Este disco é uma volta em grande estilo a década de 1970, o vocalista Chris Robinson mandou muito bem até porque talento ele tem sobrando é só olhar os trabalhos ao lado The Black Crows, mas aqui neste álbum o lance é diferente, pois disco caminha para outras paragens ainda mais por ser um álbum cujo conteúdo cósmico e espiritual revelam um Chris Robinson profético e apocalíptico tudo ao mesmo tempo tão necessário e urgente que nem dá para ignorar.
Quando eu peguei o Big Moon Ritual, eu me lembrava da década de 1970 na mesma hora e pensava nossa que mergulho profundo no passado, mas qual é o objetivo de se fazer essas regressões? Seria só insatisfação com o presente? senão o que seria então essa volta?. Enfim essa resposta eu não sei se é possível obtê-la, mas quando eu ouço o disco lá eu vejo o rock psicodélico e progressivo, um pouco do Southern e claro do Hard Rock o lidiquificador desta fez bateu tão bem todas essas frutas que o resultado foi um som muito bem equilibrado.
O disco é um apanhado de grandes idéias boa e já é um motivo muito bom para você se sentar com calma e ouvir este material e refletir muito sobre o mundo atual e todas as suas contradições sem preocupar com nada e apenas relaxar no fundo de sua poltrona e delirar nas sete longas e deliciosas faixas do álbum que com certeza vão te levar a lugares que ainda provavelmente você ainda não foi. Aqui o passado nunca pareceu tão relevante, ou seja, tão atual envolvente e penetrante que você já se sente abduzido para este mundo tão distante que na verdade não está tão longe se você parar para olhar a sua volta e esquecer de todas as convenções sociais que nos obrigam todos os dias a rezar as mesmas cartilhas com seus ideais e projetos de vida furados.
O grupo formado por músicos como Adam MacDougall (tecladista do Black Crowes), George Sluppick (bateria), Mark "Muddy" Dutton (baixo) e Neal Casal e claro por Chris Robinson fizeram música de verdade além de todas as expectativas, pois muitos pensaram que o grupo seria uma extensão do Black Crowes ou algo parecido, mas não foi não e as faixas do álbum estão ai para dizer isso. O disco é realmente grande ritual que só tem uma preocupação celebrar a vida e refleti-la ao máximo que você puder fazer sem preocupações, pois os destaques se dividem igualmente entre todos os integrantes entre as faixas é a mesma conversa.
Mas mesmo que as faixas estejam todas no mesmo nível ainda existem aquelas que você mais gosta e neste caso eu ressalto três faixas que na minha opinião resumem o que é este disco: Tomorrow Blues, Reflections On a Broken Mirror e Star Or Stone. O disco é muito prodigioso, pois de fato ele tem sua razão de ser e as mensagens são realmente pertinentes porque as pessoas tem que parar para pensar e questionar o que é necessário e o que não é também embora muitos pensem que só por isso o Chris Robinson quer tomar para si o papel de profeta estão enganados, pois esta coletânea de mensagens "Hippie" já estão ai no cotidiano para quem quiser ver e escutar aqui ele só faz o que todo mundo geralmente costumar fazer quando esta discutindo um assunto: coloca a sua opinião sobre os fatos.
Big Moon Ritual é apenas um convite para você repensar o que vale ou não apena na sua vida e assim reavaliar se é necessário andar de carro importando, vestir apenas roupas de grife entre outros. A vida tem muitas coisas legais para serem vistas e vividas fora desse mundinho consumista cheio de paranóias e opressor por natureza, utilitarista e anti-democrático. Faça apenas o seguinte chame um amigo, ou sua namorada para ouvir o disco abram uma garrafa de qualquer bebida, seja um refrigerante, um vinho ou algumas dúzias de cerveja e procurem pensar o que vale a pena e o que não vale, pois este álbum é exatamente condutor certeiro que pode te ajudar as repostas que você ainda não achou nos divãs que a vida te oferece.
Faixas:
01. Tulsa Yesterday
02. Rosalee
03. Star or Stone
04. Tomorrow Blues
05. Reflections on a Broken Mirror
06. Bewere, Oh Take Care
07. One Hundrerd Days of Rain
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