Classic Hard: Bad Company - Bad Company

Ano de Lançamento: 1974
País de Origem: Inglaterra

Estilo: Hard Rock
Line-up: Paul Rodgers (v), Mick Ralphs (g), Boz Burrell (bx) e Simon Kirke (bt)

Produtor: Bad Company
Singles: Movin' On e Can't Get Enough
Premiação: 5 discos de Platina (USA) e Disco de Ouro (UK)
Track List:
A1 - Can´t Get Enough
A2 - Rock Steady
A3 - Ready For Love 
A4 - Don´t Let Me Down 
B1 - Bad Company
B2 - The Way I Choose
B3 - Movin On
B4 - Seagull

O Free tinha lançado excelentes álbuns desde sua estréia em 1968 com Ton Of Sobs atingindo o auge em 1970 com Fire And Water e depois foi esmorecendo aos poucos devido aos problemas internos decorrentes do sucesso (brigas de ego entre os integrantes e os problemas de Paul Kossoff com as drogas que o levariam a óbito anos 25 anos de idade após sofrer um ataque cardíaco durante um vôo de Los Angeles a New York em 19 de março de 1976) cujo impacto negativo floresceria no álbum Highway (1970).

Embora tenham gravado e lançado Free At Last (1972) como uma tentativa de ajudar Paul Kossoff em seus problemas com as drogas os problemas não haviam se dissipado e eles continuaram refletindo, mas, agora tinham vez na turnê de promoção do álbum (que alcançou certo sucesso de vendas) e a turnê de promoção era inevitável assim como os problemas do guitarrista que se apresentava em estado deplorável causando a comiseração da platéia ao ver o estado de embriaguez do guitarrista fato que causou o cancelamento da turnê.

E com o encerramento da turnê que havia sido desastrosa e o clima que já era dos melhores chegou ao ápice e as primeiras baixas foram invitáveis e o baixista Andy Fraser (abandonara o barco formando primeiramente o Sharks e posteriormente o The Andy Fraser Band) e junto com ele Paul Kossoff que foi direto para uma clinica de reabilitação fato que causou certa ficção sobre a sua real situação na banda enquanto estava em tratamento.

Free com a formação original

Novos músicos foram contratados para substituir o baixista e o guitarrista então contrataram para assumir as guitarras o japonês Tetsu Yamamuchi e para assumir as quatro cordas o tecladista John “Rabbit” Budrick (que haviam trabalhado com Paul Kossoff e Simon Kirke na banda/projeto Kossoff, Kirke, Tetsu e Kossoff que chegou a lançar um álbum no fim de 1971).

Em 1972 com este line-up o Free arregaça as mangas e retorna ao estúdio para iníciar os trabalhos de gravação de Heartbreak o derradeiro álbum do Free, mas como os problemas eram uma constante na breve vida do Free agora era vez de os enfrentarem com a gravadora que interferiu na mixagem do álbum por não gostar do primeiro resultado obtido contrataram Andy Johns (velho conhecido da rapaziada por ter trabalhado anteriormente com o Free), mas o auge da fúria contra a gravadora aconteceria com outra imposição que obrigava a creditar Paul Kossoff apenas como membro adicional (pela série de problemas  já conhecidos cujo guitarrista enfrentava a época culminou na descrença de seus companheiros referente à sua total reabilitação).

Paul Kossoff guitarrista do Free

Após todos os problemas que retardaram o lançamento de Heartbreak cujo seu lançamento estava previsto ainda para ano de 1972, ele só veio a ser lançado em janeiro de 1973 o novo álbum obteve relativo sucesso chegando ao nono posto das paradas britânicas enquanto nos Estados Unidos a coisa era bem diferente, pois, Heartbreak não ultrapassou a 47º posição, mas em contra partida o single Wishing Well conseguiu atingir em solo britânico a 7º posição nas paradas tornando-se o terceiro single de maior sucesso da carreira da banda, e além dos problemas que são inerentes a qualquer banda as turnês também o são e uma nova turnê foi cogitada, mas os problemas de Kossoff continuavam com as suas recaídas o que obrigou a banda substituí-lo novamente desta vez em definitivo  e para seu lugar foi recrutado o guitarrista Wendell Richardson, e assim o Free partira sua última e derradeira turnê que contou com poucas apresentações em solo norte americano e os integrantes remanescentes resolveram por um ponto final na carreira do Free.

O fim do Free não significa que estava tudo acabado ao menos foi o que pensaram o vocalista Paul Rodgers e o baterista Kirke Simon depois do fim de sua  banda anterior já se puseram a trabalhar em uma nova banda que contava com um fato talvez não tão inédito porque antes de registrar qualquer material já tinha um contrato garantido com a Island Records na Inglaterra e com Swan Song recém fundada gravadora do Led Zeppelin e nos EUA teria seus álbuns distribuídos pela Atlantic Records e para além deste aparato contariam também com o trabalho de Peter Grant o empresário do Led Zeppelin. 



Mick Ralphs

Com todo esse suporte já garantido o que restava aos fundadores era apenas contratar os membros restantes para completarem a banda e assim partirem para as atividades inerentes a uma banda de rock e assim as contratações começam logrando bons frutos com a chegada de Mick Ralphs que que já havia passado por uma série de bandas do circuito de clubes e bares londrinos até 1968 quando se juntou ao Mott The Hoople onde permaneceria até 1973 cansado do mandonismo (liderança) do vocalista Ian Hunter resolveu se desligar da banda aceitando o convite de Paul Rodgers. 



