Domingo, o que dizer desse dia? para muitos é a introdução para o começo da semana, quando retorna o fantasma da rotina, trabalho, escola e faculdade e mais outras dezenas de tarefas do cotidiano, mas pena que não podemos fugir delas, embora domingo seja também o dia de curar a ressaca adquirida pelos excessos da noite de sábado, é um dia que apesar de causar certa tristeza a uma outra parcela, pode ser um dia para reflexão, passear com a namorada no shopping e pegar um cineminha.
Mas para mim este domingo foi um daqueles relativamente bons, acordei cedo como de costume fui direto a banca de jornal para comprar o jornal de domingo e as minhas revistas favoritas (Roadie Crew e Rolling Stone), o que já me valeu o dia, e ainda de manhã baixei dois filmes na internet e assim que saírem nas lojas comprarei os originais, e finalmente desliguei o computador e fui para a frente da televisão assisti-los e fiquei até o começo da tarde assistindo os filmes, almocei e depois iniciei uma breve leitura.
Depois de cumpridas essas tarefas todas, senti a necessidade de ouvir música, mas não sabia o que ia escutar até quando olhei para a estante e depois de alguns minutos, pronto ali estavam os discos que eu tanto queria ouvir, afinal de contas tratava-se de um disco clássico cheio de pompa, pois estamos falando de Ritchie Blackmore e sua banda nova o Rainbow, que em 1975 lançara o seu primeiro álbum cujo o título que levara apenas o nome do vocalista, era uma verdadeira declaração das intenções do guitarrista que após dar o recado cumpriu a promessa um ano mais tarde ao lançar o segundo álbum Rising (1976), mas o que chamava atenção naquele disco era o vocalista cujo talento que revelava identidade e estilo próprio e não soava como um clone de ninguém.
Depois de cumpridas essas tarefas todas, senti a necessidade de ouvir música, mas não sabia o que ia escutar até quando olhei para a estante e depois de alguns minutos, pronto ali estavam os discos que eu tanto queria ouvir, afinal de contas tratava-se de um disco clássico cheio de pompa, pois estamos falando de Ritchie Blackmore e sua banda nova o Rainbow, que em 1975 lançara o seu primeiro álbum cujo o título que levara apenas o nome do vocalista, era uma verdadeira declaração das intenções do guitarrista que após dar o recado cumpriu a promessa um ano mais tarde ao lançar o segundo álbum Rising (1976), mas o que chamava atenção naquele disco era o vocalista cujo talento que revelava identidade e estilo próprio e não soava como um clone de ninguém.
Quando eu adquiri os álbuns de sua primeira passagem pelo Black Sabbath, eu confesso que fiquei surpreso , pois eu pensava que o baixinho tinha saído do Rainbow diretamente para sua carreira solo. Eu não sabia muito ainda sobre o Heavy Metal e o Hard Rock apesar de ter pego um pedaço do cenário da década de 1980 e além de estar na infância rumo a adolescência, naquela época era muito difícil obter alguma informação que não fosse desencontrada, pois as revistas eram quase inexistentes e as informações surgiam a base do telefone sem fio e isso mais atrapalhava do qualquer outra coisa, então a minha principal fonte de acesso a informação acabavam sendo os meus discos e foi justamente com eles e com mais algumas outras informações oriundas dos donos das lojas de discos que eu consegui obter um conhecimento considerável para época.
Mas como nem tudo são flores pouco tempo depois, o vocalista lança-se a sua carreira solo gravando dois excelentes álbuns Holy Diver (1983) e The Last In Line (1984) onde o mestre agora mostrava que não precisava do Black Sabbath para seguir em frente e assim o fez lançando bons álbuns e depois de quase uma década apartado da banda onde ele consagrou-se como um dos maiores vocalistas de heavy metal, retorna para mais uma breve participação registrando um novo clássico Dehumanizer (1992), trazendo temas reflexivos como a mecanização do homem tema de Computer God.
De volta a sua carreira solo lançou mais alguns álbuns alternando entre uns mais fracos e outros mais inspirados como Magica (2000) e o ignorado Master Of The Moon (2004) era incrível poder olhar para a minha estante e ver álbuns como Dream Evil (1987) e o massacrado Look Up The Wolves (1990) e sentir quase a mesma emoção de ouvi-los era incrível ver o tempo passar e ainda assim, não desistir de ouvi-los pelo menos uma vez que fosse, pois não importava se fossem bons ou ruins o que interessava era ouvir a voz potente daquele vocalista e poder participar daquele momento histórico para mim.
Heaven And Hell (2007) |
Mas aquilo que tinha sido programado para apenas ser uma turnê de promoção de um lançamento de um box daquela fase, acabou virando uma banda e obviamente um novo álbum de estúdio era mais que o esperado e a expectativa em torno de tal lançamento outra vez tomou conta de mim e atitude foi a mesma, pois me via numa encruzilhada, mas no fundo pouco importava se o disco fosse do meu agrado ou não e tratando-se de músicos daquele nível seria difícil ouvir um disco ruim e The Devil You Know (2009) me surpreenderia outra vez era um grande álbum, que anunciava subitamente o fim de uma era que havia começado nos anos 70 e acabava agora no século XXI de forma trágica.
E quando eu soube pelo meios de comunicação que Dio havia sido acometido por um câncer de estômago eu assim como muitos outros fãs, acreditei na recuperação de Ronnie Dio, mas o balde de água frio jogado não só na minha cabeça como nas outras cabeças e que gerou forte comoção no cenário heavy metal mundial, pois tratava-se da perda de um dos maiores vocalistas do estilo, além do exemplo em cima dos palcos o foi fora dele também, pois esteve a frente da fundação Children Of The Night que ajudava crianças carentes (e o guitarrista Craig Goldie veio justamente dessa instituição), o que muitos de seus criticos provavelmente jamais fariam ou fizeram alguma coisa por alguém, e não perdoaram nem o dia de seu falecimento e de maneira preconceituosa escreveram textos difamando-o.
A minha tristeza não se manifestou pelas lágrimas, e sim pelo fato de saber que jamais poderei ouvir a voz dele outra vez, seja em shows, ou em futuros lançamentos de discos, mas por outra lado fica a emoção e alegria de ter tido o privilégio de ouvir todos os discos gravados para ele e ter assistido a todos os shows que ele fez no Brasil com o Black Sabbath em 1992, os de sua carreira solo e com o Heaven And Hell, e por mais duro que seja a falta, fica o legado impresso nos álbuns onde poderei matar a saudade independente do dia da semana.
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