anúncio que retomada da parceria com o Crazy Horse renderia um ábum de inéditas, novinho em folha, pois o último trabalho dessa clássica e histórica parceria tinha lançado o álbum Greendale (2003), há nove anos e o mais surpreendente é que foi anunciado também que o novo trabalho dessa parceria seria um álbum duplo. 



O álbum Psychedelic Phil vem a lume trazendo todos os elementos que consagraram a banda cuja bagagem trás clássicos como: Everybody Knows This Is Nowhere (1969) e Zuma (1975) e o bem sucedido Sleeps with Angels (1994). As faixas alternam-se entre as mais longas e as mais curtas e no caso da primeira opção elas mais se assemelham a longas jams como a faixa "Drifitin' Back" que trás as distorções de sempre e tem uma melodia agradável e os seus mais de vinte e sete minutos passam rápido e o mais importante não dão náuseas e muito menos enjoam, aliás deixam aquele vontade de quero mais. 

Na seqüência vem a faixa título com seus efeitos de guitarra que criam uma atmosfera psicodélica e a bateria desta vez está mais pesada, mais forte. Já na faixa "Ramada Inn" temos de volta as guitarras mais distorcidas e os vocais de Neil Young aparecem bem mais melódicos e inteligíveis enfim a sonoridade fica dentro do country  e por falar nesse gênero a faixa Born in Ontario se inscreve perfeitamente neste estilo que sempre permeou as composições de Neil Young onde quer e com quem ele estivesse compondo, gravando e etc. 

        
Abrindo o segundo disco vem Twisted Road outra composição clássica e também country com um apelo mais pop e não conta com as distorções de guitarra embora a bateria esteja mais pesadona e marcando bem em cima, ou seja é uma excelente canção e um pouco simples demais. Retomando as distorções na guitarra e com bons refrões aparece She's Always Dancing que trás de volta o clima dos dias clássicos do final da década de 1960, quando lançaram o primeiro álbum e os solos bem melódicos são os pontos altos deste trampo. Uma balada tinha que ter, como reza a tradição de Neil Young que nos apresenta a  faixa For the Love of Man que por sinal é muito bem executada pela banda. 

E fechando a obra vem a faixa Walk Like a Giant que conta com os assobios bem legais no seu começo e as distorções da guitarra continuam lá firmes e fortes e assim como demais faixas longas tem aquela cara de jam e trás de volta área hippie dos anos 70, que o velho mestre sempre fez questão de trazer consigo ao longo de sua brilhante carreira. Psychedelic Pill nada verdade trás um apanhado de tudo o que já foi por esta parceria que soube muito reciclar e re-embalar mais um excelente álbum digno de toda a atenção dos fãs e que com certeza tem muito a dizer nos tempos atuais e de maneira brilhante Neil Young & Crazy Horse fecham a sua participação no ano de 2012, e a pílula psicodélica está a sua espera, mas fique tranqüilo que esta faz efeito e dos bons.   

NOTA: 9,5

Faixas: 

Disco 1: 

01. Driftin' Back
02. Psychedelic Pill 
03. Ramada Inn 
04. Born in Ontario 

Disco 2: 

01. Twisted Road 
02. She's Alaways Dancing 
03. For the Love of Man          
04. Walk Like a Giant 








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