Boz Burrel

Aproveitando esta onda de contratações surgira outro nome Raymond Burrel mais conhecido como Boz Burrel, cujo apelido foi adquirido depois de integrar o Tea Time Party e além disso foi conquistando sua fama na Inglaterra ao fazer trabalhos com artistas do calibre do The Who ao substituir o vocalista Roger Daltrey durante algumas apresentações no musical Tommy chegando também a trabalhar com Ritchie Blackmore antes dele de ter formado o Deep Purple e em 1970 Boz entra para o King Crimson para tocar o baixo e cantar em substituição a Greg Lake chegando a gravar os álbuns Islands (1971), Earthbound (1972) e em 1973 abandoria o King Crimson aceitando o convite de Paul Rodgers. 



Bad Company foto do encarte do Lp/Cd



E com a banda já definida agora era hora de arranjar um nome fato que parecia ser simples mas acabou sendo mais um problema pois, o nome Bad Company assim como o nome Free também  não agradou a sua gravadora (Island) que interferiu sugerindo novamente que mudassem o nome para Heavy Metal Kids fato que causou mal estar entre ambas as partes até Peter Grant que empresariava banda sem saber porque não acreditava no novo nome e o desfecho veio depois de longas discussões entre banda e gravadora mas acabou prevalencedo a vontade da banda e assim com tudo definido chegara a hora de  partir para estúdio para dar início aos trabalhos de seu primeiro registro e para levar tal empreitada a cabo aproveitando a indicação de Peter Grant a banda se interna no vilarejo de Headley Grange interior da Inglaterra (cujo local já havia sido utilizado pelo Led Zeppelin para gravar seus discos) utilizando o equipamento móvel de Ronnie Lane.

Já trabalhando em estúdio a pleno vapor desejosos de fazer o melhor disco possível de sua carreira trabalhando com afinco dedicando-se ao máximo nas composições o material não levou nada menos do que dez dias para ficar pronto, o local onde a banda se instalou para levar a efeito os trabalhos de gravação numa casa construída no final do século XVIII cujo estilo de construção e o material (granito) colaborou de forma sensacional para a acústica aumentando a qualidade das gravações cujo equipamento ficava fora do imóvel apenas com os intrmentos plugados a ele.   

As gravações do álbum ainda contaram com as participações de outros musicos como Mel Collins que tocou seu saxofone na faixa Don't Let Me Down que ainda conta os backing vocals feitos por Sue Glover e Sunny Leslie cuja a participação ocorreu da mesma forma na faixa Movin' On e assim o álbum Bad Company chega as lojas no dia 26 de junho de 1974 entrando de cara na primeira posição nas paradas norte-americanas enquanto em sua terra natal atingiu a 3º posição e os singles extraídos do álbum foram as faixas Movin' On que atingiu a 19º posição enquanto a faixa Can't Get Enough que atingiu a 5º posição feito obtido por ambas nas paradas norte americanas. 



Bad Company 1974



O álbum mostra sua força comercial ao longo dos anos vultuosas vendas atingindo a marca de cinco milhões de cópias vendidas nos Estados Unidos onde ganhou cinco discos de platina cujo resultado comercial levou a RIAA (Associação da Indústria de Gravação da América) a citá-lo na 46 posição entre os álbuns de rock mais vendidos na década de 1970. 

Em Bad Company encontra-se com excelentes faixas tornando difícil dizer quais se destacam pois rocks genuínos como Can't Get Enough  que conta com excelentes solos de guitarra e o belo trabalho da cozinha no seu andamento e os vocais de Paul Rogers (que ainda gravou a segunda guitarra) no melhor estilo Rock'n'Roll completam esta faixa obrigatória nas apresentações do quarteto, a faixa Movin' On é outra excelente desse disco e não foi atoa que virou single o destaque fica para os refrãos que grudam na cabeça do ouvinte que quando se dá conta já está canta-lo o trabalho instrumental e vocal são sensasionais e seguindo a relação das faixas rocks vem Rock Steady começa com um riffs e solos aliados aos vocais cujas levadas bem maliciosas tornam-a um dos melhores momentos do álbum cujo o ápice se dá nos refrãos e ainda temos a faixa Bad Company que dá nome ao trabalho que começa com o piano tocado por Paul Rodgers que no começo mais parece uma balada cujo ritmo vai crescendo e derrepente entra a guitarra deixando apenas essa impressão, Mick Ralphs desfila memoráveis solos de guitarra e o trabalho da bateria e do baixo não dúvidas e mandavam ver e ao lado dos rocks coexistiam quatro baladas perfeitas para se ouvir num belo momento romântico a dois como por exemplo Ready For Love, The Way I Choose, Don't Let Me Down (onde Paul Rodgers mais vez uma ataca com o piano) e Seagull (faixa em que Paul Rogers desta vez toca todos os instrumentos). Todas as composições foram assinadas pelo próprio vocalista em conjunto com o guitarrista. 



Bad Company ao vivo

Assim que o álbum fora lançado a banda começou o giro na Inglaterra cuja primeira apresentação ocorre no Newcastle City Hall, em Newcastle e o sucesso de Bad Company que pode ser considerado como um dos maiores álbuns de estréia de todos os tempos, pois, trazia um som perfeito para as rádios porque qualquer faixa poderia ser tocada sem problema algum e o sucesso desse álbum levou o Bad Company a excursionar de ponta a ponta pelo Estados Unidos (onde a banda foi muito bem recebida pelo público) cruzando o país de ponta a ponta com  apresentanções nas principais arenas e estádios durante três semanas e aproveitando a onda do sucesso provocada pelo seu álbum de estréia o Bad Company depois de retornar a sua terra natal embarca para o País de Gales para dar seqüência nos seus trabalhos e obviamente gravar um novo álbum cuja história fica para um outro dia.