Em 1992 Rob Halford se despede do Judas Priest para formar do Fight que inicialmente seria apenas um projeto mas acabou lançou os álbuns de estúdio War Of Words (1994) e Small Deadly Spaces (1995), cuja sonoridade difere-se consideravelmente de sua banda de origem começando pelo flerte com o thrash metal cheio de groove no estilo do Pantera sem abandonar a sua linha tradicional mantendo a agressividade, o peso e a velocidade aliado aos vocais rasgados e potentes que renderam-lhe o apelido "Metal God" e com o fim do Fight em 1996 o vocalista não se abateu e continuou no cenário e aproveitando-se de sua veia experimental acabou embarcado em novo um projeto totalmente diferente do que fazia nas suas bandas anteriores, pois, a proposta do Two era baseada no metal indústrial e no gótico e o resultado dessa experiência rendeu o álbum Voyeurs (1998) que foi muito mal recebido principalmente pelos fãs radicais e não radicais que não pouparam criticas negativas ao álbum e mais polêmicas envolviam o vocalista que resolveu assumir publicamente sua homosexualidade (o que não foi problema nenhum para os fãs que mesmo assim continuaram apoiando e admirando o vocalista).
Mas como o Heavy Metal era e sempre foi a casa sagrada do vocalista, pois, foi exatamente neste estilo que ele se consagrou como um dos maiores vocalistas de heavy metal de todos os tempos e sem perder mais tempo ele resolve rearticular sua volta ao metal cujo acontecimento tinha de ocorrer em grande gala e para isso Rob Halford monta sua banda solo que levaria apenas o nome Halford, e os membros contratados para tocar ao seu lado foram nas guitarras a dupla Patrich Lackman e Mike Chlasciak enquanto nas quatro cordas foi recrutado Ray Riendeau e finalizando a lista para bateria foi recrutado Bobby Jarzombek.
E é justamente com esta formação que o banda Halford dá o ponta pé inicial nas gravações do álbum que teria como meta trazer o vocalista de volta a vida e os trabalhos para a empreitada começaram com o produtor Roy Z em agosto de 1998 terminando apenas em junho de 2000 a demora justifica a grandiosidade do álbum já que o mesmo tinha uma missão árdua que era apagar da mente dos fãs o deslize cometido ao ter se aventurado com o Two fato que era considerado como uma traição pelos seus adeptos que exigiam o retorno do vocalista a suas origens e a espera naturalmente era muito grande o que causava enorme ansiedade e apreensão que pode ser dissipada em agosto de 2000 quando o álbum foi finalmente lançado.
Finalmente os fãs podiam comemorar com o "Metal God" a sua volta e esquecer o passado e encara-lo apenas como um tropeço, pois, Ressurection trazia Rob Halford a vida com maestria e logo tornou-se um álbum aclamado tanto pela crítica como principalmente os fãs que fazem o espetáculo acontecer na sua plenitude e como o show nunca pode parar a banda foi incluída em uma série de festivais na Europa e Eua e no ano seguinte marcaria presença no festival brasileiro Rock In Rio onde os brasileiros puderam comemorar também a volta de Halford ao Heavy Metal.
O material apresentado em Ressurection explica o porque do sucesso e o porque acima disso ele é um álbum fundamental para o heavy metal desde o ínicio com a faixa de abertura o vocalista esbanja técnica e talento e na seqüência vem a dupla Made In Hell, Lock And Loaded e o álbum continua com a mesma pegada forte e agressiva mostrando um lado emocional com faixas Silent Screams e Nightfall e o ponto alto do álbum é faixa The One You Hate Love cuja composição é assinada em parceria com Bruce Dickinson (Iron Maiden) e também conta a sua participação fazendo dueto com Halford além de ser uma faixa emocional a faixa reúne tudo o que uma balada heavy metal necessita peso, cadência, melodia, rapidez e agressividade que aliás permeia todo o álbum.
E após ressurgir dos mortos e mostrar que estava de volta a sua casa o vocalista com Ressurection deu as esperanças de uma possível volta ao Judas Priest que se concretizaria cinco anos depois, mas antes ainda trilhando o caminho com sua banda nova o vocalista ainda gravaria mais dois álbuns Crucible (2002) e Live Ressurection (2001), mas essas são outras histórias para serem contadas em outra hora e por enquanto quem ainda não tem ciência da existência desse clássico fica a dica para correr diretamente para a loja mais próxima e adquirir o seu exemplar e ouvi-lo no volume máximo pelo menos cinco vezes ao dia e não precisa usar com moderação, pois, não há prescrições contrárias ao uso de doses cavalares do álbum nesse caso uma overdose é só um efeito muito bem vindo.
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